Durante a rodada de negociação com a Fenaban, a presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e região, Marisa Stedile, repudiou a atitude do Bradesco por envolver o Sindicato em uma ação do MST ontem, 27, em Curitiba.
No início da tarde, os integrantes Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra ocuparam uma das principais agências do Bradesco, na avenida Marechal Deodoro com a Monsenhor Celso. Durante toda a manifestação não houve participação de dirigentes sindicais dos bancários.
A presidente do sindicato informou aos representantes da Fenaban que desde quarta-feira, 26, mais de mil integrantes do MST já protestavam na capital paranaense contra a estagnação do processo de reforma agrária. Os bancos privados não têm investido em crédito rural conforme determina o Manual do Crédito Rural, do Banco central, itens 6.2 e 6.4.
Embora não tenha nenhum envolvimento com a ação de ontem, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região apóia a luta do MST pela reforma agrária.
Ainda no período da noite, durante a assembléia dos bancários, um oficial de justiça notificou a presidente do Sindicato com um interdito proibitório, assinado pela juíza da 14ª Vara da Justiça do Trabalho, Edilaine Stinglin Caetano. A medida estipula uma multa de R$ 30 mil reais por dia, caso ocorram atos nas agências do Bradesco. “O banco está cerceando o direito de greve e a liberdade dos seus funcionários e ainda a autonomia sindical, estabelecida na Constituição Federal”, argumenta Marisa.
O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região através de seu departamento jurídico já contestou o interdito com um mandado de segurança.
NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.bancariosdecuritiba.org.br.