Denúncias mostram o tamanho do descaso dos banqueiros. Alguns diretores recebem uma exorbitância de PLR dos bancos, que se negam a dialogar com a categoria
São Paulo – A ‘cara de pau’ de alguns bancos tem número: R$ 400 mil. Esse é o valor que instituições como o Bradesco e Unibanco destinaram a seus executivos em meados de agosto. Do outro lado, indignados, os bancários estão sem qualquer explicação. Não com a distribuição aos diretores, mas com a falta de respeito, afinal, sem qualquer justificativa, os banqueiros suspenderam as negociações da campanha nacional 2006. Entretanto, como diria um bancário: “Explicação, há!”.
“Os bancos não tem como justificar o não pagamento das reivindicações dos trabalhadores. Os lucros são recordes e a categoria tem uma participação nisso. Neste ano, a projeção de crescimento das instituições chega a 40%”, diz a secretária-geral do Sindicato, Juvandia Moreira.
No ano passado, os bancos desembolsaram em PLR 7,45% do lucro líquido, em média (80% do salário mais R$ 800). Em 2006, os bancários querem 1 salário mais R$ 1.500, o que representaria 7,56% para os banqueiros. Só que uma PLR justa incluiria ainda 5% do lucro líquido distribuídos linearmente, que também faz parte da proposta dos trabalhadores. “Ainda assim os bancos estariam dentro da regra, que prevê o mínimo de 5% e o máximo de 15% do lucro líquido para pagamento da PLR”, lembra o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.
Por isso, os bancários estão indignados. Sabem que diariamente dão o máximo de si e quando chega o momento de partilhar este esforço, nada recebem. Na Paulista, o recado já foi dado, 3.500 trabalhadores participaram da manifestação. Pelo site e Folha Bancária centenas enviaram mensagens condenando os banqueiros.
Explicações – O Sindicato enviou uma carta ao Unibanco pedindo esclarecimento sobre uma verba paga no dia 24 de agosto restrita a alguns setores do banco.
Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
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Unibanco nega informação ao trabalhador
Banco cancela acesso ao site do Sindicato e expõe sua censura
São Paulo – Após surgirem denúncias de que o Unibanco repassou milhões de reais a seus diretores, o banco cancelou o acesso dos trabalhadores ao site do Sindicato. “Trata-se de uma prática anti-sindical. O banco não quer que o trabalhador se informe. Isto é censura”, diz a secretária-geral do Sindicato, Juvandia Moreira.
Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região