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Aumenta participação da mulher no mercado de trabalho no Estado do Paraná, mas a diferença quantitativa entre homens e mulheres ainda é muito grande

Aumenta participação da mulher no mercado de trabalho no Estado

A participação da mulher no mercado de trabalho paranaense cresceu aproximadamente 8 pontos percentuais em 16 anos. Em 1996, 34,43% dos empregos formais eram ocupados por mulheres, em 2006 este índice saltou para 41,94%.

Enquanto há 16 anos havia 444.261 postos de trabalho ocupados por mulheres e 846.145, por homens, em 2006 já eram 944.245 mulheres empregadas e 1.307.045 homens atuando.

Embora elas obtenham sucesso quando o assunto é inserção no mercado de trabalho, o preconceito ainda existe. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), as mulheres ganham 19,88% menos dos que os homens e têm mais dificuldade de acesso a cargos de chefia.

Conforme a pesquisa do Dieese, a diferença salarial entre homens e mulheres é ainda mais acentuada na Região Metropolitana de Curitiba, onde o índice chega a 24,89%. No interior do Estado, a diferença é de 17,29%. De acordo com o economista do Dieese, Sandro Silva, o salário da mulher é mais baixo porque a maior parte delas estão inseridas em setores que tradicionalmente pagam menos, como a indústria do vestuário, da alimentação, educação, comércio e serviços.

Em contrapartida, as mulheres são mais instruídas do que os homens. Segundo a pesquisa, do total de mulheres empregadas, 27% têm curso superior ou estão fazendo faculdade. Já, comparando com os homens, apenas 13,47% deles têm a mesma escolaridade. E o que é mais curioso é que a diferença salarial entre as mulheres graduadas é ainda maior: elas ganham 44,14% menos do que os homens na mesma condição. “Isto pode ser explicado pelo fato de que apesar de terem mais escolaridade, ainda há preconceito e elas chegam menos a postos de chefia. Sem falar no aumento de mulheres que viraram chefes de família nos últimos anos, o que de certa forma fez com que se sujeitassem a receber salários menores”, disse Silva.

Segundo o Dieese, do total de pessoas que ganham até cinco salários mínimos, 46,55% são mulheres, percentual que cai para 39,14% das que ganham entre cinco e dez salários. Já quando se trata de receber 20 salários ou mais, apenas 25,76%% são no sexo feminino. Silva acredita que as perspectivas são positivas para o chamado “sexo frágil”. “Em geral, as mulheres ocupam as posições que exigem formação mais básica. Mas o crescimento da economia e a geração de empregos requerem instrução maior. Como grande parte delas tem curso superior, a tendência é melhoria de condições para as mulheres”, analisou.

Seminário

Os dados a respeito das mulheres no mercado de trabalho foram informados ontem, durante um seminário promovido pelo Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, em razão do dia internacional da Mulher (que se comemora no dia 8 de março). Pela manhã, o evento contou com palestras sobre a reforma da Previdência, aposentadorias das donas de casa e trabalhadoras rurais, além de relatos pessoais de feministas. Durante a tarde, a presidenta do PT-PR, Gleisi Hoffmann, participou do evento. A presidenta do PT de Santa Catarina, Luci Choinacki (autora do projeto de lei que institui a aposentadoria para donas de casa) também participou do seminário, além da escritora Rose Muraro.

Por Mara Andrich [07/03/2008].

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.parana-online.com.br.

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