fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 20:28 Sem categoria

Taxa de juros para pessoa física cai para 46,6% ao ano, a menor em 13 anos; este Custo Brasil é provocado pela elite gananciosa, o ritmo de queda precisa ser acelerado

Taxa de juros para pessoa física cai para 46,6% ao ano, a menor em 13 anos

Brasília – A taxa média de juros dos empréstimos para pessoas físicas caiu de 47% ao ano em julho para 46,6% ao ano em agosto, e registrou o menor patamar de juros cobrados nas operações bancárias desde julho de 1994, quando o Banco Central iniciou a divulgação da série histórica sobre evolução das taxas, informou hoje (24) o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, ao divulgar o relatório de agosto sobre Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro.

Ele reconheceu que as taxas “ainda são bastante elevadas”, com tendência de estabilidade em setembro. Mas acredita, também, que existe espaço para novas reduções, em função do aumento de operações do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) e das operações de leasing, principalmente para compra de veículos.

Enquanto o crédito pessoal cobrou taxa de 49,9% ao ano no mês passado, o consignado custou 30,7% ao ano e o leasing cobrou 25% ao ano em média, segundo Altamir.

Houve redução acentuada de 50,6% para 49,9% ao ano no crédito pessoal, mas as demais modalidades permaneceram estáveis ou registraram ligeiros aumentos.

O crédito para financiamento de veículos manteve 28,7% ao ano, mas para aquisição de outros bens de consumo subiu de 54,7% ao ano em julho para 55,2% ao ano no mês passado, e o cheque especial, apesar de cobrar a taxa mais alta, aumentou mais ainda passando de 139,2% ao ano para 139,5% ao ano.

No geral houve ligeira evolução no custo médio dos financiamentos para empresas que passou de 23% ao ano em julho para 23,1% ao ano em agosto, determinada principalmente pelo incremento das taxas médias de juros das operações contratadas com encargos flutuantes, explicou Altamir.

Ele disse que a turbulência no mercado imobiliário norte-americano elevou o custo de captação das instituições financeiras, principalmente com relação às taxas prefixadas, com reflexo na taxa final.

Em razão disso, a taxa cobrada no desconto de duplicatas aumentou de 31,8% ao ano para 32,6% ao ano, e os empréstimos para capital de giro também evoluíram de 28,1% ao ano, em julho, para 28,5% ao ano no mês passado.

O Banco Central registrou reduções no desconto de promissórias, que caiu de 42,5% ao ano em julho para 41,9% ao ano; na conta garantida, de 62,7% ao ano para 62,5% ao ano, e na aquisição de bens por pessoas jurídicas, de 16,1% ao ano para 15,8% ao ano.

Agosto contabilizou aumento expressivo de 2,9% no volume das operações de crédito, que somaram R$ 841,5 bilhões. A expansão do estoque em 12 meses chega a 24,8% e equivale a 33,1% do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no país, acima dos 32,5% em julho último e dos 29,4% do PIB em agosto do ano passado.

Do total das operações de crédito, R$ 18,498 bilhões se referem ao setor público (União, estados e municípios). Os maiores volumes são de empréstimos a pessoas físicas (R$ 287,601 bilhões), indústria (R$ 188,289 bilhões), serviços (R$ 136,563 bilhões), comércio (R$ 86,581 bilhões), agronegócio (R 82,082 bilhões) e habitação (R$ 41,892 bilhões).

Por Stênio Ribeiro – Repórter da Agência Brasil

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

Close