São Paulo (Das agências) – O lucro líquido do Bradesco, de R$ 2 bilhões no acumulado do ano até setembro, foi recorde em valor para o banco no período. O valor é 25,8% superior ao registrado no mesmo período de 2003. De acordo com o presidente do Bradesco, Marcio Cypriano, o bom desempenho foi conseguido com a melhoria de resultados em várias áreas, especialmente nas operações de crédito, nas receitas de prestação de serviços, no aumento de recursos administrados, além de uma melhora na provisão de créditos duvidosos.
A carteira de crédito apresentou um crescimento de 13,6%, em comparação com setembro de 2003. A carteira atingiu o volume de R$ 60 bilhões. As operações para pessoas físicas e para micro, pequenas e médias empresas estão crescendo dentro das expectativas, com taxas acima de 20%, explicou Cypriano. As grandes empresas é que não estão acompanhando este ritmo. “Houve uma redução de 3% nas operações de crédito das grandes empresas”, afirmou o presidente do Bradesco, explicando que a valorização do real afeta o resultado porque 21,5% das operações são em moeda estrangeira.
As grandes corporações estão recorrendo mais ao mercado de capitais na hora em que precisam de financiamento, o que também contribui para explicar essa baixa demanda. Esses motivos levaram a empresa a reduzir a expectativa de crescimento para o segmento de 25% para um valor entre 20% e 22% ao ano.
A receita de serviços, no entanto, segue em alta, com aumento de 26,4% nos primeiros nove meses do ano, ajudando a compor o lucro líquido do banco no período. A receita com serviços passou de R$3,2 bilhões de janeiro a setembro de 2003 para R$ 4,1 bilhões no acumulado de 2004. Segundo Cypriano, esse valores foram conseguidos com o aumento do número de correntistas e, conseqüentemente, da maior demanda por serviços e não só pelo aumento de tarifas ou cobrança de novos serviços.
O Bradesco encerrou o último trimestre com um patrimônio líquido de R$ 14,7 bilhões e ativos totais de R$ 179,7 bilhões. O número de correntistas em setembro era de 15,3 milhões, sendo um milhão de pessoas jurídicas. As contas poupanças somavam 32,1 milhões.
Fonte: Gazeta do Povo