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Mercado de trabalho não pode ser objetivo em centros públicos de acesso à internet, dizem especialistas

Brasília – A aprendizagem do uso da internet e da informática em centros públicos de acesso não deve visar simplesmente à profissionalização para o mercado de trabalho.

“Não é só chegar lá e sair com a expectativa de que vai conseguir emprego. É preciso trabalhar com o protagonismo social”, diz o diretor do instituto de Pesquisas e Projetos Sociais Tecnológicos (Ipso), Carlos Seabra. “Por exemplo, uma dona de casa fazer seu orçamento doméstico em uma planilha eletrônica, o desemprego mandar seu currículo por e-mail, o jovem usar o computador para fazer música em MP3”.

Para o secretário adjunto da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rodrigo Assunção, os centros devem oferecer monitores para orientar os usuários a resolverem problemas com o uso da tecnologia.

“Os melhores centros fazem isso muito bem. Existe um uso constante que a cada dia desafia as pessoas a resolverem novos problemas por meios da tecnologia oferecida. A profissionalização é uma dimensão pequena dos processos. Em alguns casos, muito eficaz. Mas o uso da internet nos centros públicos tem a ver com buscar direitos, com informação, com produção de conteúdo”.

Segundo o coordenador de uma das unidades do projeto de inclusão digital Casa Brasil, Eliseu Pessanha, apesar de o mercado de trabalho exigir conhecimentos sobre informática e internet, é necessário promover a cidadania.

Na unidade do projeto em Ceilândia (DF), os usuários aprendem a usar o computador e equipamentos de imagem e som.
“Não temos o objetivo de preparar as pessoas para o mercado de trabalho. Elas aprendem desde como operar equipamentos até a edição das imagens e do som, com a filosofia da comunicação comunitária. A pessoa faz uma reflexão crítica da utilização desses instrumentos”, afirmou Pessanha.

Para desempregado Sérgio Oliveira, de 45 anos de idade, o importante é adquirir conhecimentos. “Não adiante só o diploma. É a capacidade de a pessoa aprender e desenvolver. Se não tiver isso, não adianta dez diplomas”, avalia ele, que participa de um curso de informática na Casa Brasil de Ceilândia.

Por Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.
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Jon “Maddog” Hall lança thin client focado em serviço para inclusão digital

São Paulo – Diretor da Linux International anuncia aparelho com chip de baixo consumo e Ubuntu que será doado e terá mensalidades para web.

Jon “MadDog” Hall, diretor-executivo da Linux International, anunciou, durante a Campus Party 2007, que terminou em Valencia, na Espanha, um novo thin client proposto pela organização para aumentar a inclusão digital.

Ainda sem nome definido, o aparelho tem pouco mais de dez centímetros de comprimento conta com a linha de baixo consumo Geode, da AMD, disco interno de 40 GB, 1 GB de memória interna, quatro portas USB, antena para sinal Wi-Fi 802.11g e distribuição Ubuntu.

Hall afirma que o projeto é uma resposta à alta reciclagem de computadores feitas para inclusão digital. Segundo ele, não há nada errado em reciclar, mas existe trabalho e investimentos extras na preparação e na logística que envolvem os equipamentos.

De acordo com o pesquisador, a idéia do thin client ganhou força também com a crescente receptividade de usuários por aplicativos pela internet, amparada pelo aumento nas conexões de banda larga.

Com seu thinclient, usuários contratarão um plano mensal que contará com assistência técnica, backup de dados e acesso à internet por uma taxa que, segundo ele, ainda precisará ser definida conforme as características de cada mercado.

A fabricação do aparelho será financiada por empréstimos privados, o que garantirá a distribuição gratuita dos aparelhos – segundo Hall, o pagamento tanto dos empréstimos como da mão de obra será feita pelas prestações pagas pelos usuários.

Montado em parceria com a Koolu, o aparelho já está disponível globalmente. O pesquisador admite também o uso do seu equipamento por Governos – segundo ele, a Linux International já está em negociações com o governo brasileiro.

Por Guilherme Felitti, repórter do IDG Now!
Publicada em 30 de julho de 2007 às 12h09
Atualizada em 30 de julho de 2007 às 16h03

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO http://idgnow.uol.com.br/computacao_pessoal/2007/07/30/idgnoticia.2007-07-30.8961896382/

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Computador público vs computador pessoal

O conceito de “Computador pessoal” foi implantado há muito tempo, na década de 80, com a IBM, seguido pela Apple, e hoje, todos estão muito habituados no fato de cada pessoa ter seu próprio computador, seja um desktop ou um notebook. É justamente neste quadro que entra a questão do conceito de computador público. Havendo interesses, isso pode ser levando adiante, tornando o uso de um computador algo não degradável, em termos de manutenção, personalizável e compartilhado, onde não há desperdício de tempo, dinheiro e recursos, tanto de máquina quanto de natureza.

Hoje, todos estão muito habituados no fato de cada pessoa ter seu próprio computador, seja um desktop ou um notebook. Principalmente em casas de família, como exemplo, o irmão mais velho tem o seu PC com configuração bem avançada, para jogar 3 horas por dia, enquanto a irmãzinha tem seu outro, para poder utilizar, 30 minutos diariamente, numa página do Orkut ou jogando em sites de games em Flash.

O conceito de “Computador pessoal” foi implantado há muito tempo, lá na década de 80, com a IBM, seguido pela Apple. Mais tarde, o primeiro acabou ganhando a supremacia, sendo este o padrão usado largamente até hoje. Na época, o termo “Personal Computer”, de sigla popular “PC”, se referia à computadores, digamos, pseudo-portáteis, de tamanho muito reduzido com comparação aos outros feitos na época. Essa idéia tinha como por base que, cada casa pudesse ter um computador para suas tarefas. Carlos E. Morimoto, em seu tutorial “História e Evolução dos Computadores”, descreve tecnicamente os primeiros computadores pessoais:

“O primeiro PC foi lançado pela IBM em 1981 e tinha uma configuração bastante modesta, com apenas 64 KB de memória, dois drives de disquetes de 5¼, um monitor MDA somente texto (existia a opção de comprar um monitor CGA) e sem disco rígido. O preço também era salgado, 4000 dólares da época.

Esta configuração era suficiente para rodar o DOS 1.0 e a maioria da programas da época, que por serem muito pequenos, cabiam em apelas um disquete e ocupavam pouca memória RAM. Mas, uma vantagem que existe desde este primeiro PC é a arquitetura aberta, que permite que vários fabricantes lancem acessórios e placas de expansão para ele. Foi questão de meses para que começassem a ser vendidos discos rígidos, placas de expansão de memória, placas de vídeo, etc. de vários fabricantes.

A Apple havia lançado o Apple III poucos meses antes do PC. Os dois equipamentos bateram de frente, pois disputavam o mesmo mercado e Apple III acabou levando a pior, apesar da sua configuração não ficar devendo à do PC e o preço dos dois ser quase o mesmo. O Apple III vinha com 128 ou 256 KB de memória, dependendo da versão, um processador Synertek 6502A de 2 MHz e drive de disquetes de 5¼. O grande pecado foi o uso de um barramento de expansão proprietário, o que limitou as possibilidades de upgrade aos acessórios oferecidos pela própria Apple, uma característica que acabou sendo a grande responsável pela supremacia do PC.”

E como a indústria é algo que nunca pára de crescer, a demanda, produção e evolução destes computadores cresceram num nível tal que era totalmente inesperado uma década atrás. Hoje a população média possui computadores muito potentes, de forma que, em média, somente 10% dos recursos são utilizados diariamente. Além de ser um desperdício de recursos do sistema, o conceito de computador popular é extremamente destruidor em níveis ambientais. Isso pois, como a cada ano, mais uma vez impulsionado pela indústria, são lançados PCs cada vez mais potentes, as pessoas em geral sentem-se, com os avanços principalmente dos jogos, a trocarem sempre de computador, algumas vezes até por questão de status. Muitas vezes, o desperdício acaba sendo financeiro também. Pode-se exemplificar com uma pessoa que, levado por essa “onda”, gastou mil reais por ano em atualizações no hardware, ou upgrades. Na maioria dos casos, o novo computador não vai ter todos os recursos utilizados, pois o outro supria muito bem as necessidades para o dia-a-dia, e, por questão de alguns jogos ou de status, mil reais que podiam ser gastos em outras necessidades acabariam de ser desperdiçados.

Agora a principal questão é: o tempo. Suponha-se que uma família de classe média tenha apenas um computador. O tempo de utilização dele, durante o dia é , em média, de 4 horas, somando-se o tempo em que havia, realmente, um humano sentado à sua frente. As outras 20 horas, provavelmente, dividiam-se entre o tempo que que a família dormia; o período em que os mesmos estavam acordados e o PC estava desligado e as horas quando estava ligado, mas na proteção de tela e sem ninguém usando (desperdício de energia também). Agora, pode-se aplicar mentalmente esse mesmo raciocínio para uma casa que tenha dois ou três computadores.

Sabe-se que a maioria das pessoas, que não trabalham com o computador ou o usam apenas para eventuais tarefas, poderiam muito bem compartilhar esses recursos não utilizados e, principalmente, o tempo que este não estava sendo usado. Se numa rua onde 10 casas usam o computador para navegar na Internet e fazer alguns trabalhos, estas, absolutamente, poderiam se dirigir à um telecentro e usar o mesmo equipamento, alternando o tempo. Isso, em teoria, resumiria de dez computadores para somente um, fato que seria extremamente bom para as pessoas que não queriam gastar dinheiro, tempo e manutenção com computador e para aquelas que não tem suporte financeiro para comprar um.

Ou seja: um telecentro em cada região, de boa qualidade, supriria a grande maioria da necessidade de um computador, não desperdiçando máquinas que em sua maioria do tempo não seriam utilizadas. Mas vem a questão: “num telecentro, não tenho como guardar minhas configurações, e, para o governo, ele possui manutenção muito cara.”

É justamente neste caso que entra o conceito de computador público, e entra em atividade a questão do software livre. Primeiro: usando o sistema operacional Linux e seus aplicativos de código aberto, o custo em licenças do governo seria zero. Logo após, outra pergunta é automaticamente feita: manutenção. Com o tempo, os usuários começam a degradar o sistema, necessitando de constante manutenção.

Uma solução simples para este problema é criar um sistema onde as pessoas possam mexer a vontade no Linux, instalar, modificar o sistema, e, a cada reinicialização tudo voltasse à estaca zero. Isso facilitaria a vida de quem quer possuir um telecentro, ou até mesmo facilitaria para o governo, que poderia implantar maior número de computadores pois a manutenção deles seria quase que nula.

Focando a parte técnica, a idéia era de uma distribuição Linux que possuísse dois modos: um administrador, em que as alterações do sistema eram salvas, e o modo usuário, onde o mesmo poderia mexer no que quisesse, e após a reinicialização, as alterações seriam perdidas e o sistema voltaria ao seu original. Surgiu então a idéia de fazer isso usando o UnionFS, como se o usuário entrasse num live-cd instalado no HD, sem a mão de obra de ter que refazer a imagem ISO a cada alteração no sistema.

Segundo Carlos E. Morimoto, em sua dica “Criando um “computador público” usando o UnionFS”, “uma solução mais fácil seria utilizar o UnionFS para “congelar” um sistema já instalado e personalizado, fazendo com que as alterações feitas pelos usuários sejam descartadas a cada boot.

Atualmente, a maioria das distribuições live-CD utiliza o UnionFS para permitir a instalação de programas e outras alterações mesmo enquanto o sistema está rodado a partir do CD.

Todas as alterações são feitas em uma ramdisk, criado utilizando parte da memória RAM, de forma que as alterações são perdidas a cada reboot.
Tocando em miúdos, o UnionFS permite montar duas pastas, onde uma pode ser montada em modo somente-leitura e outra montada em modo leitura e escrita. Podemos então usar uma partição separada para armazenar as alterações, fazendo com que as pastas “reais” do sistema permaneçam inalteradas.”

Uma outra solução, que não vem ao caso, é a placa recuperadora, amplamente vendida do mercado. Além do custo em larga escala ser extremamente alto, ela não permite tanta flexibilidade quanto uma solução baseada em software livre.

A solução para o problema dos dados pessoais é usar uma terceira partição armazenada num servidor e transferido para a máquina local, qualquer que seja, em qualquer telecentro, mediante é claro da apresentação de um usuário e senha. Assim, a pessoa poderia usar normalmente qualquer computador do telecentro que, no momento do login, todas as suas configurações e pequenos arquivos pessoais seriam transferidos para a máquina, fazendo que que a mesma se sentisse no próprio computador pessoal.

Um outro questionamento também é válido: existem vários projetos de terminais leves sob Linux, usando o chamado LTSP (Linux Terminal Server Protocol), como o Sacix, distribuição nacional voltada para telecentros, usando exatamente este conceito. O Sacix usa, baseando-se num servidor, vários terminais num telecentro, armazenando todo o processamento e armazenamento neste servidor principal. Assim, os computadores clientes acabam sendo de baixíssimo custo, visando ser apenas um terminal onde as aplicações são executadas virtualmente; estes servem apenas para mostrar o conteúdo na tela e interagir por meio de teclado, mouse e outros.

Contudo, há uma série de limitações em projetos como esse. Em primeiro lugar, o uso de servidores é limitado para 20 a 40 terminais, o que significa gastos relevantes com os mesmos. Um servidor deve ter processamento e memória suficiente para todo esse número de execuções paralelas, gerando gastos sensíveis com estes também. Em segundo lugar, o uso de terminais leves acarreta numa experiência limitada pelo usuário, que possui, teoricamente, pouca capacidade de recursos da máquina para uso no dia-a-dia, não podendo, por exemplo, carregar vários aplicativos de uma só vez. Isso acarreta, dependendo da situação (como uma estação onde há jogos 3D, por exemplo) num estado desagradável em termos de economia (já que o valor investido em servidores poderia ser equivalente, no caso) e uso (os usuários não estariam limitados). Portanto, uma solução como este projeto visaria um suporte mais adequado e flexível, podendo até ser aplicado facilmente em famílias que adotem o conceito de computador público. Vale lembrar também que, em termos de funções exclusivamente pessoais, hoje até celulares suprem necessidades mais privadas e básicas.

Somando todos esses conceitos, temos surgindo uma outra mentalidade: a do computador público. Havendo interesses, isso pode ser levando adiante, tornando o uso de um computador algo não degradável, em termos de manutenção, personalizável e compartilhado, onde não há desperdício de tempo, dinheiro e recursos, tanto de máquina quanto de natureza. Afinal, viver num mundo público e aberto é algo muito mais humano do que viver pessoalmente e fechado.

Obviamente, isso vai contra a idéia do capitalismo que vivemos atualmente e das grandes empresas que, por interesse em vender mais e mais, acabam por não deixar a idéia difundir ou chegar à prática. Neste caso, a melhor “arma” é a própria comunidade, que pode perfeitamente levar adiante um projeto que visa o bem geral, assim como está acontecendo com o Linux.

Esse projeto começará a ser desenvolvido na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), com minha participação, no campus de São José dos Campos, produzindo um software que implante esse sistema em qualquer distribuição Linux, aumentando ainda mais o grau de liberdade e desenvolvimento em termos de comunidade. Em breve, também haverá um site para o mesmo.

Por Júlio César Bessa Monqueiro.

ARTIGO COLHIDO NO SÍTIO http://www.guiadohardware.net/artigos/computador-publico/

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