fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 13:00 Sem categoria

Movimentos preparam protestos contra reunião do G-8

Adital – Mais de 120 organizações da sociedade civil européia se reunirão na cidade alemã de Rostock para bloquear as ruas de acesso ao complexo hoteleiro Kempinski em Heiligendamm, onde, entre 6 e 8 de junho, será realizada a Cúpula do G-8 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e Rússia). As organizações integram o grupo Block que objetiva impedir o normal funcionamento da Cúpula. A preparação para as mobilizações começou há dez meses.

Os organizadores do protesto convocam a toda a sociedade para que vá, desde o primeiro dia de junho, às ruas participar dos bloqueios descentralizados. Mais que impedir a entrada na Cúpula do G-8 de tradutores, assessores e funcionários em geral, para o grupo Block, esse é um ato de desobediência civil para manifestar o descontentamento da sociedade com o atual estado de legalidade.

Os movimentos sociais criticam o G-8 por se concentrarem nos temas de mercado e capital. “Os países membros do G-8 quebraram todas as suas promessas, principalmente, as que se comprometiam em diminuir a pobreza e as mortes em massa na África”, disse Pedram Shahyar, da coordenação da Attac. E acrescentou: “A integração da África na globalização neoliberal não diminui a pobreza do povo, só contribuiu para o maior enriquecimento dos já milionários”.

A secção francesa da Attac pede a eliminação do G-8, quanto diretoria ilegítima do mundo, e exige que os membros desse grupo contribuam para transformar a realidade dos países do sul. Para isso, a Attac considera fundamental: a anulação total das dívidas dos países sulistas; o fim dos planos de ajuste estrutural; a supressão dos subsídios ocidentais às exportações para países do sul e o reconhecimento do direito desses países à segurança alimentar

A agenda de protestos tem início hoje (01) com a abertura do centro de imprensa e a saída das caravanas com destino a Heiligendamm. No dia 2 de junho, uma grande manifestação será realizada no centro de Rostock e começará o acampamento anti-G8. No domingo, haverá uma ação global contra as políticas agrícolas e um encontro da Rede de Migração. A partir das 10h, os movimentos sociais participarão de debates sobre o tema e Lucille Daumas, do Attac no Marrocos, falará sobre as atividades contra a externalisação do controle de migração da Europa para os norte-africanos. No dia 4, a marcha será pelos migrantes.

Na véspera do início da cúpula G-8, no dia 5 de junho, haverá um dia de ação contra a guerra. Será feito um bloqueio no aeroporto Rostock-Laage. Pela tarde, terá início a Cúpula Alternativa em Rostock. Os bloqueios do acesso à Cúpula serão intensificados no dia 6, quando começa o encontro; e, no dia 7, haverá uma marcha saindo de Nienhagen, Kühlungsborn, Bad Doberan e Kröpelin até Heiligendamm. Após a marcha, será realizada a manifestação final.

As manifestações próximas à barreira que rodeará o prédio da reunião de presidentes do G-8 foram permitidas pela justiça alemã, após o pedido legal das organizações não-governamentais Attac e Esquerda Intervensionista. Mas, um forte esquema de segurança deve impedir a aproximação dos manifestantes. Além da barreira, de dois metros de altura e 13km de distância, a um custo de 17 milhões e meio de dólares, o local terá a presença de 16 mil policiais.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.adital.org.br.

Close