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Movimentos por moradia pedem projetos para famílias com renda até três salários mínimos

São Paulo – Representantes de movimentos por moradia da capital paulista participaram hoje (27) de reunião com diretores da Caixa Econômica Federal para reivindicar a criação de projetos de habitação popular para famílias com renda até três salários mínimos. Os movimentos por moradia ocuparam nesta madrugada dois terrenos e quatro prédios nas regiões central, leste e sul da capital.

Segundo nota enviada à imprensa pela Frente de Luta por Moradia, um dos terrenos pertence à Petrobras e três prédios ocupados na zona leste, que estavam vazios, fazem parte do Programa de Arrendamento Residencial (PAR) do governo federal. No centro, foi ocupado um prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que já foi ocupado em outras ocasiões. O outro terreno pertence ao INSS.

Na carta aberta entregue à Caixa, os movimentos reivindicam o início imediato dos projetos nas áreas do INSS, a construção de 800 unidades habitacionais no terreno da Petrobras, destinação de um terreno do INSS para construção de 400 unidades habitacionais, garantia de subsídios para o atendimento de famílias com renda até três salários mínimos pelo Programa de Arrendamento Residencial (PAR), disponibilização de recursos públicos para aquisição de imóveis e terrenos abandonados nas regiões urbanizadas da cidade para programas habitacionais.

Os movimentos pedem ainda que os projetos habitacionais sejam implantados com recursos públicos de fundos habitacionais, e não financiamentos bancários, recursos imediatos para duas mil moradias por meio de dos programas de mutirão, locação social, crédito solidário, associativo e implementação do programa Bolsa Aluguel e, por fim, respeito à autonomia das organizações populares com dialogo e prioridade às suas demandas.

De acordo com a coordenadora do movimento Terra de Nossa Gente (TNG), Heluiza Regina Soares da Silva, participaram da reunião 11 coordenadorese, que enfatizaram a necessidade de adequação de programas que não contemplam as famílias com renda até três salários mínimos. “Geralmente, o atendimento é de uma demanda acima de quatro salários mínimos, e então nós ficamos completamente restritos ao crédito solidário”.

Além disso, disse Heluiza, a Caixa informou que não tem áreas para apresentar e que é tarefa dos movimentos procurar as áreas, fazer os estudos técnico e de viabilidade para construção nesses locais, já não disponibiliza esse tipo de serviço ou financiamento.

“Isso nos dificulta um pouco, porque o movimento acaba tendo que financiar essa assessoria, encontramos indisponibilidades nos terrenos e, com isso, acabamos gastando dinheiro do movimento fazendo assessoria técnica em uma área que não tem utilidade para nós”, afirmou a coordenadora do TNG.

Ela informou que os movimentos procurarão terrenos e áreas que possam ser indicadas para a Caixa para viabilizar projetos habitacionais. “Vamos fazer isso, já que essa foi a única possibilidade que a Caixa nos indicou. Vamos fazer essa assessoria técnica com recursos do movimento para podermos viabilizar o atendimento das nossas famílias”.

Por Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

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