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Por 18:10 Sem categoria

Campanha Salarial 2007: o desafio de conquistar aumento real

A trajetória da categoria bancária é marcada por momentos de muita luta, união e determinação. Quem trabalha neste setor, que tem a capacidade de mudar métodos e implantar novas tecnologias com rapidez inimaginável, tem de estar preparado para as mais diferentes exigências da classe patronal. Por isso mesmo torna-se mais crítico e aprende a valorizar seu trabalho.

Todo ano a categoria se mobiliza, por meio de seus sindicatos, estabelecendo pautas que privilegiam reivindicações capazes de fazer frente às necessidades novas e antigas do ser humano. Ou seja, os trabalhadores autorizam a direção sindical a negociar em seu nome, apontando o que desejam e precisam. Neste ano, as entidades pesquisaram junto às bases e o índice considerado factível variava entre 5% e 10%. Também mostrava grande preocupação com as condições de trabalho, o excesso de metas e as conseqüências do assédio moral na saúde mental.

O Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e Região faz parte da organização nacional e através das entidades de grau superior, como FETEC-CUT-PR e a CONTRAF-CUT, estabelece negociação com a classe patronal. O auge das negociações ocorre em setembro, mês de nossa data base, mas muito antes já estamos mobilizando os bancários em seus locais de trabalho e pressionando os banqueiros no sentido de obtermos sucesso em nossas demandas.

Neste ano o Comando Nacional dos Bancários, responsável pelas negociações agregou um número maior de sindicatos, ganhou mais agilidade e está mais alinhado com o pensamento das bases. Na mesa da Fenaban, além dos grandes bancos privados nacionais e estrangeiros, sentam também representantes dos bancos públicos. Já ocorreram cinco reuniões e o movimento somente obteve resposta para as cláusulas econômicas na sexta-feira, dia 21, quando os bancos apresentaram a proposta de recompor os salários pelo INPC, de 4,82%, mais a 13ª cesta alimentação e a PLR nos mesmos moldes de 2006, reajustada pelo índice que for convencionado.

Desde o ano de 2004, os bancários de todo o país, têm conquistado aumentos acima do índice de inflação do período, este ano não deve ser diferente. Os trabalhadores devem continuar mobilizados e em campanha para consolidar mais uma vez a conquista de ganho real. Eles não deram tudo o que podem, portanto é hora de intensificar a mobilização, buscando o aumento real, valorização do piso e uma PLR condizente com os lucros.

Quanto às clausulas sociais, não vamos desistir: a categoria luta pela implantação da comissão paritária de prevenção ao assédio moral, isonomia de direitos, apoio e inclusão dos temas relativos à diversidade e saúde do trabalhador. Também ressaltamos a importância de cobrar das autoridades brasileiras a ratificação da Convenção 158 da OIT, que trata de regras e garantias contra a demissão imotivada. Enfim, a categoria que tanto já conquistou no passado, se prepara para avançar ainda mais no caminho da participação e cidadania.

Por Otávio Dias, que é trabalhador bancário no Bradesco, é o atual secretário de finanças do Sindicato dos Bancários e Financiários de Curitiba e Região, e representante dos trabalhadores da base sindical no Comando Nacional desta Campanha Salarial.

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