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Banco Santander promove terceirização de caixas; banco afronta direitos trabalhistas

Depois da pressão por metas, demissões e tratamento desumano, banco contrata 140 pessoas para postos de atendimento e agências

São Paulo – Em plena campanha por melhores condições de trabalho e fim das demissões, o Santander contratou 140 trabalhadores terceirizados para exercer a função de caixa em postos de atendimento e agências bancárias de todo Brasil. O que parece ser uma boa notícia é na verdade uma afronta aos direitos trabalhistas.

Na base do Sindicato (São Paulo, Osasco e região) são 29 trabalhadores terceirizados contratados para a função. “O Sindicato sempre lutou contra a terceirização como atividade fim, que é ilegal e imoral. Exigimos fiscalização contra este absurdo que o banco está praticando”, diz o funcionário do banco e presidente da Afubesp, Paulo Salvador.

Os caixas estão sendo contratados pela empresa Tradição Planejamento e Tecnologia de Serviços Ltda. O contrato é para trabalhar das 11h30 às 17h30 e o banco alega em uma instrução transitória (carta interna que sumiu da intranet do banco após sua circulação) estar iniciando um projeto de Atendimento provisório nos caixas de 122 pontos-de-venda (postos de atendimento e agências) pré-definidos envolvendo a contratação temporária de 140 profissionais.

No mesmo comunicado, o banco dá instruções para seus gestores no caso de uma possível fiscalização. Caso haja questionamento do Fiscal do Trabalho, com relação à prestação do serviço “terceirizado”, deverá informa-lo que: trata-se de contratação de serviços “Temporários”, para a função de Caixa-Executivo. A instrução também informa que os terceirizados foram contratados em caráter provisório em razão do aumento repentino de volumes.

“Este é outro absurdo. Sabemos do volume de trabalho dos bancários do Santander e isso não é de hoje. O banco está demitindo trabalhadores e pressionando outros a pedir demissão e iniciando um processo de terceirização que é uma vergonha nunca vista no sistema financeiro”, ressalta Paulo Salvador.

Por Gisele Coutinho – 10/04/2008.

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Campanha no Santander vai também aos centros administrativos

Casa 1, 2, 3 e 4 receberam a visita dos dirigentes sindicais na manhã de quinta-feira, dia 10 de abril

São Paulo – Antes das 7h30 dirigentes sindicais e funcionários do Sindicato já estavam nas portas dos centros administrativos Santander (Casa 1, 2, 3 e 4) aguardando a entrada dos trabalhadores. O ato, que aconteceu simultaneamente em todos os centros, faz parte da campanha contra as demissões e por melhores condições de trabalho para os funcionários do banco.

Os funcionários dos centros administrativos receberam a carta aberta que está sendo distribuída durante os protestos, que relata a situação crítica dos bancários do Santander. “Muitos dos trabalhadores já estavam por dentro da campanha por meio das denúncias veiculadas pela grande imprensa, pela Folha Bancária e pelo site do Sindicato”, informa o diretor do Sindicato Mário Raia.

A campanha continua e na sexta-feira agências de várias regiões serão visitadas.

Campanha no ar – A campanha segue via rádio, com a leitura de comunicados diários no Jornal Nova Notícia da Nova Brasil FM (89,7), entre 6h e 8h; no Jornal dos Trabalhadores da Rádio Atual FM (94,1), entre 7h e 8h; e no Jornal Boris Casoy da Band News FM (96,9), entre 18h e 18h40.

Por Gisele Coutinho – 10/04/2008.

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Campanha do Santander chega a paradas de trem, metrô e ônibus

Bancários lutam contra demissões e por melhores condições de trabalho

São Paulo – A campanha dos bancários do Santander por melhores condições de trabalho e contra as demissões chegou na quarta-feira, dia 9, a estações de metrô e trem e a terminais de ônibus de São Paulo. Na segunda-feira, os funcionários já haviam visitado mais de 20 agências do banco espanhol.

Nos locais, os representantes dos bancários dialogaram com a população a fim de mostrar, por exemplo, a pressão abusiva à qual os trabalhadores estão sendo submetidos. As dificuldades são tão grandes, que o número de funcionários que deixaram o banco no primeiro trimestre de 2008 por contra própria é 32% maior do que o mesmo período do ano passado e já chega a cerca de 200.

Também foi mostrado na manifestação que o banco começou o ano demitindo, já que somente nos três primeiros meses de 2008 foram mais de 200 dispensados, número 56% maior do que os mesmos três primeiros meses de 2007. Dentre eles, bancários com mais de 20 anos de Santander, muitos prestes a se aposentar ou recém-saídos de afastamento médico devido a doenças ocupacionais.

Por André Rossi – 09/04/2008.

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Relatos de desmotivação e pressão nas agências do banco Santander

Sindicato quer a humanização no tratamento dos bancários e fim das demissões na instituição

São Paulo – “Trabalhei 18 anos no banco e fui desligada. No Santander fui apenas mais um número, fui tratada de maneira desumana, exerci várias funções sem ser gratificada por isso.” Esse é o depoimento de uma bancária demitida do Santander na última semana. Segundo ela, o sentimento de desmotivação dos funcionários do banco é o mesmo em todas as agências.

A pressão por metas, padrão na gestão do banco, penaliza os bancários, pela maneira como são cobradas, principalmente nas reuniões diárias nas agências. “Todos os dias, às 9h, a gerência geral faz uma reunião onde cada um é obrigado a apresentar a meta que irá bater durante o dia. Se você não atingir é humilhado na reunião do dia seguinte na frente de todos os colegas. Essa reunião para mim era aniquiladora, a pressão era violenta. Você não vê um funcionário saindo desta reunião com a cabeça erguida”, diz uma gerente de contas que pediu para ser desligada da empresa.

Na maior parte dos casos de desligamento, o funcionário não está à procura somente de uma remuneração melhor, mas de reconhecimento profissional e humanização. “Eu amo o que faço, mas preciso de um ambiente digno para trabalhar, sem assédio moral, sem essa pressão desleal por metas. O impacto da gestão imposta pelo Santander é a queda na produtividade dos trabalhadores. É lamentável”, diz a bancária.

Uma outra bancária, que está se aposentando, diz que não adianta o banco investir em tecnologia se não existe estrutura com pessoal suficiente para suprir as necessidades do banco. “Como gerente eu visitava os clientes e quando voltava para a agência encontrava uma pilha de papéis na minha mesa. Não existe cooperação, apenas um individualismo provocado pela gestão do banco e pelas cobranças individuais por cumprimento de metas”, relata a bancária.

A diretora do Sindicato Rita Berlofa alerta sobre o descontentamento dos trabalhadores, que precisa ser denunciado ao Sindicato e avisa que a luta pelo fim das demissões e mais humanização no tratamento dos trabalhadores continua.

Está no ar no site do Sindicato uma pesquisa em que os trabalhadores podem relatar as condições de trabalho de sua agência ou departamento. Não é necessária a identificação.

Por Gisele Coutinho – 20/03/2008.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.

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