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Trabalhadores bancários encerram primeiro bloco de negociação com a Fenaban

Próximo bloco trata de cláusulas econômicas e será no dia 05 de setembro, quarta-feira

São Paulo – As negociações do primeiro bloco de reivindicações entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban (Federação dos Bancos) foram encerradas nesta sexta-feira, dia 31, com a previsão de criação de um programa de prevenção de doenças ocupacionais e de reabilitação de afastados, além da instalação de um canal de denúncia contra o assédio moral. O próximo bloco que trata de cláusulas econômicas, entre elas a reivindicação de 10,3% de reajuste salarial, será discutido na próxima negociação marcada para o dia 5 de setembro.

Os bancários também reivindicaram que o Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT) seja emitido para os trabalhadores que presenciaram assaltos. Neste sentido, os dirigentes sindicais irão destacar informações e realizar um levantamento dos casos de bancários que desenvolveram problemas de saúde, como síndrome do pânico e estresse pós-traumático no pós-assalto.

“Nosso objetivo é mostrar aos bancos a relação entre o desenvolvimento dessas doenças em bancários vítimas de violência. O CAT não se restringe apenas ao âmbito da saúde, mas também ao de segurança bancária”, destacou Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.

Sobre a necessidade da instalação de portas de segurança, com detector de metais, já na entrada das agências, o que protegeria clientes e bancários também no auto-atendimento, a Fenaban se limitou apenas a responder que se trata de uma questão técnica e de segurança interna dos bancos. Os dirigentes Sindicais descordam da postura da Fenaban e vão insistir na reivindicação que para eles vai muito além de parâmetros técnicos. “Tratar-se de uma medida que inibi a ocorrência de assaltos e protege a vida de trabalhadores e clientes. Esta é uma das nossas principais reivindicações e não vamos desistir de avançar nesse ponto”, disse Marcolino.

Dentro das questões sobre igualdade de oportunidades a Fenaban aceitou a reivindicação dos bancários e se comprometeu em investir no treinamento e na inclusão de pessoas com deficiência. Os bancos concordaram também que a aplicação da pesquisa do mapa da diversidade, que traçará um perfil da categoria e suas diferenças, seja acompanhado pelo Sindicato. Já sobre a igualdade de tratamento para homoafetivos, como a extensão do direito ao convênio médico para parceiros do mesmo sexo, a Fenaban respondeu que se trata de uma questão que deve ser discutida banco a banco.

Os pontos pendentes desse primeiro bloco serão discutidos em uma nova negociação a ser agendada dentro do período da Campanha Nacional dos trabalhadores do Ramo Financeiro. As reivindicações sobre estender o direito do auxílio-educação para todos os bancários e o pagamento da 13ª cesta-alimentação foram consideradas questões econômicas e serão discutidas na próxima rodada de negociação marcada para o dia 5 de setembro.

Próxima negociação – No próximo bloco que prevê as reivindicações econômicas estão: reajuste de 10,3%, que prevê aumento real de salários de 5,5%; participação nos Lucros e Resultados (PLR) de dois salários mais valor adicional de R$ 3.500. Os bancários também querem a criação de um piso salarial de R$ 1.628,24 (salário mínimo definido pelo Dieese para que o trabalhador tenha atendidas suas necessidades básicas), além de Plano de Cargos e Salários em todos os bancos.

Uma novidade na minuta de reivindicações é a proposta de contratação da remuneração variável nos acordos coletivos da categoria. O objetivo é regrar o pagamento e acabar com a cobrança abusiva de metas. Assim, os bancários querem uma remuneração complementar de 10% do total das vendas de produtos feitas em cada unidade, distribuído de forma linear para todos os empregados da unidade. E 5% da arrecadação com prestação de serviços distribuídos trimestralmente de forma linear a todos os bancários de cada instituição, inclusive aos afastados por licença-saúde.

Os demais encontros acontecem nos dias 13 (reivindicações sociais e sobre defesa do emprego) e 20 de setembro (cláusulas renováveis da CCT).

Negociação – O novo formato de negociação prevê a discussão de um bloco de reivindicações por semana. A idéia é esgotar as discussões de cada bloco até que o outro seja iniciado. Esta nova estratégia foi proposta pelos dirigentes sindicais, com o objetivo de fortalecer o processo de negociação. “Estamos tendo mais espaço para os debates na mesa de negociação, o que favorece a qualificação de argumentos técnicos e comparativos de conquistas que já são aplicadas em alguns bancos na mesa de negociação”, disse Marcolino ao ressaltar que essa fórmula fica ainda mais completa com a mobilização da categoria.

Elisângela Cordeiro – 31/08/2007.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.

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