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Inadimplência cresce e bancos só observam

A alta dos índices de inadimplência de pessoas físicas e jurídicas colocou bancos e financeiras em alerta, mas ainda não causa preocupação nem alterou as condições de financiamento disponíveis no mercado. “É um problema que requer atenção, estamos tomando mais cuidado, mas ainda não é um desespero”, disse Érico Sodré Quirino Ferreira, presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamentos e Investimentos (Acrefi).
Na quarta-feira, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) divulgou a maior taxa de endividados entre as pessoas físicas para o mês de junho, com 52% de contas em atraso e taxa de inadimplência de 7,4%. Na sexta-feira foi a vez da Serasa, que divulgou um crescimento de 4%, no indicador Serasa de Inadimplência de empresas (registros de cheques devolvidos, títulos protestados e dívidas vencidas com bancos), no mês de maio comparado com abril.
Na verdade, diz José Arthur Assunção, diretor da ASB Financeira, a inadimplência vem crescendo desde o ano passado, mês a mês, “vagarosamente”. Segundo esse executivo, as financeiras não estão alterando as condições de financiamento por enquanto.
Dedicado ao crédito consignado, o Banco Schahin fez alguns “ajustes” nas condições dos empréstimos, afirma o diretor executivo Carlos Eduardo Schahin. “Diminuímos os prazos médios de financiamento entre 20% e 30% e houve alguma mexida nas taxas, mas pouca coisa. Estamos dedicando mais esforço na cobrança, tornando-a mais rigorosa”, diz o executivo.
Um dos motivos para esta reação de quase imobilidade dos agentes financeiros ao aumento da inadimplência é a concorrência que atinge tanto as linhas de crédito à pessoa física quanto a empresas, explica Ferreira, da Acrefi. As financeiras têm reagido com redução da margem de ganho mas não mexem no “preço” para não perder espaço no mercado, afirma o presidente da Acrefi.
“Sem dúvida o mercado está mais concorrido e isso mascara um pouco a inadimplência”, opina Alexandre Azevedo, superintendente executivo de Gerenciamento de Portfólio do Banco Real. Azevedo garante que os empréstimos realizados pelo banco junto a empresas não apresentam qualquer sinal de inadimplência fora do normal. “O mercado está muito líquido, há muita oferta de crédito, mas o que está acontecendo é que a demanda é menor porque a economia está crescendo menos”, diz o executivo do Banco Real.
“Estamos acompanhando”, diz Eduardo Dacache, vice-presidente da área de Pessoas Jurídicas do Banco Santander Banespa. Porém, segundo ele, a inadimplência não chegou a afetar a carteira de clientes do banco, a não ser um ligeiro aumento do índice entre as micro e pequenas empresas (com faturamento até R$ 10 milhões), “totalmente sob controle”.
Fonte: Valor Econômico – Janes Rocha

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Inadimplência cresce e bancos só observam

A alta dos índices de inadimplência de pessoas físicas e jurídicas colocou bancos e financeiras em alerta, mas ainda não causa preocupação nem alterou as condições de financiamento disponíveis no mercado. “É um problema que requer atenção, estamos tomando mais cuidado, mas ainda não é um desespero”, disse Érico Sodré Quirino Ferreira, presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamentos e Investimentos (Acrefi).

Na quarta-feira, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) divulgou a maior taxa de endividados entre as pessoas físicas para o mês de junho, com 52% de contas em atraso e taxa de inadimplência de 7,4%. Na sexta-feira foi a vez da Serasa, que divulgou um crescimento de 4%, no indicador Serasa de Inadimplência de empresas (registros de cheques devolvidos, títulos protestados e dívidas vencidas com bancos), no mês de maio comparado com abril.

Na verdade, diz José Arthur Assunção, diretor da ASB Financeira, a inadimplência vem crescendo desde o ano passado, mês a mês, “vagarosamente”. Segundo esse executivo, as financeiras não estão alterando as condições de financiamento por enquanto.

Dedicado ao crédito consignado, o Banco Schahin fez alguns “ajustes” nas condições dos empréstimos, afirma o diretor executivo Carlos Eduardo Schahin. “Diminuímos os prazos médios de financiamento entre 20% e 30% e houve alguma mexida nas taxas, mas pouca coisa. Estamos dedicando mais esforço na cobrança, tornando-a mais rigorosa”, diz o executivo.

Um dos motivos para esta reação de quase imobilidade dos agentes financeiros ao aumento da inadimplência é a concorrência que atinge tanto as linhas de crédito à pessoa física quanto a empresas, explica Ferreira, da Acrefi. As financeiras têm reagido com redução da margem de ganho mas não mexem no “preço” para não perder espaço no mercado, afirma o presidente da Acrefi.

“Sem dúvida o mercado está mais concorrido e isso mascara um pouco a inadimplência”, opina Alexandre Azevedo, superintendente executivo de Gerenciamento de Portfólio do Banco Real. Azevedo garante que os empréstimos realizados pelo banco junto a empresas não apresentam qualquer sinal de inadimplência fora do normal. “O mercado está muito líquido, há muita oferta de crédito, mas o que está acontecendo é que a demanda é menor porque a economia está crescendo menos”, diz o executivo do Banco Real.

“Estamos acompanhando”, diz Eduardo Dacache, vice-presidente da área de Pessoas Jurídicas do Banco Santander Banespa. Porém, segundo ele, a inadimplência não chegou a afetar a carteira de clientes do banco, a não ser um ligeiro aumento do índice entre as micro e pequenas empresas (com faturamento até R$ 10 milhões), “totalmente sob controle”.

Fonte: Valor Econômico – Janes Rocha

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