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Por 19:39 Sem categoria

Novo presidente da CNTE reafirma defesa do piso nacional para educadores

Eleito no fim de semana presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin Leão fala à Fórum sobre o principal ponto da pauta de reivindicação dos profissionais da área, a instituição do piso salarial nacional para educadores. Leão foi eleito pela chapa “Luta e Compromisso”, com 80,71% de apoio dos delegados, do total de 1.890 aptos que estiveram presente ao Congresso da entidade.

Confira abaixo a entrevista em que ele também comenta a confusão envolvendo o ministro da Educação, Fernando Haddad, no evento.

Fórum – O piso nacional será a grande prioridade da CNTE em 2008?

Roberto Franklin Leão – O piso nacional é o grande desafio desse início de gestão. Estamos preparando uma grande mobilização no mês de março que pode resultar em greve para assegurarmos a sua implementação. Na verdade, o piso já passou da fase de negociação com o governo e estamos agora conversando na Câmara, daí a necessidade de acelerar o debate no Congresso.

Na Câmara, o piso passou por três comissões e só falta ser aprovado na de Constituição e Justiça, mas acreditamos que uma forma de priorizar essa questão é o governo editar uma medida provisória instituindo o piso imediatamente.

Fórum – Quais os outros desafios da Confederação neste ano?

Leão – Além do piso, temos outros dois projetos muito importantes tramitando no Congresso. Um é o da senadora Fátima Cleide (PT-RO), que altera o artigo 61 da Lei de Diretrizes de Base da Educação (LDB) e inclui os funcionários de escolas na categoria de educadores, o que permitiria que eles tivessem o mesmo tratamento que os profissionais da área. Outro, do deputado Carlos Abicalil (PT-MT), estabelece as diretrizes gerais do plano de carreira para os profissionais de educação básica.

Fórum – Como o senhor avalia o episódio das vaias ao ministro da Educação Fernando Haddad no Congresso da entidade?

Leão – Se fossem só vaias, não haveria problema algum, já que existe o direito à manifestação pública e elas são totalmente legítimas. O que é inconcebível é a tentativa de agressão que houve por parte de uma minoria. Por isso, o Congresso aprovou uma moção de repúdio em relação a esse tipo de atitude que, ainda bem, foi tomada por uma minoria.

Fórum – O que o senhor achou da liminar concedida pela Justiça Federal contra o sistema de cotas na Universidade Federal de Santa Catarina?

Leão – Acredito que isso seja um retrocesso. O sistema de cotas começa a pagar uma dívida histórica de 500 anos. Embora ela atue parcialmente no problema, enquanto as condições de desigualdade persistirem no patamar em que estão, as cotas continuarão sendo uma medida fundamental.

Por Glauco Faria [Segunda-Feira, 21 de Janeiro de 2008 às 18:34hs]

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.revistaforum.com.br.

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