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Por 13:37 Sem categoria

Conferência Nacional reafirma unidade da categoria bancária em todo o país

A unidade da categoria e o desejo por novas conquistas para os trabalhadores do ramo financeiro devem impulsionar a Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, evento que começou hoje (27) e prossegue até a próxima terça-feira (31) em São Paulo, sob a coordenação da Contraf-CUT, com participação de seus sindicatos filiados.

Na avaliação dos dirigentes sindicais e delegados que participam do evento, a minuta (conjunto de reivindicações) que será apresentada aos bancos e seus prepostos vai refletir a vontade dos trabalhadores expressa através dos diversos questionários, pesquisas de opinião e enquetes que foram formulados pelos Sindicatos espalhados por todo o país e respondidos pela base.

Participam da Conferência Nacional diversos diretores da FETEC-CUT-PR (Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná). Entre eles, o Secretário de Administração e Finanças, Elias Hennemann Jordão. Segundo ele, a mobilização da categoria bancária para a Campanha Salarial deve superar em 2007, todas as expectativas. “Percebemos, durante a conferência estadual, que a vontade de fazer as mudanças é grande inclusive entre os trabalhadores das unidades bancárias. Temos um grande desafio, mas estamos entrando mais unidos e, conseqüentemente, com mais força na base,” ressaltou.

Propostas

Depois de um amplo debate, a plenária que reuniu cerca de 300 trabalhadores bancários em Praia de Leste, aprovou um índice de 10% de reajuste salarial, composto pela inflação projetada para o período, em torno de 4,5%, mais aumento real de 5,5%. A categoria também aprovou uma PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 15% do lucro líquido dividido linearmente e a busca de novas conquistas, como o plano de benefícios previdenciários, 13o alimentação e bolsas educacionais.

Durante a Conferência Estadual, o presidente da FETEC-CUT-PR e trabalhador bancário no HSBC, Adilson Stuzata destacou que a Convenção Coletiva Nacional dos Bancários é referência para as demais categorias profissionais e foi conquistada “a duras penas”, no enfrentamento direto à sede de exploração dos banqueiros e contra a opressão do trabalhador do sistema financeiro. “Temos que carregar nossas armas contra os banqueiros”, afirmou.

Outros Estados encaminham reivindicações

A FETEC-SC foi a primeira federação a realizar sua conferência estadual. Em Santa Catarina, os cerca de 200 trabalhadores do ramo financeiro discutiram a necessidade de buscar uma atuação conjunta com outras categorias que têm a data-base junto com os bancários. Os participantes da conferência também debateram sobre a unificação com demais federações e sindicatos no país, para estabelecer um plano permanente de lutas.

No Rio Grande do Sul, os 567 trabalhadores que participaram da conferência estadual definiram as estratégias de campanha salarial que serão encaminhadas para apreciação nacional. Os trabalhadores deliberaram pela realização de uma campanha nacional articulada, que não impeça manifestações nos bancos públicos durante a negociação de suas reivindicações específicas. Além disso, os bancários devem priorizar a luta por melhores condições de trabalho e mais segurança nos bancos entre outras questões essenciais para a categoria. O índice de reajuste deve seguir o que for apontado a partir de uma pesquisa nacional, que está sendo feita pelos sindicatos em todo o Brasil.

No Rio de Janeiro e no Espírito Santo, os trabalhadores do ramo financeiro destacaram a unidade na campanha salarial. Além das reivindicações da categoria, os aposentados do extinto Banco Nacional de Habitação – BNH aproveitaram a oportunidade de se manifestar e inscreveram uma tese em que demonstravam sua difícil situação, desde que o órgão foi extinto, em 1986.

Em Minas Gerais, cerca de 80 trabalhadores bancários representando os nove sindicatos filiados à Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (FETRAF-MG) optaram por encaminhar à Conferência Nacional um índice de reajuste composto por reposição salarial mais ganho real baseado na lucratividade dos bancos.

Além desta proposta, os bancários mineiros querem uma Campanha Nacional dos Bancários com mesa única para as questões comuns e mesas específicas para questões dos bancos públicos e privados, manutenção do atual comando nacional, composto por um representante de cada uma das 10 federações cutistas, um representante de cada um dos 10 maiores sindicatos e um representante da Contraf-CUT, remuneração variável, ampliação do horário de atendimento bancário para de 9h às 17h, com dois turnos de 6 horas; respeito a um calendário nacional único, regulamentação da contratação dos terceirizados e a busca de novos benefícios como 13º tíquete, 14º salário e retorno do anuênio, entre outras.

Os trabalhadores do Ramo Financeiro de São Paulo também realizaram conferência com a participação de 362 delegados. Na plenária, os bancários decidiram pela manutenção da Campanha Nacional Unificada, com mesas concomitantes para debates de questões específicas.

Os bancários do Nordeste aprovaram por unanimidade todas as decisões da Conferência Regional da FETEC-NE, que unificou as principais forças políticas que compõem o movimento dos bancários na região. Entre outros pontos, os trabalhadores definiram pela mesa de negociação unificada na Fenaban, articulada com as mesas específicas. Os bancários também querem aumento real de salários e melhoria na PLR. Os trabalhadores dos Estados da Bahia e Sergipe também debateram as reivindicações da base durante Conferência Interestadual realizada em Sergipe.

Além das conferências das federações, sindicatos da base da FETEC-Centro-Norte também realizaram suas conferências, já que o fórum na região é descentralizado.

Em Brasília, os bancários definiram como principais reivindicações: aumento real de salário, consolidação da mesa única da Fenaban com a contratação da Convenção Coletiva Nacional feita com a Contraf-CUT e os sindicatos, isonomia entre antigos e novos funcionários em todo o ramo financeiro, respeito à jornada de 6 horas, implementação do PCS e do PCC em todos os bancos e combate ao assédio moral.

Os bancários do Mato Grosso estarão encaminhando como principais reivindicações na Conferência Nacional, o aumento real de salários, a campanha salarial unificada, isonomia e auxílio educação para todos os trabalhadores.


Por Edson Junior
FETEC-CUT-PR
Com pesquisa no sítio: www.contrafcut.org.br

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