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Partido dos Trabalhadores quer construir ampla aliança para as eleições de 2010

Reunidos em São Paulo, neste final de semana, delegados petistas aprovaram, entre outras medidas, estratégia eleitoral para 2008 e 2010, eleições diretas no partido em dezembro deste ano e necessidade de elaboração de um código de ética.

O III Congresso do PT, realizado neste final de semana, em São Paulo, aprovou uma diretriz tratando da estratégia eleitoral para 2008 e 2010, definindo o partido como “dirigente da condução do processo sucessório presidencial”. A posição foi aprovada através de uma emenda que reuniu as principais tendências políticas do partido. Segundo o texto aprovado, o PT deve “preservar a coalizão governamental, aperfeiçoar a base de sustentação política, porém sem se esquecer de fazer a defesa dos interesses do partido, dos trabalhadores e dos movimentos sociais”.

Além disso, defende a realização de “um amplo processo de debate interno para formular, a partir das experiências no governo federal e dos avanços até lá alcançados, um programa para o mandato 2011-2014”. Esse programa serviria de base para a construção de “uma candidatura petista capaz de liderar, juntamente com outros partidos, uma ampla aliança partidária e social para vencer as eleições de 2010”.

Os delegados petistas também aprovaram a realização de eleições diretas para a renovação da direção partidária em todos os níveis, nos dias 2 e 16 de dezembro (em primeiro e segundo turnos). A direção eleita em dezembro terá um mandato de dois anos. No sábado, chegou a ser aprovada uma proposta que estabelecia um mandato de quatro anos, mas essa posição foi alterada após a votação de uma emenda no domingo. Também ficou definido que os próximos PEDs (Processos de Eleições Diretas) ocorrerão sempre no ano seguinte às eleições para a Presidência da República.

O atual presidente do PT, Ricardo Berzoini, afirmou que não pretende se candidatar nas eleições internas de dezembro deste ano. Ele espera que haja uma renovação e uma oxigenação na direção do partido. Segundo Berzoini, a unidade e a coesão partidárias foram uma das principais vitórias do 3º Congresso Nacional do PT. “Nós conseguimos isso através de um diálogo interno de muito respeito às posições divergentes”, afirmou.

Código de ética

Outra resolução aprovada foi a que determina a elaboração de um código de ética para o partido, proposta apresentada pela tese Mensagem ao Partido. Mas o Congresso não aprovou o conteúdo deste código. O mesmo deverá ser elaborado a partir de propostas que serão apresentadas pelas diferentes tendências petistas. Caso não haja consenso, o tema ser remetido para o 14° Encontro Nacional do PT, que será realizado em 2009. As propostas relativas à criação de uma Corregedoria, Sistema de Controle, Conselho Fiscal e Comissão de Ética foram todas remetidas também para 2009.

Defesa do governo Lula

O texto final de avaliação de conjuntura, aprovado neste domingo, defende que o PT deve “desempenhar um papel claro na sociedade e no governo, no sentido de que o conjunto do partido compreenda o caráter das mudanças em curso no país”. O processo desenvolvido até agora, afirma o texto, tem contrariado interesses como o daqueles setores “que lucravam e apostavam na contínua submissão do Brasil aos interesses do imperialismo e da globalização”, bem como do que “controlavam os recursos públicos e privatizavam o Estado e que repudiam as políticas sociais de inclusão e do reconhecimento dos direitos dos trabalhadores”.

O PT acredita que “um novo ciclo político da revolução democrática no Brasil deverá ser consolidado no país pelo segundo mandato do presidente Lula para contribuir na construção de um novo bloco político e social, capaz de dar sustentação a um novo modelo de desenvolvimento alternativo ao projeto neoliberal”.

Esse novo bloco social e político, prossegue o texto, deve apontar para a execução de três tarefas históricas: o desatrelamento definitivo do modelo do Consenso de Washington; a promoção de uma profunda reforma do Estado e de uma reforma política e consolidação de altos níveis de crescimento com a distribuição de renda e riqueza, além da ampliação dos direito dos trabalhadores, inclusão social, sustentabilidade ambiental e fortalecimento da economia nacional. Além disso, foi aprovada uma resolução reafirmando o caráter socialista, democrático e popular do partido.

Também foi aprovada, por unanimidade, resolução da Secretaria de Relações Internacionais do PT sobre a Política Internacional do partido. O documento propõe uma série de prioridades para os próximos anos. Entre elas, a Mobilização Internacional em 26 de janeiro de 2008,convocada pelo Fórum Social Mundial (FSM); a realização do FSM em 2009, na cidade de Belém (PA); a realização do XIV e XV encontros do Foro de São Paulo, em Montevidéu, no ano que vem e na Cidade do México em 2009, além das eleições que ocorrerão em vários países da América Latina e Caribenha até 2010 e a ampliação das relações com a África.

Por Redação – Carta Maior.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cartamaior.com.br.

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