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Projeto Todas as letras realiza Encontro Nacional neste feriado

Um dos objetivos do projeto é de, por meio da alfabetização, possibilitar que uma importante parcela de brasileiras e brasileiros possam exercer plenamente sua cidadania e transformar a realidade.

O projeto de alfabetização de jovens e adultos da CUT “Todas as letras” realiza nos dias 07,08 e 09 de setembro, o Encontro Estadual do Projeto Todas as Letras, na Associação Banestado em Praia de Leste/PR. Neste encontro estarão participando aproximadamente 250 pessoas entre alfabetizadores, coordenadores, dirigentes sindicais, representantes de municípios dentre outros convidados das regiões de Paranavaí, Londrina, Maringá, Curiúva, Nova Prata, Guarapuava, Telêmaco Borba, e Curitiba.

Desenvolvido dentro do Programa Brasil Alfabetizado do Ministério da Educação, em parceria com a Petrobrás e com o reconhecimento e apoio da UNESCO –Organização das Nações Unidas para educação a Ciência e e Cultura – o “Todas as Letras” tem como meta alfabetizar 80 mil jovens e adultos no Brasil de uma forma diferenciada, formando leitores da realidade social e política do país e que sejam capazes de fazer uso social da leitura e escrita.

“O projeto é desenvolvido em escolas, comunidades, igrejas. No Paraná, tínhamos cinco núcleos no passado, este ano temos oito. Estão envolvidos no projeto secretarias municipais de educação, associações de moradores, sindicatos de trabalhadores rurais, Associação dos Professores do Paraná, eletricitários e bancários”, explica Marcelo Socoloski, coordenador político do núcleo Curitiba.

“Temos os coordenadores pedagógicos, contratados pela CUT, responsáveis pela metodologia, pela formação e por assessorar os educadores. Também há os coordenadores políticos do projeto, que estabelecem as parcerias, são responsáveis pela infra-estrutura, por negociar com os parceiros, apontar problemas e exigir dos responsáveis. No núcleo Curitiba, região e litoral são 25 turmas”, conclui.

Rosely Longhi Vicentin e Rosana Viana de Souza são alfabetizadoras do Projeto desde a sua primeira etapa, no ano passado. São voluntárias no município de Matinhos, que pertence ao núcleo Curitiba, região e litoral. As educadoras recebem uma bolsa-auxílio de R$ 295,00 para alfabetizar 25 alunos cada uma delas, uma em escola e outra diretamente na comunidade. “Eles têm muita força de vontade para aprender”, conta Rosely. “Tenho um aluno com 86 anos de idade e outra que um dia sabe, e no outro não sabe mais nada”, relata Rosana.

“Nós trabalhamos com diferentes níveis de leitura e escrita. Mesmo assim, organizamos trabalhos em equipe, quando um ajuda ao outro. Desta forma, criamos um clima de confiança em sala de aula. Eles confiam em nós e entre si. Contam suas histórias e fazemos brincadeiras”, conta Rosely. “Para tornar o aprendizado mais produtivo e menos cansativo, falamos da realidade deles em sala, este é um diferencial do Todas as Letras. Não queremos infantilizar os alunos, mas valorizar suas experiências. Eles dizem sempre Professora, eu venho, eu não vou faltar, isto é nossa motivação”, afirma Rosana. “É difícil, pois damos as aulas longe de nossas casas, as vezes há atraso na distribuição do material ou na bolsa-auxílio. Trabalhamos com diferentes faixas etárias e com pessoas muito carentes, mas é uma experiência muito rica , pessoal e profissional”, completa.

A ação pedagógica do projeto se fundamenta no intercâmbio dos saberes, reconhecendo e valorizando as diferenças entre os educandos. A intenção é de por meio de uma alfabetização baseada no método de Paulo Freire, os alunos fortaleçam sua identidade individual e coletiva e possam partir para uma “prática social transformadora”, ou seja, incentivar os educandos a se inserirem em organizações locais, como associação de moradores, associação de mulheres, sindicatos e outros espaços públicos.

Demais núcleos do Paraná

Jair Sanches Sambudio, coordenador político do projeto em Londrina, conta que os educandos do “Todas as Letras” da região estão bem avançados e têm trazido um retorno excelente. “O projeto está tendo uma boa repercussão, tanto que há procura para que sejam formadas novas turmas. No momento, o projeto em Londrina e região conta com 27 turmas e uma média de 450 alunos”. E complementa: “O Todas as Letras não é apenas um programa de alfabetização, ele faz com que o educando repense a sua realidade, já que ele aprende a ler e escrever dentro do seu contexto de cidadão e trabalhador. Com isso o projeto amplia os movimentos sociais”.

“Alguns educadores, além das aulas de alfabetização, desenvolvem ações em sala de aula para ensinar coisas que possam gerar renda. A iniciativa parte dos próprios alunos e da criatividade de cada educador”, conta Sambudio.

Sônia Yamada Mauro, coordenadora política do núcleo de Campo Mourão, conversou recentemente com alguns dos alunos das 19 turmas da região. “Eles enfrentam frio para assistir as aulas. São em sua maioria pessoas de idade, que trabalharam muito e desde muito cedo. Avós e avôs sem estudo e que cuidam de seus netos durante o dia. É bonito porque eles se esforçam para estudar e com isso dão exemplo, demonstram a importância do estudo. Um deles contou que agora não precisa mais esperar seu amigo no ponto para pegar o ônibus correto”.

Patrícia Meyer
FETEC-CUT-PR

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Projeto Todas as letras realiza Encontro Nacional neste feriado

Um dos objetivos do projeto é de, por meio da alfabetização, possibilitar que uma importante parcela de brasileiras e brasileiros possam exercer plenamente sua cidadania e transformar a realidade.
O projeto de alfabetização de jovens e adultos da CUT “Todas as letras” realiza nos dias 07,08 e 09 de setembro, o Encontro Estadual do Projeto Todas as Letras, na Associação Banestado em Praia de Leste/PR. Neste encontro estarão participando aproximadamente 250 pessoas entre alfabetizadores, coordenadores, dirigentes sindicais, representantes de municípios dentre outros convidados das regiões de Paranavaí, Londrina, Maringá, Curiúva, Nova Prata, Guarapuava, Telêmaco Borba, e Curitiba.
Desenvolvido dentro do Programa Brasil Alfabetizado do Ministério da Educação, em parceria com a Petrobrás e com o reconhecimento e apoio da UNESCO –Organização das Nações Unidas para educação a Ciência e e Cultura – o “Todas as Letras” tem como meta alfabetizar 80 mil jovens e adultos no Brasil de uma forma diferenciada, formando leitores da realidade social e política do país e que sejam capazes de fazer uso social da leitura e escrita.
“O projeto é desenvolvido em escolas, comunidades, igrejas. No Paraná, tínhamos cinco núcleos no passado, este ano temos oito. Estão envolvidos no projeto secretarias municipais de educação, associações de moradores, sindicatos de trabalhadores rurais, Associação dos Professores do Paraná, eletricitários e bancários”, explica Marcelo Socoloski, coordenador político do núcleo Curitiba.
“Temos os coordenadores pedagógicos, contratados pela CUT, responsáveis pela metodologia, pela formação e por assessorar os educadores. Também há os coordenadores políticos do projeto, que estabelecem as parcerias, são responsáveis pela infra-estrutura, por negociar com os parceiros, apontar problemas e exigir dos responsáveis. No núcleo Curitiba, região e litoral são 25 turmas”, conclui.
Rosely Longhi Vicentin e Rosana Viana de Souza são alfabetizadoras do Projeto desde a sua primeira etapa, no ano passado. São voluntárias no município de Matinhos, que pertence ao núcleo Curitiba, região e litoral. As educadoras recebem uma bolsa-auxílio de R$ 295,00 para alfabetizar 25 alunos cada uma delas, uma em escola e outra diretamente na comunidade. “Eles têm muita força de vontade para aprender”, conta Rosely. “Tenho um aluno com 86 anos de idade e outra que um dia sabe, e no outro não sabe mais nada”, relata Rosana.
“Nós trabalhamos com diferentes níveis de leitura e escrita. Mesmo assim, organizamos trabalhos em equipe, quando um ajuda ao outro. Desta forma, criamos um clima de confiança em sala de aula. Eles confiam em nós e entre si. Contam suas histórias e fazemos brincadeiras”, conta Rosely. “Para tornar o aprendizado mais produtivo e menos cansativo, falamos da realidade deles em sala, este é um diferencial do Todas as Letras. Não queremos infantilizar os alunos, mas valorizar suas experiências. Eles dizem sempre Professora, eu venho, eu não vou faltar, isto é nossa motivação”, afirma Rosana. “É difícil, pois damos as aulas longe de nossas casas, as vezes há atraso na distribuição do material ou na bolsa-auxílio. Trabalhamos com diferentes faixas etárias e com pessoas muito carentes, mas é uma experiência muito rica , pessoal e profissional”, completa.
A ação pedagógica do projeto se fundamenta no intercâmbio dos saberes, reconhecendo e valorizando as diferenças entre os educandos. A intenção é de por meio de uma alfabetização baseada no método de Paulo Freire, os alunos fortaleçam sua identidade individual e coletiva e possam partir para uma “prática social transformadora”, ou seja, incentivar os educandos a se inserirem em organizações locais, como associação de moradores, associação de mulheres, sindicatos e outros espaços públicos.
Demais núcleos do Paraná
Jair Sanches Sambudio, coordenador político do projeto em Londrina, conta que os educandos do “Todas as Letras” da região estão bem avançados e têm trazido um retorno excelente. “O projeto está tendo uma boa repercussão, tanto que há procura para que sejam formadas novas turmas. No momento, o projeto em Londrina e região conta com 27 turmas e uma média de 450 alunos”. E complementa: “O Todas as Letras não é apenas um programa de alfabetização, ele faz com que o educando repense a sua realidade, já que ele aprende a ler e escrever dentro do seu contexto de cidadão e trabalhador. Com isso o projeto amplia os movimentos sociais”.
“Alguns educadores, além das aulas de alfabetização, desenvolvem ações em sala de aula para ensinar coisas que possam gerar renda. A iniciativa parte dos próprios alunos e da criatividade de cada educador”, conta Sambudio.
Sônia Yamada Mauro, coordenadora política do núcleo de Campo Mourão, conversou recentemente com alguns dos alunos das 19 turmas da região. “Eles enfrentam frio para assistir as aulas. São em sua maioria pessoas de idade, que trabalharam muito e desde muito cedo. Avós e avôs sem estudo e que cuidam de seus netos durante o dia. É bonito porque eles se esforçam para estudar e com isso dão exemplo, demonstram a importância do estudo. Um deles contou que agora não precisa mais esperar seu amigo no ponto para pegar o ônibus correto”.
Patrícia Meyer
FETEC-CUT-PR

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