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A mágica do real sobrevalorizado

O superávit brasileiro caiu 22% de janeiro a setembro. As importações dispararam. Por que será?

O superávit comercial brasileiro recuou 22,3% de janeiro a setembro, para 30,95 bilhões de dólares. Nos nove primeiros meses do ano, a retração foi de 9,5%, resultado de um salto de 28,3% nas importações e de um aumento menor, de 15,5%, nas exportações. O nome do jogo é o câmbio supervalorizado, que favorece as compras de produtos estrangeiros e prejudica as vendas externas.

Diante dos números, o próprio governo rebaixou a previsão do saldo positivo para 2007 de 45 bilhões de dólares para 40 bilhões de dólares. De um lado, a redução do superávit não deveria preocupar, porque o País detém 163 bilhões de dólares em reservas internacionais. Além disso, os investimentos estrangeiros diretos, destinados à produção, bateram o recorde de 35 bilhões de dólares nos 12 meses acumulados até setembro.

Ou seja, continua fluindo moeda estrangeira para o País. O que preocupa, no entanto, são os capitais financeiros especulativos, que podem sair a qualquer mudança de ventos internacionais. Não há estimativas confiáveis do estoque desse dinheiro fujão no Brasil, por estarem espalhados em operações complexas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), nos títulos do Tesouro Nacional e em operações de balcão (realizadas fora das bolsas).

Por esse motivo, não são ingênuos os defensores de maior regulação do fluxo do capital estrangeiro nas praças internacionais. Por ora, o fato de o País ter o segundo maior juro real do mundo só traz vantagens para o capital especulativo. Mas, sabe-se, o mercado é binário. Compra ou vende, ao sabor de oportunidades ou dificuldades. Se a situação econômica internacional se deteriorar, nenhum investidor pestanejará em vender ativos brasileiros. O equilíbrio é instável.

Por Redação.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cartacapital.com.br.

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