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Contraf denuncia insegurança bancária ao ministro da Justiça nesta terça-feira, em Brasília

(São Paulo) Para denunciar o descaso dos bancos frente à escalada de violência contra agências e postos bancários, a Contraf-CUT reúne-se nesta terça-feira, dia 24, com o ministro da Justiça, Tarso Genro. A Confederação quer discutir o problema e garantir o apoio do Ministério da Justiça na luta pela segurança bancária. A audiência será às 16h, na sede do Ministério em Brasília. Além de Tarso Genro, participa da reunião o secretário-executivo do Ministério, Luis Paulo Barreto.

“O problema da segurança bancária vem crescendo a cada ano e agora chegamos num nível alarmante. Temos poucos dados oficiais, mas só na cidade de São Paulo, o número de casos dobrou nos primeiros três meses deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Porto Alegre está vivendo um surto de assaltos a banco. Precisamos agir imediatamente e, já que o diálogo com a Fenaban não avança, vamos levar o problema ao Ministério da Justiça”, diz Carlos Cordeiro, secretário-geral da Contraf-CUT.

Segundo o dirigente, a estratégia de sensibilizar as maiores autoridades sobre segurança do país começou em abril, quando a Contraf-CUT se reuniu com o secretário nacional de Segurança Pública, Luiz Fernando Corrêa. Na audiência, o secretário disse que o problema é preocupante e que é preciso encontrar uma forma de os bancos assumirem a sua responsabilidade para conter o crescente número de assaltos.

“Esperamos a mesma receptividade do ministro da Justiça e vamos prosseguir com as mobilizações. A Contraf-CUT vai realizar no dia seguinte à audiência (25) uma série de visitas e reuniões com a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e aos gabinetes de deputados e senadores que trabalham com o tema. A insegurança vem aumentando por causa de problemas que os bancários denunciam há muito tempo. E permanecem sem soluções. Falta porta giratória com detector de metais nas agências e, principalmente, no auto-atendimento. As agências vivem sem sistema de alarme ou com defeito. O número de vigilantes é insuficiente e sem treinamento. Os bancos brincam com a vida das pessoas e é contra isto que estamos lutando”, afirma Cordeiro.

A Contraf-CUT também vai apresentar ao ministro Tarso Genro o trabalho que os bancários tem desempenhado na Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Pública (CCasp), órgão que pertence ao próprio Ministério da Justiça. Por meio da Ccasp, os bancos têm sofrido uma enxurrada de autuações por causa do descaso com a segurança.

“Mais de 55% das autuações que os bancos tiveram de 2002 para cá se deve a falta de vigilantes. As instituições financeiras facilitam a ação dos marginais ao deixarem a segurança de lado. Vamos expor também a situação dos bancários, que tem morrido em serviço vítima do desleixo dos bancos”, destaca Gutemberg Oliveira, diretor da Fetec São Paulo e representante da Contraf-CUT na Ccasp.

Fonte: Contraf-CUT.

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