fetec@fetecpr.com.br | (41) 3322-9885 | (41) 3324-5636

Por 19:55 Sem categoria

Procon faz trabalho que bancos relutam em assumir

Entidade facilita acesso de consumidores a custo de operações de crédito

São Paulo – A retórica de responsabilidade social é dos bancos, mas na hora de colocar o discurso em prática é o Procon que arregaças as mangas. A entidade disponibiliza para os consumidores desde a semana passada em seu site um programa simples para as pessoas saberem exatamente o custo total de uma operação de crédito. Vale lembrar que desde o dia 3 os bancos são obrigados a divulgar este custo total, mas eles continuam sonegando informações que são ruins para os seus negócio e excelentes para a sociedade.

O programa disponibilizado pelo Procon é gratuito e pode ser acessado por qualquer pessoa no endereço www.procon.sp.gov.br/webcet. A divulgação do chamado Custo Efetivo Total (CET) visa facilitar as comparações entre os valores oferecidos pelo mercado a fim de fomentar a concorrência e, conseqüentemente, derrubar os valores das operações de crédito.

“A divulgação do CET é extremamente benéfica para a sociedade, pois o consumidor saberá exatamente quanto e como terá que pagar, podendo evitar um endividamento pesado. Já para os bancos é ruim, pois eles terão que oferecer valores menores para atraírem o cliente. Por isso relutam tanto em colocar a norma em prática”, diz Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato. “Esse é apenas mais um fato que mostra o quanto o discurso de responsabilidade social está apenas nas propagandas”, completa.

Desde o dia 3 de março, uma norma do Conselho Monetário Nacional (CMN) obriga os bancos a divulgarem claramente o CET, mas, segundo um levantamento feito pela Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor), a obrigação foi sumariamente ignorada pelas instituições. Segundo o matemático José Dutra Vieira, ouvido pelo jornal Folha de S.Paulo, a norma é uma das mais importantes editadas pelo CMN, pois abre caminho para a queda de juros por meio da concorrência.

Somente na quinta-feira, dia 6, depois que seu descaso com a sociedade foi amplamente divulgado pela imprensa e que o Banco Central ameaçou com punições é que a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) recomendou que os seus filiados adotassem a lei.

Por André Rossi – 10/03/2008.

================================================

Após exposição, bancos admitem existência de lei

Norma que obriga divulgação de operações de crédito foi completamente ignorada

Brasília – Somente após serem denunciados pela Pro Teste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) e ameaçados pelo Banco Central é que os bancos resolveram pelo menos admitir a existência da norma do Conselho Monetário Nacional (CMN) que os obriga a informar claramente o Custo Efetivo Total (CET) das operações de crédito. Na sexta, dia 7, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) recomendou aos seus filiados que cumpram a determinação.

“Isso mostra como a postura dos bancos muda quando eles estão expostos. Ou seja, na frente das câmeras discursam que o bem estar da sociedade está acima de qualquer um de seus interesses. Já por trás delas, não medem esforços para ganhar dinheiro, apostando na falta de transparência mesmo quando isso afronta as leis”, diz Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato.

A norma passou a valer na segunda-feira, dia 3, mas, no mesmo dia a Pro-Teste visitou 20 agências dos 10 maiores bancos nos dois principais pólos econômicos do país – as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro – e em nenhuma delas a norma foi cumprida. Na quarta, dia 6, o Banco Central informou que receberia a lista da associação e ameaçou distribuir punições.

“É a política de não devolver nada, ou quase nada, para a sociedade, de onde eles tiram muito”, completa Marcolino. No ano passado, os bancos faturaram R$ 55 bilhões apenas com a cobrança de tarifas, número quase 18% maior do que o de 2006.

CET – Pela nova regra, em todas as operações de crédito, como leasing e crediário em lojas, as instituições financeiras devem informar em uma única taxa o custo total do produto, considerando juros, tributos, tarifas (como a de abertura de crédito), seguros e outras despesas cobradas dos clientes. A medida facilita para o cliente a comparação do custo do produto pretendido entre os diferentes agentes financeiros e optar pelo melhor serviço.

Em caso de desrespeito às regras, o primeiro passo para o cliente é procurar a instituição e tentar resolver a questão. Se necessário, deve procurar a ouvidoria do banco, e em último caso, reclamar no serviço do Banco Central de atendimento ao cliente pelo telefone 0800 979 2345.

Por André Rossi com Agência Brasil – 07/03/2008.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.

Close