Sindicato dos Bancários de Curitiba completa 65 anos de lutas
Entidade é exemplo para demais categorias
Uma das entidades sindicais mais atuantes e antigas do Paraná, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, completa hoje, 30 de março, 65 anos de história. Sua trajetória aguerrida levou a entidade a ser exemplo para os demais por sua organização. “Essa comemoração é extremamente importante. Nestes anos, acompanhamos a evolução do movimento sindical dos bancários e torcemos para que as demais categorias atinjam a mesma organização desta entidade. A estrutura do Sindicato leva a uma melhor qualidade de vida para os bancários”, afirma Roni Barbosa, presidente da CUT-PR.
Intervenções na época do regime militar, prisões, lutas pelo trabalho, terra e cidadania marcam a trajetória do Sindicato, desde 1942. A época do regime militar foi uma das mais conturbadas e difíceis para os sindicalistas. Em 1969, o advogado trabalhista Cláudio Ribeiro, secretário-geral do Sindicato na época, foi preso por sua atuação contra as represálias do governo aos trabalhadores. “Paguei um preço por isso, mas jamais me arrependi de tudo o que fiz. Foi no sindicato que aprendi tudo o que sei hoje. Ali, aprendi muito mais que na universidade”, afirma.
Na mesma época, o diretor de imprensa e propaganda da entidade, Wilson Previdi, lutava com os seus companheiros pela retirada da junta intervencionista de bancários no Sindicato. “Eles eram os pelegos. Cumpriam exatamente as normas da Delegacia Regional do Trabalho e Ministério do Trabalho”. Seu Previdi relembra as principais lutas da época: “combate à perseguição de funcionários, principalmente delegados sindicais, aumento salarial, melhores condições de trabalho, assédio de patrões às funcionárias”.
Para Marisa Stedile, atual presidente do Sindicato dos Bancários, as lutas apenas tomaram outras dimensões. “O sindicato não perdeu a sua razão de ser. A luta sindical continua mais atual do que nunca. Ainda não conseguimos superar a premissa do capitalismo: o lucro desmedido”, argumenta.
Nestes 65 anos de história, o Sindicato marcou sua atuação na defesa dos bancários e da sociedade de modo geral. Sua postura ampla combateu as privatizações do Banestado e da Copel, redução das multas das tarifas públicas, defesa do trabalho, terra e cidadania, ameaças de violência urbana, assaltos aos bancos, terceirização e desemprego.
Outra característica da entidade é a defesa da saúde dos trabalhadores. As longas jornadas de trabalho, doenças pulmonares, insalubridades que afetavam os funcionários nas décadas de 40 e 50, hoje foram substituídas por outros males como: LER/DORT, doenças psicológicas, stress.
Por Kelen Vanzin
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O Sindicato
O Sindicato dos Bancários de Curitiba representa cerca de 17 mil bancários, em Curitiba e em outros 28 municípios que abrange. Possui sua sede administrativa na Rua Vicente Machado, uma sede campestre em Piraquara e uma nova sede, recém adquirida, em que funcionará um espaço de cultura e lazer para os bancários e para a população de Curitiba, localizado na Rua Piquiri, bairro Rebouças. O novo espaço ainda está em reformas e é um presente do Sindicato para comemorar seus 65 anos.
Segundo Otávio Dias, secretário de finanças do Sindicato, a categoria bancária em Curitiba nunca teve um espaço próprio onde pudesse realizar suas assembléias, encontros e eventos culturais. “Sempre era necessário locar espaços para estas atividades”, complementa. “Já para eventos esportivos e sociais, a categoria encontrava espaço na Sede Campestre do Sindicato e nas associações das respectivas corporações”, explica.
Por Patrícia Meyer.
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65 anos de lutas marcam a trajetória do Sindicato dos Bancários de Curitiba
O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região comemorou esta semana 65 anos de história. A trajetória da entidade é marcada por lutas que extrapolam a esfera sindical. Moções contra a ditadura militar, prisões, campanha contra as privatizações como do Banestado e da Copel remontam a trajetória do Sindicato.
Em 2001, mais de 140 mil assinaturas foram recolhidas contra a privatização da Companhia de Energia Elétrica do Paraná. No mesmo período, a luta contra o desmonte do Banestado levou o Sindicato a todas as regiões do Paraná. Moções de repúdio, atuações junto aos parlamentares paranaenses foram intensificadas para garantir os direitos dos 16 mil bancários. Após a privatização do banco o número foi reduzido para 7.800 e hoje é ainda menor.
Outra característica da entidade é a defesa da saúde dos trabalhadores. As longas jornadas de trabalho, doenças pulmonares, insalubridades que afetavam os funcionários nas décadas de 40 e 50, hoje foram substituídos por outros males como: LER/DORT, doenças psicológicas, stress. “O Sindicato não perdeu a sua razão de ser. A luta sindical continua mais atual do que nunca”, afirma a presidente do Sindicato, Marisa Stedile.
Fonte: SEEB/Curitiba
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