fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 12:50 Sem categoria

Banco do Brasil gasta menos com pessoal e dá munição para campanha salarial

O balanço do Banco do Brasil do primeiro semestre de 2007 mostrou que a instituição economizou com pessoal, o que comprova a atual política de desvalorização salarial, condições de trabalho adversas e perfil autoritário na gestão. Conforme o diretor do SindBancários Ronaldo Zeni, o banco gastou 4,4% menos este ano comparado ao primeiro semestre de 2006 com folha.

Foram R$ 3,62 bilhões no ano passado (janeiro a junho) ante R$ 3,46 bilhões deste ano. “Essa política nos dá munição para cobrar um dos itens mais importantes da pauta da campanha salarial de 2007: a recuperação das perdas salariais do período FHC”, projeta Zeni. Detalhe: a receita com tarifas, que cresceu 10,7% (somando R$ 4,814 bilhões), cobriu com sobra a despesa com os quase 80 mil funcionários do BB.

A Imprensa destacou nesta quarta-feira que o lucro líquido da instituição recuou 36,7% (foi de R$ 2,477 bilhões), ficando atrás dos maiores bancos privados. Tudo porque no semestre passado, o BB não pôde contar com receitas extraordinárias contabilizadas em 2006.

Foram duas fontes que turbinaram os ganhos no primeiro semestre do ano passado: a integralização de recursos da Previ e a antecipação de receitas tributárias. O Sindicato discorda da análise negativa. Se o lucro líquido não seguiu o período anterior, o resultado recorrente (que exclui os efeitos de receitas extraordinárias) mostrou desempenho positivo.

Houve crescimento de 84,4% nesta conta. “Poderia ser muito maior se não fosse o alto custo com o Programa de Aposentadoria Antecipada (PAA), um dos carros-chefe da reestruturação”, lembra o dirigente.

Todos estes números estarão na mesa de negociações. Este ano a campanha terá as tratativas com a Fenaban – nos itens gerais da categoria – e negociação direta com o banco, na pauta específica, entregue nessa terça-feira, dia 14, ao presidente do BB, Antônio Lima Neto.

A isonomia entre os quadros mais recentes e os mais antigos (anteriores a 1998) é uma das prioridades. A forte defasagem causa distorções cada vez maiores entre concursados mais novos, cujo salário de ingresso hoje é de R$ 856,07 (valor divulgado para inscrição no novo concurso do banco), que somado a uma gratificação de 25%, fica em R$ 1.070 (menos de três salários mínimos). Na campanha deste ano, os bancários vão lutar por um piso nacional para a categoria de R$ 1.628,24.


NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO: www.bancariospoa.com.br

Close