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Por 14:08 Sem categoria

Mestre em finanças desmonta argumento neoliberal

Ao analisar o artigo do consultor e mestre em finanças Amir Khair, cujo texto foi publicado no domingo passado pelo jornal “O Estado de São Paulo”, o deputado Carlito Merss (PT-SC) afirmou nesta terça-feira que é fato que o sucesso da política econômica do Governo Lula não representa a continuidade da política do governo anterior. No artigo o consultor questiona que o atual sucesso seja atribuído por vários analistas à continuidade da política do governo anterior baseada no tripé: austeridade fiscal, câmbio flutuante e metas de inflação.

Segundo o texto, no entanto, o governo tucano do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, “embora objetivasse usar esse tripé, atuou através de privatizações e taxas de juros elevadas, procurando atrair o capital externo como motor dos investimentos e crescimento da economia. Não estimulou o consumo. Ao contrário, buscou contê-lo com taxas de juros duas vezes maiores do que as atuais, para não ameaçar as metas de inflação, afinal não cumpridas, na maior parte do período”.

Na avaliação de Carlito Merss, “esse tripé mostra as diferenças”. “Nós não vendemos o país com privatizações e queima de 76% do patrimônio, nós mantemos o câmbio flutuante enquanto eles, criminosamente, mantiveram o câmbio fixo, que fez explodir a dívida pública, e nós não vivemos de joelhos perante o FMI (Fundo Monetário Internacional)”, disse.

O deputado destacou que governo atual fez do estímulo ao consumo a alavanca para o crescimento, por intermédio de aumentos do salário mínimo, políticas de transferências de renda e criação de empréstimos consignados. Com essas medidas cresceu o emprego formal (carteira assinada) e a massa salarial.

“Em decorrência, as receitas da Previdência Social batem recordes sucessivos superando desde 2006 o crescimento das despesas com benefícios, apesar dos fortes reajustes no salário mínimo”, defende o artigo. “Em relação à política externa, o atual governo fortaleceu as reservas internacionais, que passaram de US$ 37 bilhões no final de 2002, quando se encerrou o governo FHC, para US$ 160 bilhões, e se livrou das amarras do FMI, que condicionava a política econômica às suas diretrizes”, acrescenta o texto.

Para o deputado Carlito Merss, não procede o argumento de sucesso atual pelo modelo do governo anterior. “Esse argumento cansou. Cansei do argumento neoliberal. Estamos reestruturando o Estado e o crescimento acontece em bases mais sólidas. Em 1999 o Brasil quebrou com um suspiro da Rússia. Hoje tivemos uma crise grave nos Estados Unidos e já estamos praticamente de volta à nossa estabilidade anterior”, disse.

Por Gabriela Mascarenhas.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.informes.org.br.

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