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Por 10:37 Sem categoria

Entidades enviam a Lula uma carta contra a liberação de transgênicos

Adital – Entidades do Fórum Nacional pela Reforma Agrária encaminharam ontem (19) uma carta ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, se manifestando contra a liberação de alimentos transgênicos como o milho Liberty Link, da Bayer, autorizada em maio, pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Até o momento, segundo informou a assessoria do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, nenhum representante do governo se posicionou sobre o assunto.

Na carta, as entidades afirmam que a CTNBio está viciada, já que a maioria de seus membros está comprometida com o desenvolvimento de transgênicos e não com a avaliação de seus impactos. “As liberações irresponsáveis dos produtos transgênicos, sem critérios e sem estudos que atestem sua compatibilidade com a saúde humana e animal, revelam que o Brasil está renunciando à sua soberania e colocando em perigo sua biodiversidade e a saúde de seu povo para beneficiar as grandes empresas transnacionais”, disseram.

Tanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quanto o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) acreditam que a liberação foi feita sem os devidos estudos para garantir que esses produtos não fazem mal à saúde e ao meio ambiente. Para a Anvisa, os dados apresentados pelas empresas “são insatisfatórios e pouco esclarecedores”. A mesma falta de fiscalização teria ocorrido novamente em agosto, com a liberação comercial do algodão Bt Bollgard, da Monsanto.

“Nosso país não pode se submeter à força do poder econômico dessas corporações. Não podemos aceitar que controlem nossas sementes”, diz a carta. Segundo as entidades, “a liberação comercial dos transgênicos é uma séria ameaça às sementes crioulas e pode inviabilizar a continuidade da construção de um modelo sustentável de agricultura baseado na agroecologia”.

O Fórum espera que o presidente Lula determine ao Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS) que suspenda as liberações comerciais dos transgênicos, bem como para que o CNBS edite regras que assegurem a coexistência de espécies transgênicas e não transgênicas no Brasil.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.adital.org.br.

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