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Bancários do ABN protestam em defesa do emprego no dia 22

São Paulo – Os bancários do ABN/Real realizam na próxima quarta-feira, dia 22, um protesto que vai retardar a abertura das agências do banco em todo o Brasil. O objetivo das manifestações é pela defesa do emprego, contra a dispensa sem motivo. Durante os protestos, os sindicatos vão se reunir com os funcionários e ler o manifesto preparado pela Contraf (clique aqui para baixar).

“Esta atividade discutirá nossas reivindicações desta Campanha Nacional, com ênfase na reivindicação do emprego. Discutiremos a mobilização dos trabalhadores do ABN frente à venda do banco porque esta luta é muito importante. A empresa tem ampliado seus lucros a cada ano no Brasil e não vamos admitir que o banco comprador demita os bancários por aqui”, afirma Deise Recoaro, diretora da Contraf-CUT e empregada do ABN.

Entre os dias 27 e 31 de agosto, a Contraf-CUT orienta que os sindicatos realizem atividades nas assembléias legislativas. O objetivo é ocupar os parlamentos estaduais em todo o país e pressionar os deputados a aprovar uma moção de defesa do emprego dos trabalhadores dos bancos envolvidos no processo de fusão ou incorporação. “Queremos uma manifestação pública dos deputados sobre a garantia de emprego para todos os bancários do grupo ABN e Santander”, explica Marcelo Gonçalves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do ABN. .

A moção em defesa do emprego deverá ser publicada no Diário Oficial. “Também solicitaremos aos parlamentares que enviem uma Carta Oficial do parlamento, com questionamentos e pedidos de esclarecimentos sobre a fusão e o impacto no emprego bancário. Esta carta será encaminhada aos bancos envolvidos no processo, com a cópia da moção aprovada no parlamento e publicada no Diário Oficial dos Estados”, destaca Marcelo.

Empregos em jogo no ABN/Real

(São Paulo) No final do mês passado, a Contraf-CUT participou na Escócia de uma reunião com o consórcio de bancos interessados na compra do ABN. Numa reunião de 80 minutos, o RBS da Escócia, Fortis de Bélgica e o Santander da Espanha confirmaram a demissão de 19 mil bancários, caso o negócio se concretize.

“Estamos trabalhando com a possibilidade real de demissões no Brasil. Os representantes dos bancos falam que vão respeitar os acordos e as legislações de cada país no que se refere ao tema emprego por dois anos, mas é importante destacar que no Brasil não existe acordo específico sobre essa questão. Mesmo a nossa legislação garante, no máximo, o seguro desemprego, bem diferente dos países centrais da Europa que pelo seu passado de luta têm um sistema de proteção bastante abrangente. Somente a nossa demonstração de força e organização poderá garantir o estabelecimento de algum acordo neste sentido”, explica Deise Recoaro, que representou os bancários brasileiros na reunião.

A UNI, central sindical mundial à qual a Contraf-CUT é filiada, foi a responsável pelo encontro entre os trabalhadores e os bancos do consórcio. Segundo as empresas, se a compra der certo elas pretendem dividir o ABN Amro e fundir suas operações nos três bancos.

A UNI Finanças, representada por Oliver Roethig, está pressionando para assegurar que as melhores práticas prevaleçam de modo que os países com poucas proteções sociais não seja penalizados. No Brasil, por exemplo, Santander e ABN Amro têm uma presença substancial e a fusão poderia afetar os trabalhos em ambas as operações e acender uma concentração do setor de operação bancária no país. Por conta disso e pela aguerrida defesa feita pela diretora da Contraf-CUT na reunião com os bancos, os trabalhadores brasileiros foram destaques das discussões com o consórcio, conforme destacou a própria UNI em seu boletim.

Além de Deise Recoaro, participaram da reunião representando os trabalhadores Oliver Roethig, da UNI Suíça; Rob MacGregor, do sindicato do Reino Unido; Fred Polhout, da FNV Holanda; Angelo DiCristo, FABI Itália; Javier Giraldo, COMFIA-CC.OO Espanha e Luc Broos, LBC-NVK Bélgica. Pelos bancos estavam Fred Goodwin e Neil Roden, chefe Executivo e chefe de Recursos Humanos do RBS; Jan van Rutte, membro da executiva do presidente do banco Fortis; a diretora executiva do Santander, Sinead OConnor; e Ana Bolado, diretora de Recursos Humanos também do Santander.


NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO: www.contrafcut.org.br

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