fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 19:42 Sem categoria

Bancos incorporam ganhos e não repassam custo menor de captação

Os custos de captação dos bancos caíram em janeiro, mas esses ganhos não foram repassados aos clientes bancários no mês – foram incorporados pelas próprias instituições financeiras, que aumentaram os “spreads” bancários médios.

O custo médio de captação caiu 0,1 ponto percentual em janeiro, de 12,6% para 12,5% ao ano. O custo para os bancos diminuiu porque, embora o BC tenha desacelerado no mês o ritmo de corte nos juros básicos, de 0,5 para 0,25 ponto percentual (pp), a curva de juros futuros recuou. O mercado financeiro passou a apostar que, devido à postura mais conservadora da autoridade monetária, as taxas poderão cair mais no futuro.

Apesar da queda nos custos de captação dos bancos, os juros médios cobrados dos clientes subiram no mês – passaram de 39,8% para 39,9% ao ano. Os bancos aumentaram os seus “spreads” médios, que passaram de 27,2 para 27,4 pp.

No caso das pessoas físicas, o aumento dos juros cobrados pelos bancos (52,1% para 52,3% ao ano) e dos “spread” (de 39,6 para 40 pp) foi mais forte. Para as empresas, a taxa dos empréstimos ficou estável (26,2% ao ano), e o spread cresceu, de 27,2 para 27,4 pp.

O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, explica que parte da alta dos “spreads” se deve a fatores estatísticos. Todos os anos, em janeiro, as pessoas físicas tomam mais empréstimos no cheque especial para pagar contas como matrículas escolares e impostos. A taxa e o “spread” do cheque especial são mais elevados do que nas demais linhas de crédito, o que faz com que, na média, o custo das operações contratadas fique mais alto.

Lopes chama a atenção para o fato de que os juros do cheque especial terem até caído no mês, de 142% para 141,9%, mas essa redução não ter influenciado os juros médios à pessoa física, devido aos fatores estatísticos explicados acima. Também há outro fator estatístico que afeta negativamente a média: os financiamentos a veículos estão se expandindo fortemente, o que significa que estão atingindo públicos que até então não tomavam crédito. “Como esses clientes são menos conhecidos, os juros são maiores, para cobrir os riscos”, explica Lopes.

Estudos feitos pelo próprio BC mostram que, embora nem sempre os bancos repassem imediatamente aos clientes as quedas nos custos de captação, em prazos mais longos isso acaba ocorrendo. De setembro de 2005, início do atual ciclo de afrouxamento na política monetária, até janeiro passado os custos de captação dos bancos caíram 6,3 pp, enquanto aos clientes encolheram 8,2 pp.

O volume de empréstimos concedidos pelo sistema financeiro seguiu tendência de forte expansão, embora com um fôlego um pouco menor, devido à desaceleração sazonal que sempre ocorre em janeiro. No total, o volume de crédito cresceu 0,7% no mês, chegando a R$ 738,719 bilhões, ou 34,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

Foi puxado principalmente pelo crédito direcionado, que aumentou 1,3% no mês. O crédito livre cresceu apenas 0,4%. Nesse segmento, o destaque foram as operações com pessoas físicas, que aumentaram 1,6%, enquanto as operações com pessoas jurídicas caíram 0,6%.

Lopes explica que, sazonalmente, as empresas quitam em janeiro empréstimos de capital de giro, usado para financiar as operações de fim de ano. Já as pessoas físicas contratam mais operações de crédito em janeiro, sobretudo no cheque especial.

Por Valor Econômico – Alex Ribeiro.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.fenae.org.br.

Por 19:42 Notícias

Bancos incorporam ganhos e não repassam custo menor de captação

Os custos de captação dos bancos caíram em janeiro, mas esses ganhos não foram repassados aos clientes bancários no mês – foram incorporados pelas próprias instituições financeiras, que aumentaram os “spreads” bancários médios.
O custo médio de captação caiu 0,1 ponto percentual em janeiro, de 12,6% para 12,5% ao ano. O custo para os bancos diminuiu porque, embora o BC tenha desacelerado no mês o ritmo de corte nos juros básicos, de 0,5 para 0,25 ponto percentual (pp), a curva de juros futuros recuou. O mercado financeiro passou a apostar que, devido à postura mais conservadora da autoridade monetária, as taxas poderão cair mais no futuro.
Apesar da queda nos custos de captação dos bancos, os juros médios cobrados dos clientes subiram no mês – passaram de 39,8% para 39,9% ao ano. Os bancos aumentaram os seus “spreads” médios, que passaram de 27,2 para 27,4 pp.
No caso das pessoas físicas, o aumento dos juros cobrados pelos bancos (52,1% para 52,3% ao ano) e dos “spread” (de 39,6 para 40 pp) foi mais forte. Para as empresas, a taxa dos empréstimos ficou estável (26,2% ao ano), e o spread cresceu, de 27,2 para 27,4 pp.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, explica que parte da alta dos “spreads” se deve a fatores estatísticos. Todos os anos, em janeiro, as pessoas físicas tomam mais empréstimos no cheque especial para pagar contas como matrículas escolares e impostos. A taxa e o “spread” do cheque especial são mais elevados do que nas demais linhas de crédito, o que faz com que, na média, o custo das operações contratadas fique mais alto.
Lopes chama a atenção para o fato de que os juros do cheque especial terem até caído no mês, de 142% para 141,9%, mas essa redução não ter influenciado os juros médios à pessoa física, devido aos fatores estatísticos explicados acima. Também há outro fator estatístico que afeta negativamente a média: os financiamentos a veículos estão se expandindo fortemente, o que significa que estão atingindo públicos que até então não tomavam crédito. “Como esses clientes são menos conhecidos, os juros são maiores, para cobrir os riscos”, explica Lopes.
Estudos feitos pelo próprio BC mostram que, embora nem sempre os bancos repassem imediatamente aos clientes as quedas nos custos de captação, em prazos mais longos isso acaba ocorrendo. De setembro de 2005, início do atual ciclo de afrouxamento na política monetária, até janeiro passado os custos de captação dos bancos caíram 6,3 pp, enquanto aos clientes encolheram 8,2 pp.
O volume de empréstimos concedidos pelo sistema financeiro seguiu tendência de forte expansão, embora com um fôlego um pouco menor, devido à desaceleração sazonal que sempre ocorre em janeiro. No total, o volume de crédito cresceu 0,7% no mês, chegando a R$ 738,719 bilhões, ou 34,3% do Produto Interno Bruto (PIB).
Foi puxado principalmente pelo crédito direcionado, que aumentou 1,3% no mês. O crédito livre cresceu apenas 0,4%. Nesse segmento, o destaque foram as operações com pessoas físicas, que aumentaram 1,6%, enquanto as operações com pessoas jurídicas caíram 0,6%.
Lopes explica que, sazonalmente, as empresas quitam em janeiro empréstimos de capital de giro, usado para financiar as operações de fim de ano. Já as pessoas físicas contratam mais operações de crédito em janeiro, sobretudo no cheque especial.
Por Valor Econômico – Alex Ribeiro.
NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.fenae.org.br.

Close