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Por 15:24 Sem categoria

DIEESE foi criado há 50 anos

A criação

O DIEESE foi oficialmente criado em 22 de dezembro de 1955, em São Paulo, por um grupo de 21 dirigentes sindicais (Bancários, Jornalistas, Trabalhadores em Laticínios, Mestres e Contra-Mestres, Têxteis, Gráficos, Metalúrgicos, Marceneiros, Brinquedos, Panificação, Condutores de Veículos Rodoviários, Construção Civil, Hoteleiros, Empresas Teatrais, Ferroviários, Telefônicos, Alfaiates, Carris Urbanos, Aeroviários e Calçados) que decidiu construir um organismo próprio dos trabalhadores, não previsto pela estrutura sindical, com o objetivo de produzir dados que embasassem suas negociações junto ao patronato.

Expansão

Cinqüenta anos depois, o DIEESE está instalado em 16 unidades da federação, reúne mais de 400 entidades sindicais de todo o país e tem, entre seus filiados, as principais centrais sindicais. Neste período, o movimento sindical continuou a ser o principal centro de suas atenções e, para melhor atendê-lo, realiza levantamentos como o índice do custo de vida, cesta básica, cálculo do salário mínimo, as pesquisas de emprego e desemprego; acompanha as mobilizações dos trabalhadores e suas conquistas; analisa o perfil das categorias e estuda questões gerais da sociedade brasileira, como a distribuição de renda.

Publicação do DIEESE permite análise da situação dos trabalhadores do país

Mais de 3,5 milhões de brasileiros estão desempregados em seis regiões metropolitanas. Na grande São Paulo, o trabalhador em busca de uma colocação leva 13 meses para encontrar um novo posto. Cerca de 40% dos que atuam no setor privado não têm carteira assinada no Brasil. Esses e outros dados estão no Anuário dos Trabalhadores 2005, publicação editada pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) com o objetivo de permitir uma análise da situação dos trabalhadores do país. Em 2004, alguns dados melhoram, especificamente os relacionados ao desemprego, à geração de postos de trabalho e aos rendimentos.

Por meio de 131 tabelas e de 34 gráficos, a sexta edição da publicação, em formato de bolso, é organizada em sete capítulos: índices de preços; indicadores demográficos, sociais, de educação, de mercado de trabalho, sindicais e econômicos. A obra estará disponível nos Escritórios Nacional e nas regionais do DIEESE em formato impresso e em CD-ROM.

Os dados trazidos pela publicação são produzidos pela entidade ou em parceria com outras instituições – como a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) – ou por terceiros. Entre as fontes encontram-se o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Banco Central do Brasil e o Banco Mundial.

PRECARIZAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO

Como uma lente de aumento, as informações indicam que a precarização não atingiu de forma homogênea a população economicamente ativa. Mulheres, negros e jovens são os segmentos mais prejudicados pela conjuntura econômica da década de 90. Em Salvador e Recife, a população enfrenta mais dificuldades para encontrar uma vaga, principalmente quando se trata de emprego formal, com carteira assinada, e recebe, em geral, os menores rendimentos. A indústria foi o setor mais atingido pelas políticas econômicas. Antes sinônimo de bons salários e emprego formal, o setor, que abrigava 33% dos ocupados na grande São Paulo em 1989, hoje emprega apenas 19%.

Dados de 2004 indicam que a taxa de rotatividade mensal no Brasil é de 3,23%. Setores como construção civil e agropecuária trocam mais a mão-de-obra ao longo do mês. Administração pública e serviços de utilidade pública garantem maior estabilidade aos trabalhadores. Maior rotatividade e baixo tempo de permanência no mesmo emprego são sinônimos de menor qualificação em determinadas funções e expressam um mercado de trabalho flexível e heterogêneo. Cerca de 30% da mão-de-obra brasileira permanece até um ano no mesmo trabalho e 26%, de um a três anos.

O crescimento econômico rebate fortemente sobre o mercado de trabalho, como observado em 2004, com o crescimento da ocupação, redução do desemprego e elevação da massa salarial.

DISTRIBUIÇÃO DE RENDA

A distribuição de renda, um dos maiores problemas do país, aparece com destaque no
Anuário. A remuneração dos empregados apresenta contínua redução e perde importância relativa no PIB. Em 2004, restringia-se a 35,6% do PIB. Em contrapartida, a participação do lucro das empresas tem crescido, uma vez que o excedente operacional bruto representou 45% do PIB em 2004. Além disso, os 10% mais pobres detinham, em 1993, 0,7% da renda do trabalho. Dois anos depois, se apropriavam de 1,1%, o que pouco se alterou nos anos seguintes e se estabilizou em 1,2%, em 1998/1999. Em 2003, a proporção de renda voltou aos patamares de 1993 (0,7%). Já os 10% mais ricos se apropriavam de 49,8% da renda. Em 2003, o percentual caiu para 46,1%.

Também o rendimento médio real dos 10% mais pobres na Região Metropolitana de São Paulo, segundo os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pelo DIEESE e a Fundação Seade, encontrava-se, em 2004 (R$ 209), em patamar semelhante ao registrado em 1994 (R$ 204). Em função da queda geral dos rendimentos reais ocorrida no período, o referente ao dos 10% mais ricos diminuiu nos últimos anos, passando de R$ 2.890 para R$ 2.104. Em 1994, os rendimentos desses 10% mais ricos equivaliam a 14,1 vezes o dos mais pobres. Hoje equivale a 10,1 vezes.

EDUCAÇÃO

Inovando sempre, o DIEESE incluiu nesta edição do Anuário um capítulo com importantes informações sobre o sistema educacional brasileiro e os programas de qualificação e formação de mão-de-obra oferecidos pelo governo. Sem perder a perspectiva de que o crescimento sustentado é a única forma de redução do contingente de desempregados, maior nível educacional pode garantir uma melhor inserção dos diversos segmentos. Taxas de desemprego diminuem de patamar à medida que se eleva a escolaridade, como apontam dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego. Ainda, mais anos de estudo garantem maiores níveis de rendimentos e, dessa forma, melhor padrão de vida.

Fonte: sítio www.dieese.org.br.

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DIEESE foi criado há 50 anos

A criação
O DIEESE foi oficialmente criado em 22 de dezembro de 1955, em São Paulo, por um grupo de 21 dirigentes sindicais (Bancários, Jornalistas, Trabalhadores em Laticínios, Mestres e Contra-Mestres, Têxteis, Gráficos, Metalúrgicos, Marceneiros, Brinquedos, Panificação, Condutores de Veículos Rodoviários, Construção Civil, Hoteleiros, Empresas Teatrais, Ferroviários, Telefônicos, Alfaiates, Carris Urbanos, Aeroviários e Calçados) que decidiu construir um organismo próprio dos trabalhadores, não previsto pela estrutura sindical, com o objetivo de produzir dados que embasassem suas negociações junto ao patronato.
Expansão
Cinqüenta anos depois, o DIEESE está instalado em 16 unidades da federação, reúne mais de 400 entidades sindicais de todo o país e tem, entre seus filiados, as principais centrais sindicais. Neste período, o movimento sindical continuou a ser o principal centro de suas atenções e, para melhor atendê-lo, realiza levantamentos como o índice do custo de vida, cesta básica, cálculo do salário mínimo, as pesquisas de emprego e desemprego; acompanha as mobilizações dos trabalhadores e suas conquistas; analisa o perfil das categorias e estuda questões gerais da sociedade brasileira, como a distribuição de renda.
Publicação do DIEESE permite análise da situação dos trabalhadores do país
Mais de 3,5 milhões de brasileiros estão desempregados em seis regiões metropolitanas. Na grande São Paulo, o trabalhador em busca de uma colocação leva 13 meses para encontrar um novo posto. Cerca de 40% dos que atuam no setor privado não têm carteira assinada no Brasil. Esses e outros dados estão no Anuário dos Trabalhadores 2005, publicação editada pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) com o objetivo de permitir uma análise da situação dos trabalhadores do país. Em 2004, alguns dados melhoram, especificamente os relacionados ao desemprego, à geração de postos de trabalho e aos rendimentos.
Por meio de 131 tabelas e de 34 gráficos, a sexta edição da publicação, em formato de bolso, é organizada em sete capítulos: índices de preços; indicadores demográficos, sociais, de educação, de mercado de trabalho, sindicais e econômicos. A obra estará disponível nos Escritórios Nacional e nas regionais do DIEESE em formato impresso e em CD-ROM.
Os dados trazidos pela publicação são produzidos pela entidade ou em parceria com outras instituições – como a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) – ou por terceiros. Entre as fontes encontram-se o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Banco Central do Brasil e o Banco Mundial.
PRECARIZAÇÃO DO MERCADO DE TRABALHO
Como uma lente de aumento, as informações indicam que a precarização não atingiu de forma homogênea a população economicamente ativa. Mulheres, negros e jovens são os segmentos mais prejudicados pela conjuntura econômica da década de 90. Em Salvador e Recife, a população enfrenta mais dificuldades para encontrar uma vaga, principalmente quando se trata de emprego formal, com carteira assinada, e recebe, em geral, os menores rendimentos. A indústria foi o setor mais atingido pelas políticas econômicas. Antes sinônimo de bons salários e emprego formal, o setor, que abrigava 33% dos ocupados na grande São Paulo em 1989, hoje emprega apenas 19%.
Dados de 2004 indicam que a taxa de rotatividade mensal no Brasil é de 3,23%. Setores como construção civil e agropecuária trocam mais a mão-de-obra ao longo do mês. Administração pública e serviços de utilidade pública garantem maior estabilidade aos trabalhadores. Maior rotatividade e baixo tempo de permanência no mesmo emprego são sinônimos de menor qualificação em determinadas funções e expressam um mercado de trabalho flexível e heterogêneo. Cerca de 30% da mão-de-obra brasileira permanece até um ano no mesmo trabalho e 26%, de um a três anos.
O crescimento econômico rebate fortemente sobre o mercado de trabalho, como observado em 2004, com o crescimento da ocupação, redução do desemprego e elevação da massa salarial.
DISTRIBUIÇÃO DE RENDA
A distribuição de renda, um dos maiores problemas do país, aparece com destaque no
Anuário. A remuneração dos empregados apresenta contínua redução e perde importância relativa no PIB. Em 2004, restringia-se a 35,6% do PIB. Em contrapartida, a participação do lucro das empresas tem crescido, uma vez que o excedente operacional bruto representou 45% do PIB em 2004. Além disso, os 10% mais pobres detinham, em 1993, 0,7% da renda do trabalho. Dois anos depois, se apropriavam de 1,1%, o que pouco se alterou nos anos seguintes e se estabilizou em 1,2%, em 1998/1999. Em 2003, a proporção de renda voltou aos patamares de 1993 (0,7%). Já os 10% mais ricos se apropriavam de 49,8% da renda. Em 2003, o percentual caiu para 46,1%.
Também o rendimento médio real dos 10% mais pobres na Região Metropolitana de São Paulo, segundo os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pelo DIEESE e a Fundação Seade, encontrava-se, em 2004 (R$ 209), em patamar semelhante ao registrado em 1994 (R$ 204). Em função da queda geral dos rendimentos reais ocorrida no período, o referente ao dos 10% mais ricos diminuiu nos últimos anos, passando de R$ 2.890 para R$ 2.104. Em 1994, os rendimentos desses 10% mais ricos equivaliam a 14,1 vezes o dos mais pobres. Hoje equivale a 10,1 vezes.
EDUCAÇÃO
Inovando sempre, o DIEESE incluiu nesta edição do Anuário um capítulo com importantes informações sobre o sistema educacional brasileiro e os programas de qualificação e formação de mão-de-obra oferecidos pelo governo. Sem perder a perspectiva de que o crescimento sustentado é a única forma de redução do contingente de desempregados, maior nível educacional pode garantir uma melhor inserção dos diversos segmentos. Taxas de desemprego diminuem de patamar à medida que se eleva a escolaridade, como apontam dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego. Ainda, mais anos de estudo garantem maiores níveis de rendimentos e, dessa forma, melhor padrão de vida.
Fonte: sítio www.dieese.org.br.

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