Curitiba – O segundo semestre do ano começou com a mudança no perfil do emprego formal no Paraná. A região metropolitana de Curitiba, há dois meses consecutivos, gera mais empregos do que o interior do estado. De setembro de 2001 a maio de 2005, a realidade era inversa: abriam-se mais vagas no interior paranaense do que na Grande Curitiba.
A explicação para o período vinha do bom desempenho da agricultura e da agroindústria, puxadas pelas exportações, conforme mostra a pesquisa mensal de emprego divulgada ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.
Na avaliação do economista do Dieese, Sandro Silva, a tendência para o segundo semestre do ano é de que a região metropolitana de Curitiba continue com maior número de empregos do que o interior, já que o setor rural dificilmente manterá o nível de crescimento. Além disso, o cenário para as exportações é de desaceleração em função do câmbio desfavorável.
Segundo a pesquisa do Dieese, em julho, dos 4.631 postos de empregos formais criados no Paraná, 2.680 ficaram na região metropolitana de Curitiba e 1.951 no interior. O comércio varejista – com 1.881 vagas – respondeu por 40% dos novos empregos.
Nos primeiros sete meses do ano, o emprego formal cresceu 4,63%, com a abertura de 79.209 vagas. Em igual período de 2004, foram criados 106.311 postos de trabalho.
Fonte: www.gazetadopovo.com.br