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Negociações: Bancários cobram solução para problemas do Santander

São Paulo – Em reunião do Comitê de Relações Trabalhistas (CRT), realizada nesta quinta-feira, dia 5, a Contraf-CUT reivindicou dos representantes do Santander a solução de diversos problemas que afetam os funcionários do banco.

“Debatemos os principais problemas enfrentado pelos bancários do Santander e apresentamos as nossas reivindicações. Conseguimos avançar em alguns pontos, mas o banco ainda nos deve muitas respostas”, afirmou Paulo Stekel, diretor da Contraf-CUT e funcionário do Santander.

Entre os itens reclamados estão o fim da cobrança de metas para os caixas e da prática de assédio moral, a questão do Plano de Cargos e Salários (PCS) e o problema da insegurança nas agências e postos.

Quanto ao primeiro ponto da pauta, o banco reafirmou que os caixas não têm metas de venda e que continuará orientando as Redes sobre o assunto. Informou que agendará reuniões para esta semana com os gerentes regionais administrativos (GRAs). A Contraf voltou a denunciar que o problema continua ocorrendo e exigiu que o banco tome medidas efetivas para suprimir a prática.

Questionado sobre a persistência da prática do assédio moral, o negociador da empresa informou que os gestores têm sido alertados em reuniões realizadas nas Redes. Disse, ainda, que os casos denunciados serão devidamente apurados.

A Contraf-CUT reivindicou que os gestores sejam orientados formalmente a parar com a exposição, a humilhação e as ameaças de demissão em reuniões. E espera que o Santander atue com o máximo rigor para pôr fim ao assédio moral.

A representação dos funcionários também denunciou as distorções salariais existentes nas agências e departamentos, o que evidência a falta de um Plano de Cargos e Salários (PCS), com regras claras e justas e que possibilitem ascensão profissional para todos. Em resposta, o banco se comprometeu a agendar reunião e específica para tratar do assunto.

Em relação aos assaltos em agências ocorridos após o término da jornada de trabalho, a representação cobrou do banco que as unidades e postos sejam fechados impreterivelmente às 18 horas (exceto locais especiais) – horário de encerramento do expediente dos vigilantes. A medida iria acabar com o risco de violência e eliminar os problemas freqüentes de fraude no ponto eletrônico.

A Contraf também reafirmou a necessidade de colocação de portas giratórias antes do auto-atendimento, câmaras de vídeo com monitoramento à distância e vigilantes com coletes a prova de balas em todas as agências e postos.

Segundo o diretor de Divulgação da Afubesp, José Reinaldo, os representantes dos bancários procuraram abordar os assuntos que mais preocupam os funcionários. “A questão da cobrança das metas abusivas, que para nós representa assédio moral, e as distorções salariais são responsáveis pelo maior número de reclamações dos trabalhadores do banco.”

Doação das 100 ações
Ao final da reunião, o Santander deu algumas informações adicionais sobre a doação de 100 ações para cada funcionário que estava na ativa em 23 de junho deste ano. Disse que quem desejar vender os papéis poderá fazê-lo a partir do dia 7 de agosto de 2007, por meio do portal de RH, mediante preenchimento de formulário eletrônico.

Os pagamentos das ações vendidas serão efetuados a partir do dia 27 de agosto através de crédito em conta corrente. Não será permitida a venda parcial das ações nem a transferência de sua titularidade.

A doação das ações transitará no holerite no dia 20 de agosto, tendo como base o valor dos papéis no dia 6 de agosto na Bolsa de Madri. Para que os presentes tivessem uma idéia a respeito do montante, o representante da empresa fez uma simulação. Considerando o valor de 13,93 euros para cada ação e a cotação do euro em R$ 2,56, o total da doação será de R$ 3.566,08. Em cima deste valor incidirá o Imposto de Renda. Essas explicações não constam da ata, pois estão sendo divulgadas internamente pelo banco.

Veja os demais itens tratados na reunião do CRT na íntegra da ata abaixo:

ATA DO COMITÊ DE RELAÇÕES TRABALHISTAS

São Paulo, 05/07/07

Pela Representação: Zé Reinaldo, Mário Raia, Paulo Stekel, Cristiano Meibach, Bino Koller, Ademir Wiederkehr, João Carlos, Roberto Paulino, Wander, Nunes, Péricles Cabral, Gilberto, Marcelo, Flávio, Ageu, Vera Marchioni, Selma

Pelo Banco: Gilberto Trazzi, Ana Beatriz, Alberto Camacho.

1) Cobrança de metas de produção para os caixas
Em inúmeras oportunidades temos denunciado que as agências têm estipulado metas para os caixas. A resposta do banco é que o caixa não participa de nenhum programa de renda variável e que, portanto, não pode ser cobrado por metas, inclusive na reunião de apresentação do sim/somar, foi feito um questionamento e nos foi dito que o caixa não pode ter metas. Essa informação inclusive foi confirmada nas últimas reuniões do CRT. Entretanto as agências continuam exigindo metas individuais dos caixas; as cobranças são realizadas diariamente através de planilhas; os caixas reclamam que o aumento da pressão para que se façam vendas aumentam as diferenças de caixa, além de baixar a qualidade de atendimento. Como exemplo podemos citar as agências: Freguesia do Ó, Aclimação, Largo 13 de Maio, PAB HC, Ipiranga, Armênia, Central, Albuquerque Lins, Libero Badaró, Cid. Jardim, Vila Prudente, Jd. Europa, Joaquim Nabuco.

Reivindicação: Que se elimine este procedimento e seja encaminhada mensagem específica para a rede de agências.

O Banco ratifica que os caixas não têm metas de venda e que continuará orientando as Redes sobre o assunto. Informa que agendará reuniões para esta semana com os GRAs..

A Representação reafirma que continua ocorrendo cobrança do cumprimento de metas para os caixas e, reivindica que o banco tome medidas efetivas para suprimir a prática.

2) Denúncias de Assédio Moral/Pressão
Neste final e início de ano cresceram as denúncias de assédio moral em agências e departamentos com situações que tornam insuportáveis as condições de trabalho e de qualidade de vida.

Reivindicação: A representação exige que os gestores sejam orientados formalmente a parar com a exposição, a humilhação e as ameaças de demissão em reuniões. A Representação espera que o Banco atue com o máximo rigor para eliminar a prática de assédio moral.

O Banco informa que enfatiza a importância do cumprimento do Código de Ética e que os gestores têm sido orientados em reuniões realizadas nas Redes. Os casos denunciados serão devidamente apurados, visando apuração de responsabilidades.

A Representação entende que a prática do assédio moral é inadmissível. Espera novamente ações concretas do banco visando o fim deste mal.

3) PCS
Continuamos recebendo inúmeras denúncias em relação às diferenças salariais verificadas nos locais de trabalho como por exemplo:

a) Na região de Campinas: Coordenador R$ 1.300,00 a R$ 1.900,00 mesma agência e mesmo tempo de Banco.

b) Promoção de estagiários para gerentes: Uma remessa de gerentes foram contratados entre junho e dezembro de 2006 sem alteração salarial. Trata-se de jovens que iniciaram sua carreira nesta Instituição como estagiários, passaram mais de 1 ano para conquistar uma vaga efetiva de caixa ou assistente comercial sem que seus salário fossem alterados, até ai estava normal pois eles adquiriram os benefícios e o registro na carteira, a renda que era de 1.190,00 como estagiário passou a ser 792,90 de ordenado mais 450 de ajuda de custo totalizando em torno de 1.250,00 e assim passados para Gerente de Negócios (onde suas responsabilidades e cobrança quanto as metas só se multiplicavam) o salário não foi alterado, a Instituição prometeu a esses jovens e a todos os funcionários do Santander que os salário seriam revisados a partir de janeiro de 2007, o que não ocorreu até hoje. Ps, pode observar que quem era caixa ganhava 1.250,00 por 6h de trabalho semanal, e hoje trabalham 8 pelo o mesmo valor, os assistentes não tinham pressão e hoje são massacrados com a pressão e não recebem nada a mais por isso.Hoje um gerente que entra na Instituição com o mesmo cargo e ocupa a mesma posição ganha 1.910.

c) Agência Macapá: Já encaminhado anteriormente via e-mail mas que o anexamos novamente neste documento.

O Banco agendará reunião específica para tratar desse assunto.

A Representação reafirma que o banco não possui um PCS formal, com as exigências legais. Possui sim uma ferramenta de gestão de pessoas e dela se utiliza da forma que acha mais conveniente. Esta ferramenta não propicia aos trabalhadores um planejamento de crescimento na empresa. Essa prática gera um enorme descontentamento entre os funcionários, além de um passivo trabalhista na medida em que, no futuro gerará reclamações de equiparação salarial.

4) Segurança nas Agências e postos
A principal agência do Santander em Porto Alegre foi assaltada no último dia 27 de junho, por volta das 19h15. Outras unidades também já foram roubadas depois do término da jornada de trabalho, sendo que o expediente dos vigilantes encerra normalmente às 18h.

Reivindicação: Que o banco feche as portas de agências e postos (exceto em locais especiais), impreterivelmente às 18h, acabando com esse risco de violência e com os freqüentes problemas de fraude no ponto eletrônico.

Além disso, a representação reitera as providências apresentadas em reuniões anteriores, como a colocação de porta giratória de segurança com detector de metais antes do auto-atendimento e câmeras de vídeo com monitoramento à distância, fim da guarda das chaves do cofre por gerentes e tesoureiros.

O Banco irá avaliar os pontos relatados encaminhando o assunto para análise da área técnica competente, bem como verificará a situação das empresas abaixo citadas.

A Representação esclarece que as empresas citadas foram: NF Segurança e Suprema, que conforme informações vêm atrasando o pagamento de seus funcionários.

5) PLR
Reivindicação: Pagamento de PLR proporcional a todos que contribuíram para os resultados auferidos pelo banco, nele incluídos os trabalhadores que se aposentaram no segundo semestre de 2006.

O Banco cumpriu as regras estabelecidas na convenção coletiva da categoria, porém, irá analisar a reivindicação.

6) Campanha recuperAÇÃO – Superintendência de Recuperação de Crédito
Reivindicação: Os trabalhadores da Equipe da Superintendência de Recuperação de Crédito Regionalizado (Crédito Varejo) reclamam o não recebimento de premiação referente a campanha +recuperAÇÃO. Campanha Iniciada em 01 de novembro de 2006 a 31 de dezembro de 2006.

Premiação: recuperação mínima de 10% em “CASH” sobre o total produzido, desde que alcançado 100% a 150% com Plus mensal Fixo de R$ 2.000, a R$ 6.000.

A gerência informou os trabalhadores que o prêmio seria pago em maio/07 e até o momento não foi efetuado o pagamento, e os trabalhadores não receberam nenhuma justificativa ou maiores esclarecimentos.

O Banco irá verificar e responderá até dia 13/07.

7) TAC – Tarifa de Abertura de Crédito
Reivindicação: Eliminação da cobrança da tarifa para funcionários do Grupo.

O Banco irá verificar.

8) Empréstimo de Férias
Vários funcionários do antigo Banespa, que fizeram opção de migração para o quadro de carreira, não receberam o empréstimo de férias (empréstimo para pagamento em dez vezes iguais sem acréscimo), sob a alegação de que esta opção não estava mais disponível para estes trabalhadores.

Reivindicação: Imediata regularização deste procedimento inclusive com orientação ao RH e concessão do empréstimo àqueles que não o receberam.

O Banco informa que os casos apontados já foram verificados, os demais casos pontuais serão analisados.

9) Ausência de Caixas Preferenciais
Várias agências não possuem caixa preferencial para atendimento de idosos, gestantes e deficientes físicos, apesar das placas afixadas nos guichês, gerando protestos de aposentados e usuários dessas categorias, que muitas vezes acham que o responsável é o bancário. Esse procedimento irregular do Santander contraria resolução do Banco Central, expondo o banco a reclamações no ranking mensal do BC, que o Santander continua liderando.

Reivindicação: Contratação de caixas preferenciais nas agências que não possuem um funcionário para atendimento desse segmento, de modo que seja respeitada a resolução do BC e, com isso, evitando-se novas reclamações de clientes e usuários prejudicados.

O Banco irá verificar.

10) Afastados: Mensalidades CABESP e BANESPREV
Reivindicação: Solicitamos esclarecimentos sobre como o banco vem procedendo com relação ao débito da mensalidade da Cabesp e Banesprev para os trabalhadores que se encontram em afastamento médico junto ao INSS e quando estão de “licença não remunerada” aguardando o Pedido de Prorrogação de benefício.

O Banco entende que o procedimento adotado para cobrança das mensalidades está correto, todavia analisará a oportunidade de implementar melhorias operacionais, informando a representação até o dia 13/07.

11) Atestado de saúde ocupacional – ASO
Médicos contratados pelo banco continuam não emitindo ASO para os trabalhadores que passam pelo exame de retorno ou demissional quando julgam que o trabalhador não se encontra apto. Invariavelmente encaminham o trabalhador para o RH ou solicitam que aguardem em casa, pois irão conversar com os seus “superiores”. Esses médicos dizem que não estão autorizados a entregar o ASO com diagnóstico INAPTO para o trabalho.

O Banco vem cumprindo as Normas Regulamentadoras, o banco irá avaliar os casos pontuais. E que todo funcionário submetido a perícia deve ter o ASO ao final da perícia.

12) Emissão de CAT
O RH-SST sistematicamente nega a emissão de CAT para os trabalhadores afastados por LER/DORT e transtornos mentais, mesmo que em decorrência de assalto. Além disso, demora cerca de 60 dias para dar a resposta negativa ao trabalhador, o que causa duplo problema para o trabalhador junto ao INSS.

O Banco entende que vem dando cumprimento a Convenção Coletiva de Trabalho, bem como à legislação vigente. Os casos pontuais serão avaliados. O banco também está estudando medidas para reduzir o prazo acerca da decisão sobre emissão da CAT.

A Representação reitera novamente que a não emissão de CAT caracteriza o descumprimento do artigo 169 da CLT e da IN 98, trazendo prejuízos aos trabalhadores.

13) Distribuição dos prêmios do Super Ranking (Sim/Somar)
A pressão por metas abusivas tem estressado principalmente os gerentes, acarretando assédio moral, adoecimento e problemas de saúde mental. Por outro lado, a distribuição dos prêmios do Super Ranking não valoriza o esforço dos funcionários, pois falta transparência na apuração dos resultados, gerando desconfiança. O pagamento, que era trimestral, passou para semestral e o valor máximo de um salário diminuiu para meio salário-referência.

Reivindicação: O fim das metas abusivas e do assédio moral, o respeito à saúde dos funcionários e a volta do pagamento às condições anteriores.

O Banco informa que paga a renda variável, conforme cartilha específica para cada seguimento e estará fazendo apresentação do Super Ranking em reunião específica a ser agendada.

14) Homologações Pendentes
Os sindicatos têm encontrado dificuldades nas homologações de rescisões, em razão da falta de pagamento de direitos como férias vencidas, diferenças salariais e distribuição de prêmios do Super Ranking (Sim/Somar). O banco deixa para o final do prazo de 10 dias, alegando que mais tarde efetuará os pagamentos devidos. Outros bancos privados têm acertado as diferenças na homologação, inclusive os créditos dos prêmios.

Reivindicação: O pagamento dessas diferenças e dos prêmios antes da homologação, evitando os transtornos para os ex-empregados e o pagamento de multas rescisórias.

O Banco informa que eventuais diferenças são quitadas em homologação e com relação aos prêmios o acerto é feito após a conclusão da apuração do resultado, juntamente com os empregados ativos. E que estudará melhoria no processo de comunicação, no momento do desligamento.

15) Proposta SEEB – Limeira
Estamos solicitando colocar como ponto de pauta a situação da Ag. Limeira e PABs Santa Casa e Unicamp, pois está com muita dificuldade de trabalho, portanto reivindicamos:

1- Desconsideração das advertências dadas pelo banco aos funcionários vítima de golpe, por conta das péssimas condições de trabalho;

2- AGENCIA CENTRO – Chefe de Bateria de Caixa, que seja fixo e permanentemente no interior da bateria de caixa, para dar respaldo aos caixas, com autonomia para vistar e autorizar os saques e os diversos documentos que necessitem de autorização de superior;

3- PABs UNICAMP e SANTA CASA – Gerente com poder de decisão e com autonomia para vistar e autorizar pagamento de saques maiores, assim como os diversos documentos que necessitem de autorização superior;

4- LIBERAÇÃO REMOTA – Fim da liberação remota, pois o fato de possibilitar e liberação por essa via, dá margens para golpes, pois o funcionário pode fazer a liberação sem analisar os documentos;

5- ACÚMULO DE FUNÇÃO – Fim do acúmulo de função, pois é impossível ter 2 funções ao mesmo tempo, sendo coordenadora de Caixa, não tem como abrir caixa, pois deixa de dar o respaldo necessário à bateria de caixa. Devido ao grande movimento de clientes, fica impossível o supervisor, gerente ou funcionário qualificado, com poder de liberação, deixar o cliente esperando na mesa, estancar o atendimento e se deslocar até a bateria de caixa para analisar o documento para fazer a devida liberação in-loco. Sabendo disso é que o banco disponibilizou liberação “à distancia” ou “remotamente”, através de senha.
Por causa disso é que aconteceu o golpe dado pela funcionária (Gerente de Contas) em Limeira e com isso são 10 funcionários(as) que estão com carta de advertência.
Qual a condição dos funcionários de analisarem a documentação sem poder vê-la, ainda por cima atendendo o cliente na mesa, no salão, totalmente separado dos caixas e até mesmo fazer liberação para os PAB Santa Casa e Unicamp.

O Banco irá verificar.

16) Agendar data da nova reunião do CRT
Data indicativa para 09/10/2007.

www.contrafcut.org.br

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