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Para construir uma greve forte e nacional

(São Paulo) Confira abaixo a entrevista do presidente da Contraf-CUT, Vagner Freitas, sobre a Campanha Nacional e a greve dos bancários:

O que representa a greve de dez sindicatos antes da próxima quinta, como tinha orientado o Comando Nacional? Isso quer dizer que os sindicatos estão rachados politicamente com o Comando?

Vagner – Não, os sindicatos não estão rachados, até porque têm autonomia e os trabalhadores são livres para tomarem a decisão que quiserem em suas assembléias. O que é preciso entender também é que todos os sindicatos estão representados no Comando Nacional e participam das decisões, seja por meio de sua federação estadual ou representado diretamente, como no caso dos dez maiores sindicatos do país. O Comando Nacional discute entre todos os seus representantes e define uma estratégia, que pode ou não ser seguida. Mas é importante salientar que nenhuma decisão é tomada por uma pessoa, a discussão é democrática e quando há divergências as decisões são por maioria. E, neste momento, se há divisão é apenas quanto ao melhor momento para fazer a greve, porque há unanimidade em relação à recusa da proposta apresentada pela Fenaban e sobre greve por tempo indeterminado para enfrentar os banqueiros, nosso verdadeiro adversário nessa batalha.

O fato de a greve geral ter sido marcada para próxima semana tem alguma relação com a eleição?

Vagner – Não, até porque fizemos uma greve nacional de 24h na última terça, antes das eleições. E os que entraram em greve antecipadamente, em sua maioria, têm a mesma orientação política. O principal motivo é que a proposta da Fenaban só foi apresentada na última quarta-feira e há nova rodada de negociação marcada. E ainda há a possibilidade de nova proposta. A greve é o último instrumento.

Além do que é necessário seguir o rito jurídico para que a greve não seja declarada ilegal. Entre essas exigências estão a de comunicar a população e soltar editais das assembléias com 72h de antecedência. A maioria dos sindicatos que entrou em greve foi porque já tinha assembléias marcadas. Mas se a Fenaban não atender a nossas reivindicações estaremos todos juntos numa forte greve nacional por tempo indeterminado na próxima quinta-feira.

Sem contar que quem joga com o calendário eleitoral são os banqueiros. Nós entregamos nossas reivindicações em 10 de agosto e foram eles que fizeram a primeira proposta econômica agora no dia 27 de setembro esperando que perdêssemos a paciência e nos dividíssemos.

Como assim?

Vagner – Incomoda muito aos banqueiros nossa estratégia de campanha unificada, porque a partir dela conseguimos aumentos reais e campanhas vitoriosas. E eles sabem que a organização de uma greve tem tempos distintos, realidades distintas em bancos privados e públicos. Sempre achei que deveríamos entrar em greve no momento em que os dois setores tivessem a mesma mobilização. Até porque não podemos correr o risco de separar as campanhas e jogar os bancos públicos em julgamento de dissídio no TST, como ocorreu em 2004 por um acordo espúrio entre a Contec e o PSTU, que quase leva à perda de direitos. E nada favoreceria mais os banqueiros que nossa divisão, é tudo que eles querem.

Qual sua posição em relação à greve antecipada de 10 sindicatos, a favor ou contra?

Vagner – Primeiro, todos os sindicatos e trabalhadores têm autonomia para tomarem suas decisões. Depois, sempre somos favoráveis a que os trabalhadores façam greve e lutem por seus direitos, em qualquer situação. E entre os que estão fazendo a greve estão companheiros valorosos, com histórico dentro do movimento sindical, em sindicatos sérios, mas que têm suas questões específicas. Mas são companheiros que sempre mereceram nosso respeito, mesmo quando existe alguma divergência tática. O que importa é que estejamos todos juntos na greve nacional na semana que vem, com a força dos que já estão e o reforço dos que ainda vão entrar em greve. Vamos dar prova de nossa unidade.

E é importante também lembrar que não temos de aceitar provocação dos banqueiros. Não é porque a primeira proposta é ruim que temos de perder a paciência. Temos de entrar em greve quando for o melhor momento para os bancários conquistarem suas reivindicações, sem nenhuma outra preocupação.

Há uma expectativa da sua parte de que saia uma proposta relevante da reunião de terça com a Fenaban?

Vagner – Não temos como antecipar o que farão os banqueiros. Apenas acho que ainda há espaço para negociação, que elas podem avançar. Mas ao mesmo tempo temos de preparar uma greve mais forte possível e que inclua todo o país, pois sabemos que banqueiro não dá nada de graça, só a força e mobilização dos trabalhadores é que pode “convencê-los” a mudar a proposta para o que queremos. Mas, como disse antes, todos sabemos que teremos de fazer uma greve forte para arrancar nossas reivindicações, apenas queremos acumular força e preparar todas as bases, todos os sindicatos, para que o movimento seja o maior possível.

Fonte: Contraf-CUT.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.

Por 09:10 Notícias

Para construir uma greve forte e nacional

(São Paulo) Confira abaixo a entrevista do presidente da Contraf-CUT, Vagner Freitas, sobre a Campanha Nacional e a greve dos bancários:
O que representa a greve de dez sindicatos antes da próxima quinta, como tinha orientado o Comando Nacional? Isso quer dizer que os sindicatos estão rachados politicamente com o Comando?
Vagner – Não, os sindicatos não estão rachados, até porque têm autonomia e os trabalhadores são livres para tomarem a decisão que quiserem em suas assembléias. O que é preciso entender também é que todos os sindicatos estão representados no Comando Nacional e participam das decisões, seja por meio de sua federação estadual ou representado diretamente, como no caso dos dez maiores sindicatos do país. O Comando Nacional discute entre todos os seus representantes e define uma estratégia, que pode ou não ser seguida. Mas é importante salientar que nenhuma decisão é tomada por uma pessoa, a discussão é democrática e quando há divergências as decisões são por maioria. E, neste momento, se há divisão é apenas quanto ao melhor momento para fazer a greve, porque há unanimidade em relação à recusa da proposta apresentada pela Fenaban e sobre greve por tempo indeterminado para enfrentar os banqueiros, nosso verdadeiro adversário nessa batalha.
O fato de a greve geral ter sido marcada para próxima semana tem alguma relação com a eleição?
Vagner – Não, até porque fizemos uma greve nacional de 24h na última terça, antes das eleições. E os que entraram em greve antecipadamente, em sua maioria, têm a mesma orientação política. O principal motivo é que a proposta da Fenaban só foi apresentada na última quarta-feira e há nova rodada de negociação marcada. E ainda há a possibilidade de nova proposta. A greve é o último instrumento.
Além do que é necessário seguir o rito jurídico para que a greve não seja declarada ilegal. Entre essas exigências estão a de comunicar a população e soltar editais das assembléias com 72h de antecedência. A maioria dos sindicatos que entrou em greve foi porque já tinha assembléias marcadas. Mas se a Fenaban não atender a nossas reivindicações estaremos todos juntos numa forte greve nacional por tempo indeterminado na próxima quinta-feira.
Sem contar que quem joga com o calendário eleitoral são os banqueiros. Nós entregamos nossas reivindicações em 10 de agosto e foram eles que fizeram a primeira proposta econômica agora no dia 27 de setembro esperando que perdêssemos a paciência e nos dividíssemos.
Como assim?
Vagner – Incomoda muito aos banqueiros nossa estratégia de campanha unificada, porque a partir dela conseguimos aumentos reais e campanhas vitoriosas. E eles sabem que a organização de uma greve tem tempos distintos, realidades distintas em bancos privados e públicos. Sempre achei que deveríamos entrar em greve no momento em que os dois setores tivessem a mesma mobilização. Até porque não podemos correr o risco de separar as campanhas e jogar os bancos públicos em julgamento de dissídio no TST, como ocorreu em 2004 por um acordo espúrio entre a Contec e o PSTU, que quase leva à perda de direitos. E nada favoreceria mais os banqueiros que nossa divisão, é tudo que eles querem.
Qual sua posição em relação à greve antecipada de 10 sindicatos, a favor ou contra?
Vagner – Primeiro, todos os sindicatos e trabalhadores têm autonomia para tomarem suas decisões. Depois, sempre somos favoráveis a que os trabalhadores façam greve e lutem por seus direitos, em qualquer situação. E entre os que estão fazendo a greve estão companheiros valorosos, com histórico dentro do movimento sindical, em sindicatos sérios, mas que têm suas questões específicas. Mas são companheiros que sempre mereceram nosso respeito, mesmo quando existe alguma divergência tática. O que importa é que estejamos todos juntos na greve nacional na semana que vem, com a força dos que já estão e o reforço dos que ainda vão entrar em greve. Vamos dar prova de nossa unidade.
E é importante também lembrar que não temos de aceitar provocação dos banqueiros. Não é porque a primeira proposta é ruim que temos de perder a paciência. Temos de entrar em greve quando for o melhor momento para os bancários conquistarem suas reivindicações, sem nenhuma outra preocupação.
Há uma expectativa da sua parte de que saia uma proposta relevante da reunião de terça com a Fenaban?
Vagner – Não temos como antecipar o que farão os banqueiros. Apenas acho que ainda há espaço para negociação, que elas podem avançar. Mas ao mesmo tempo temos de preparar uma greve mais forte possível e que inclua todo o país, pois sabemos que banqueiro não dá nada de graça, só a força e mobilização dos trabalhadores é que pode “convencê-los” a mudar a proposta para o que queremos. Mas, como disse antes, todos sabemos que teremos de fazer uma greve forte para arrancar nossas reivindicações, apenas queremos acumular força e preparar todas as bases, todos os sindicatos, para que o movimento seja o maior possível.
Fonte: Contraf-CUT.
NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.

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