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Brasil é a fazenda do mundo, aponta estudo sobre terceirização no mercado de trabalho

Brasil é “a fazenda do mundo”, aponta estudo sobre terceirização no mercado de trabalho

Brasília – Postos de trabalho de menor valor agregado têm se deslocado dos países mais desenvolvidos para os demais, enquanto aqueles de maior sofisticação se concentram nas nações de alta renda por habitante. A conclusão é do estudo A Transnacionalização da Terceirização na Contratação do Trabalho, que aponta que a terceirização transnacional reduz direitos dos trabalhadores.

O estudo compara a China a uma “oficina do mundo”, pela liderança na produção de manufaturas, a Índia a um “escritório do planeta”, por concentrar o emprego global nos serviços de distribuição, e qualifica o Brasil como “a fazenda do mundo”. “Em grande medida, os postos de trabalho em avanço [no Brasil] encontram-se relacionados em maior ou menor medida com as atividades de bens primários e semi-elaborados de pouco valor agregado”, conclui a pesquisa.

Segundo o estudo, de 1978 a 2006, o Brasil avançou 34,9% na ocupação na produção de serviços em relação ao total de empregos do país. O setor é apontado no estudo como “a principal fonte de expansão dos empregos no mundo” nos próximos anos.

O Brasil tem de se preparar para disputar as 6,7 milhões de novas ocupações anuais que serão criadas pela subcontratação de mão-de-obra por empresas com sede em outros países nos próximos dez anos. E pode obter resultados positivos com a terceirização internacional dos contratos de trabalho, segundo a pesquisa.

“Cada país deve participar da absorção do conjunto de ocupações mobilizadas pela terceirização transnacionalizada, dependendo das ações governamentais adotadas para atrair ou evitar o deslocamento do emprego no interior das cadeias mundiais de produção. O Brasil, em especial, tem muito a avançar”.

O estudo conclui que o Brasil deve agir para atrair os postos de trabalho terceirizados, mas não esclarece como. Dados da pesquisa apontam que, em 2006, o país respondeu por 1,9% da terceirização mundial (7,1 milhões de ocupados), sendo de 13,8% de responsabilidade direta das companhias transnacionais (982 mil trabalhadores). No país, a terceirização – para empresas nacionais ou estrangeiras – é responsável pela geração de uma entre quatro novas vagas formais abertas no mercado.

O estudo foi divulgado hoje (12) pelo economista e pesquisador da Universidade de Campinas (Unicamp), Marcio Pochmann, atual presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Por Luana Lourenço – Repórter da Agência Brasil.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

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