Os cerca de 790 funcionários do Banco do Estado do Ceará (BEC) passarão para os quadros do Bradesco em maio, quando a instituição BEC desaparecerá. Os padrões de remuneração, assim como a carga horária de oito horas, serão mantidos. Em reunião ontem com representantes da Associação dos Funcionários do BEC (Afbec), Sindicato dos Bancários do Ceará e Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito no Nordeste (Fetec-NE), o maior banco privado do País reiterou que não tem política de demissão dos funcionários do BEC, a maioria deles a pouco mais de um ano para se aposentar.
Segundo informação da Caixa de Previdência do BEC (Cabec), hoje cerca de 490 aposentados recebem complementação do benefício da aposentadoria. No momento a entidade analisa o processo de outros 26 ex-funcionários do BEC. Sobre a Cabec, o Bradesco que oferece Plano de Previdência aos seus funcionários com participando, disse que vai estudar a proposta das entidades de realizar a posse dos diretores e a normalização da gestão.
“Estamos estudando o assunto e por enquanto manteremos o patrocínio”, disse o diretor departamental de Recursos Humanos do Bradesco, Luís Bueno, que participou do encontro de quase três horas até o início da noite de ontem.
Da pauta de reivindicações do movimento sindical em favor dos funcionários do antigo BEC, o Bradesco também decidiu pela manutenção do Programa de Incentivo à Produtividade para os que já usufruem do benefício. Criado por diretorias anteriores, ele paga 50% da mensalidade de curso em nível superior para quem quiser estudar.
O Plano de saúde médico e dentário está implantado para os ex-becistas desde 1º de abril e se estende aos dependentes (filhos até a maioridade ou até 24 anos se universitários e cônjuges). O plano dá cobertura a hospitalização, não terá mensalidade, mas pede contrapartida de 15% a 30% do usuário em consultas.
O Bradesco prometeu analisar a questão dos passivos trabalhistas existentes e em breve responder se negocia ou não um acordo. Em relação às dívidas dos funcionários do BEC, o representante da direção informou que elas também estão sendo analisadas e uma proposta de solução para o problema será apresentada em maio. Conforme o presidente da Afbec, Erotildes Teixeira, a maioria dos funcionários utilizava a linha de crédito CredBEC, com juros baixos, e agora está endividada.
Também ficou acertada o cumprimento das cláusulas do atual acordo trabalhista do BEC e a permanência dos funcionários portadores de deficiência, em torno de sete. “Avaliamos que a reunião foi produtiva e satisfatória, ficando abertos canais permanentes de diálogo”, conclui Teixeira.
Fonte: O Povo
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