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Temporada da previdência complementar aberta

De olho na renda extra proporcionada pelo 13º salário, bônus e gratificações de fim de ano, bancos e seguradoras se lançam em uma guerra para atrair recursos para os fundos de previdência. Neste ano, as ostensivas promoções ressaltam, além da promessa de futuro tranqüilo, planos diferenciados, tarifas mais baixas e até sorteio de prêmios. A tentativa das instituições é garantir que dezembro mantenha a marca de melhor mês de captação, o dobro do obtido em novembro, redimindo um 2005 tumultuado pelas mudanças de tributação que afugentaram os aplicadores. O interessado nesses produtos também pode comemorar, pois são mais opções e benefícios para aplicar.

Tanta briga entre as empresas tem justificativa nos valores movimentados no fim do ano. O volume captado em dezembro no Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL), que permite reduzir a renda tributável, costuma dobrar em relação a novembro. Em 2004, dezembro foi responsável por R$ 664 milhões, ou 14% da captação bruta do ano todo. “Para quem ainda tem recursos disponíveis até o limite de 12% da renda bruta, não há aplicação melhor”, diz Osvaldo Nascimento, presidente da Associação Nacional da Previdência Privada (Anapp). O percentual refere-se ao teto para abater a aplicação do imposto de renda a ser recolhido, desde que o investidor contribua ao INSS e declare a renda pelo formulário completo. O IR sobre os recursos aplicados e sobre o rendimento só é pago no momento do resgate.

O Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL) também fica mais popular em dezembro. No ano passado, R$ 1,7 bilhão, ou 17% do volume investido nesses fundos, entraram no último mês do ano. Apesar de não oferecer o benefício da redução do imposto, o VGBL aproveita o clima das campanhas publicitárias e promoções para abocanhar a renda extra.

As estratégias para atrair o investidor variam de empresa para empresa. Na Real Tokio Marine Vida e Previdência, por exemplo, o aplicador concorre a um prêmio de R$ 50 mil ou uma renda mensal de R$ 5 mil, com direito a um número para cada R$ 600,00 aplicados até 29 de dezembro. Com isso, a instituição espera captar R$ 500 milhões, ou seja, 20% mais do que no ano passado.

A Icatu Hartford preferiu enviar comunicados aos seus clientes lembrando o fim do prazo para reduzir o imposto de renda e, com isso, espera elevar também os aportes em dezembro. Segundo Luciano Snel, diretor de marketing da seguradora, para fazer uma aplicação esporádica neste mês, basta que o investidor solicite um boleto bancário em branco ou com o valor que pretende aplicar à seguradora, sistema usado pelas empresas independentes. Para as ligadas aos bancos, é só pedir ao gerente.

O BankBoston lançou-se no mercado de previdência privada há menos de um mês. O produto foi formado em poucos meses, em parceria com a Icatu, justamente para que o banco embarcasse a tempo no furor do mercado no fim do ano. Segundo o superintendente-executivo para produtos de investimento e seguros, Edinardo Figueiredo, o BankBoston aposta em taxas baixas e no contato com o cliente para ganhar mercado e roubar recursos das concorrentes. “Queremos chegar a R$ 600 milhões em carteira até o fim de 2006.” Outros bancos e seguradoras também procuram o aplicador. A Unibanco AIG, por exemplo, vai com força para a mídia em breve.

Apesar de ter bons motivos para aproveitar as promoções, o investidor deve tomar cuidado para não comprometer recursos que tenha de usar num horizonte próximo. Segundo o economista da FGV-Rio, Luis Carlos Ewald, o trabalhador deve ter cuidado para não aplicar grande parte do 13º na previdência e ficar sem liquidez nos próximos meses. No começo do ano, há muitos impostos a serem pagos, como IPTU e IPVA, e ter de sacar esses recursos em prazo curto pode implicar perdas significativas. “Investir em previdência é bom, mas se for para sacar os recursos logo, é melhor um fundo de investimento, cujo imposto não pune tanto o saque antecipado.”

O esforço extra das entidades de previdência em captar mais este ano também tem outra justificativa. Por conta da nova regulamentação tributária dos planos de previdência, as seguradoras tiveram uma redução drástica nos aportes no primeiro semestre. Depois de prorrogado para dezembro o prazo para opção pela tributação e após ser definido que a alíquota cairia de 35% para 10%, num período de um a dez anos após cada aporte, os depósitos voltaram a subir. Por conta desse problema, o volume investido em PGBLs e VGBLs neste ano, até setembro, é inferior à quantia captada no mesmo período no ano passado, segundo a Anapp. Para Osvaldo Nascimento, essa tendência será revertida nos últimos meses deste ano.

Por Danilo Fariello – São Paulo – NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.valoronline.com.br/veconomico.

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Temporada da previdência complementar aberta

De olho na renda extra proporcionada pelo 13º salário, bônus e gratificações de fim de ano, bancos e seguradoras se lançam em uma guerra para atrair recursos para os fundos de previdência. Neste ano, as ostensivas promoções ressaltam, além da promessa de futuro tranqüilo, planos diferenciados, tarifas mais baixas e até sorteio de prêmios. A tentativa das instituições é garantir que dezembro mantenha a marca de melhor mês de captação, o dobro do obtido em novembro, redimindo um 2005 tumultuado pelas mudanças de tributação que afugentaram os aplicadores. O interessado nesses produtos também pode comemorar, pois são mais opções e benefícios para aplicar.
Tanta briga entre as empresas tem justificativa nos valores movimentados no fim do ano. O volume captado em dezembro no Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL), que permite reduzir a renda tributável, costuma dobrar em relação a novembro. Em 2004, dezembro foi responsável por R$ 664 milhões, ou 14% da captação bruta do ano todo. “Para quem ainda tem recursos disponíveis até o limite de 12% da renda bruta, não há aplicação melhor”, diz Osvaldo Nascimento, presidente da Associação Nacional da Previdência Privada (Anapp). O percentual refere-se ao teto para abater a aplicação do imposto de renda a ser recolhido, desde que o investidor contribua ao INSS e declare a renda pelo formulário completo. O IR sobre os recursos aplicados e sobre o rendimento só é pago no momento do resgate.
O Vida Gerador de Benefícios Livres (VGBL) também fica mais popular em dezembro. No ano passado, R$ 1,7 bilhão, ou 17% do volume investido nesses fundos, entraram no último mês do ano. Apesar de não oferecer o benefício da redução do imposto, o VGBL aproveita o clima das campanhas publicitárias e promoções para abocanhar a renda extra.
As estratégias para atrair o investidor variam de empresa para empresa. Na Real Tokio Marine Vida e Previdência, por exemplo, o aplicador concorre a um prêmio de R$ 50 mil ou uma renda mensal de R$ 5 mil, com direito a um número para cada R$ 600,00 aplicados até 29 de dezembro. Com isso, a instituição espera captar R$ 500 milhões, ou seja, 20% mais do que no ano passado.
A Icatu Hartford preferiu enviar comunicados aos seus clientes lembrando o fim do prazo para reduzir o imposto de renda e, com isso, espera elevar também os aportes em dezembro. Segundo Luciano Snel, diretor de marketing da seguradora, para fazer uma aplicação esporádica neste mês, basta que o investidor solicite um boleto bancário em branco ou com o valor que pretende aplicar à seguradora, sistema usado pelas empresas independentes. Para as ligadas aos bancos, é só pedir ao gerente.
O BankBoston lançou-se no mercado de previdência privada há menos de um mês. O produto foi formado em poucos meses, em parceria com a Icatu, justamente para que o banco embarcasse a tempo no furor do mercado no fim do ano. Segundo o superintendente-executivo para produtos de investimento e seguros, Edinardo Figueiredo, o BankBoston aposta em taxas baixas e no contato com o cliente para ganhar mercado e roubar recursos das concorrentes. “Queremos chegar a R$ 600 milhões em carteira até o fim de 2006.” Outros bancos e seguradoras também procuram o aplicador. A Unibanco AIG, por exemplo, vai com força para a mídia em breve.
Apesar de ter bons motivos para aproveitar as promoções, o investidor deve tomar cuidado para não comprometer recursos que tenha de usar num horizonte próximo. Segundo o economista da FGV-Rio, Luis Carlos Ewald, o trabalhador deve ter cuidado para não aplicar grande parte do 13º na previdência e ficar sem liquidez nos próximos meses. No começo do ano, há muitos impostos a serem pagos, como IPTU e IPVA, e ter de sacar esses recursos em prazo curto pode implicar perdas significativas. “Investir em previdência é bom, mas se for para sacar os recursos logo, é melhor um fundo de investimento, cujo imposto não pune tanto o saque antecipado.”
O esforço extra das entidades de previdência em captar mais este ano também tem outra justificativa. Por conta da nova regulamentação tributária dos planos de previdência, as seguradoras tiveram uma redução drástica nos aportes no primeiro semestre. Depois de prorrogado para dezembro o prazo para opção pela tributação e após ser definido que a alíquota cairia de 35% para 10%, num período de um a dez anos após cada aporte, os depósitos voltaram a subir. Por conta desse problema, o volume investido em PGBLs e VGBLs neste ano, até setembro, é inferior à quantia captada no mesmo período no ano passado, segundo a Anapp. Para Osvaldo Nascimento, essa tendência será revertida nos últimos meses deste ano.
Por Danilo Fariello – São Paulo – NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.valoronline.com.br/veconomico.

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