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No primeiro semestre, produção industrial cresce nos 14 locais pesquisados

Quadro positivo no período apontou sete áreas com marcas acima da média nacional (6,3%). Com taxas de dois dígitos destacaram-se: Espírito Santo (16,1%), Paraná (11,3%) e Goiás (11,1%). Em seguida, vieram São Paulo (9,8%), Pernambuco (7,9%), Amazonas (7,5%) e Minas Gerais (6,6%). Na análise trimestral, repetiu-se a expansão generalizada, mas nove regiões reduziram o ritmo produtivo. Entre maio e junho, na série com ajuste sazonal, dez locais assinalaram crescimento.

Os resultados de junho mostraram um quadro positivo para a produção industrial regional. A expansão da atividade em nível nacional, no fechamento do primeiro semestre de 2008 (6,3%), alcançou os quatorze locais pesquisados, com sete registrando marcas acima da média. O destaque, em termos de magnitude da taxa, foi o Espírito Santo (16,1%), seguido por Paraná (11,3%), Goiás (11,1%), São Paulo (9,8%), Pernambuco (7,9%), Amazonas (7,5%) e Minas Gerais (6,6%). Na maioria desses locais, confirma-se o padrão de crescimento observado para o total da indústria brasileira ao longo de 2008, uma vez que suas estruturas industriais têm forte presença de setores produtores de bens de capital e de bens de consumo duráveis, além da elevada produção de commodities exportadoras. Os demais resultados foram: Pará (6,1%), Nordeste e Bahia (ambos com 4,6%), Rio Grande do Sul (4,4%), Ceará (2,6%), Rio de Janeiro (2,3%) e Santa Catarina (1,3%).

Na análise trimestral, todos os locais assinalaram taxas positivas no confronto do segundo trimestre de 2008 com igual período de 2007. Em nível nacional, o ritmo produtivo manteve-se na passagem do primeiro trimestre de 2008 (6,3%) para o segundo (6,2%). São Paulo, com a estrutura industrial mais diversificada entre os locais investigados, ganhou ritmo entre o primeiro e segundo trimestre: 9,1% no primeiro e 10,4% no segundo. Por outro lado, nove das quatorze áreas investigadas mostraram redução de ritmo entre esses dois períodos. Pernambuco, de 13,9% para 1,0%, e Amazonas (de 11,7% para 3,6%) assinalaram as perdas mais acentuadas, enquanto Espírito Santo (de 14,4% para 17,8%), Goiás (de 9,9% para 12,3%), Paraná (de 10,2% para 12,3%) e Ceará (de 4,4% para 0,9%) registraram os maiores ganhos. Nos índices de junho frente a igual mês de 2007 o quadro também foi positivo, uma vez que onze dos quatorze locais pesquisados apontaram expansão. As taxas positivas oscilaram entre 16,6% de Goiás e 1,8% de Pernambuco. Acima da média nacional (6,6%), além de Goiás, destacaram-se Paraná (12,7%), Espírito Santo (11,4%), São Paulo (10,3%) e Pará (7,2%). Os demais resultados positivos foram: Minas Gerais (6,3%), Rio Grande do Sul (5,4%), Rio de Janeiro (4,2%), Ceará (4,0%), Amazonas (3,2%) e Pernambuco (1,8%). Os locais que registraram recuo na produção neste tipo de comparação foram: Santa Catarina (-2,0%), Bahia (-1,3%) e Nordeste (-0,7%).

Na passagem de maio para junho, dez dos quatorze locais pesquisados assinalaram taxas positivas, já descontadas as influências sazonais. Rio Grande do Sul (6,5%) e Ceará (5,7%) apontaram os avanços mais acentuados, após ambos apresentarem duas quedas consecutivas, período em que acumularam recuos de 5,8 e 10,3%, respectivamente. Goiás (4,0%) e São Paulo (2,8%) foram os outros locais que avançaram acima da média nacional (2,7%). Entre as quatro áreas que registraram queda na produção, as maiores perdas ficaram com Bahia e Espírito Santo, ambos com recuo de 2,9% entre maio e junho.

Com a aceleração no ritmo produtivo do setor industrial em junho, o índice de média móvel trimestral para o total nacional alcançou acréscimo de 0,8% entre maio e junho, após ficar praticamente estável nos dois meses anteriores. Em termos regionais, nove dos quatorze locais pesquisados acompanharam esse movimento, com destaque para os avanços observados em Goiás (1,8%), São Paulo (1,1%), Minas Gerais (1,0%) e Paraná (0,9%).

AMAZONAS

Em junho, a indústria do Amazonas aumentou sua produção em 1,3% em relação ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após ficar praticamente estável nos meses de abril (0,2%) e maio (0,0%). Nas comparações com iguais períodos de 2007, os crescimentos foram de 3,2% em relação a junho e 7,5% no indicador acumulado janeiro-junho. A taxa anualizada, acumulado nos últimos doze meses, mostrou desaceleração no ritmo de crescimento entre maio (8,4%) e junho (8,1%). O segundo trimestre de 2008 apontou acréscimo de 3,6% frente ao mesmo período de 2007, mas foi 6,1% menor do que o trimestre imediatamente anterior, esta última comparação na série com ajustamento sazonal.

No confronto junho 08/ junho 07, a indústria cresceu 3,2%, com quatro das onze atividades aumentando a produção. As principais contribuições positivas vieram de outros equipamentos de transporte (33,3%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (9,3%) e edição e impressão (28,3%). Nestes segmentos sobressaíram, respectivamente, os produtos motocicletas; telefones celulares; e DVD´s. Em contraposição, as pressões negativas mais importantes vieram de produtos de metal (-45,1%) e máquinas e equipamentos (-28,5%), principalmente devido ao recuo na fabricação de aparelhos de barbear; e fornos de microondas.

Na análise trimestral, nota-se que a desaceleração observada entre o quarto trimestre de 2007 (12,4%) e o primeiro de 2008 (11,7%) se acentuou no segundo trimestre deste ano (3,6%), todas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. Sete setores reduziram seu desempenho entre janeiro-março e abril-junho, com destaque para material eletrônico e equipamentos de comunicações, que passou de 17,6% para 3,6%; alimentos e bebidas (de 7,7% para –9,0%); e edição e impressão (de 67,6% para 45,7%).

No fechamento do primeiro semestre do ano (7,5%), observam-se resultados positivos também em quatro segmentos. Os impactos mais importantes sobre a média da indústria vieram de outros equipamentos de transporte (24,5%), edição e impressão (56,0%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (9,9%), impulsionados em grande parte pelos itens motocicletas; DVD´s; e telefones celulares. Por outro lado, produtos de metal (-21,2%) e máquinas e equipamentos (-16,9%) exerceram as influências negativas mais significativas, por conta, sobretudo, dos recuos na produção de aparelhos de barbear e fornos de microondas.

Após três reduções consecutivas, período em que acumulou queda de 8,1%, o índice de média móvel trimestral mostrou acréscimo de 0,5% entre os trimestres encerrados em maio e junho. Na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, a atividade industrial do Amazonas mostrou significativa desaceleração ao passar de um aumento de 3,2% no primeiro trimestre do ano para uma queda de 6,1% no segundo.

PARÁ

Em junho, a indústria do Pará registrou acréscimo de 2,2% em relação a maio, na série livre dos efeitos sazonais, após crescimento de 2,5% no mês anterior. Com isso, o índice de média móvel trimestral avançou 0,6%, interrompendo a redução observada por três meses consecutivos, período em que acumulou perda de 3,6%. Ainda na série com ajuste sazonal, na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, a atividade industrial mostrou queda de 2,8%, primeiro resultado negativo desde o segundo trimestre de 2007.

A comparação com igual mês do ano anterior apresentou crescimento de 7,2%. Também registraram elevações os confrontos com períodos mais abrangentes. No segundo trimestre do ano e no acumulado janeiro-junho, ambos contra iguais períodos de 2007, foram observados acréscimos de 4,3% e 6,1%, respectivamente. O indicador acumulado nos últimos doze meses (4,0%) mostrou aceleração frente a maio (3,3%) e prossegue em trajetória ascendente iniciada em fevereiro último.

No indicador mensal, o acréscimo de 7,2% da indústria paraense foi determinado, sobretudo, pelo avanço em quatro atividades, com destaque para a performance positiva da indústria extrativa (17,3%), na qual sobressaiu o aumento na extração de minério de ferro. Em seguida, vale destacar o impacto positivo vindo de minerais não-metálicos (20,8%), que registrou aumento na produção, principalmente, de caulim beneficiado. Em sentido contrário, as duas únicas taxas negativas vieram de madeira (-22,5%) e alimentos e bebidas (-6,9%), pressionados pelos recuos, sobretudo, de madeira serrada e compensada; e refrigerantes, respectivamente.

Na análise trimestral, a indústria paraense desacelerou seu ritmo de crescimento na passagem do primeiro para o segundo trimestre, com taxas de 8,0% e 4,3%. Neste movimento, quatro das seis atividades pesquisadas reduziram a produção, com destaque para indústrias extrativas, que passou de 10,0% para 6,5%; e madeira (de -7,8% para -23,3%).

No indicador acumulado de janeiro-junho, o acréscimo de 6,1% foi sustentado pelos avanços em cinco das seis atividades pesquisadas, com destaque para indústrias extrativas (8,2%), metalurgia básica (5,3%) e celulose e papel (25,3%). Nestes ramos, sobressaíram os aumentos na produção de minérios de ferro; óxido de alumínio; celulose e papel higiênico, respectivamente. Por outro lado, a única pressão negativa veio de madeira (-15,3%), que registrou diminuição na produção, sobretudo, de madeira serrada e compensada.

NORDESTE

Em junho, a produção industrial do Nordeste recuou 0,6% em relação a maio, na série livre dos efeitos sazonais, mantendo-se em trajetória descendente desde março último e acumulando perda de 3,8%. Com isso, o índice de média móvel trimestral faz o mesmo movimento: decréscimo de 0,8% entre os trimestres encerrados em maio e junho, completando seqüência de quatro meses em queda, acumulando 2,2% de perda entre fevereiro e junho.

A comparação com igual mês do ano anterior registrou decréscimo de 0,7%, enquanto os indicadores para períodos mais abrangentes apresentaram crescimento. O segundo trimestre do ano e o acumulado para o primeiro semestre, ambos contra iguais períodos de 2007, fecharam em 3,2% e 4,6%, respectivamente. O indicador acumulado nos últimos doze meses ficou em 4,3%, resultado ligeiramente abaixo do observado em maio (4,7%).

No indicador mensal, o decréscimo de 0,7% da indústria nordestina mostrou recuo em quatro dos onze segmentos pesquisados, com os maiores impactos negativos sobre a média global vindo de produtos químicos (-17,3%), têxtil (-8,1%) e refino de petróleo e produção de álcool (-3,4%). Estas indústrias apresentaram decréscimos na produção, principalmente, dos itens: etileno não-saturado, polietileno de alta densidade; tecidos de algodão, roupas de banho; e gasolina, respectivamente. Por outro lado, celulose e papel (38,2%) e alimentos e bebidas (6,9%) foram as principais influências positivas, com avanços na produção, principalmente, de celulose; e castanha de caju torrado, respectivamente.

Em bases trimestrais, houve desaceleração no ritmo de produção da indústria nordestina, que passou de um crescimento de 6,0% no primeiro para 3,2% no segundo trimestre do ano. Para este movimento foram relevantes os recuos em sete dos onze ramos pesquisados, com destaque para produtos químicos, que passou de 3,3% para -4,4%; e alimentos e bebidas (de 9,6% para 7,1%).

O indicador acumulado para o período janeiro-junho registrou aumento 4,6%, com avanços em oito atividades pesquisadas. Os impactos positivos mais expressivos foram observados em alimentos e bebidas (8,4%), celulose e papel (26,0%) e refino de petróleo e produção de álcool (7,6%), nos quais sobressaíram os acréscimos na produção de castanha de caju torrado, açúcar demerara; celulose; óleo diesel e álcool etílico, respectivamente. Em sentido contrário, a maior pressão negativa veio de têxtil (-4,2%), devido à diminuição na produção, principalmente, de tecidos de malha e roupas de banho.

CEARÁ

Em junho de 2008, a atividade industrial do Ceará ajustada sazonalmente avançou 5,7% frente a maio, após acumular queda de 10,3% nos dois meses anteriores. No confronto com junho de 2007, o setor assinalou expansão de 4,0%, revertendo o recuo de maio (-7,1%). Com isso, o resultado acumulado para os primeiros seis meses do ano (2,6%) ficou acima do observado até maio (2,4%). A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses (1,8%), repetiu o resultado do mês anterior. A produção do segundo trimestre de 2008 cresceu 0,9% frente a igual período de 2007, mas recuou 1,7% na comparação com o trimestre imediatamente anterior – série ajustada sazonalmente.

No índice mensal, a produção cearense mostrou alta de 4,0% com seis dos dez ramos pesquisados apontando taxas positivas. Entres esses, o destaque ficou com alimentos e bebidas (23,5%) que, influenciado sobretudo pela maior produção de castanha de caju para atender o mercado externo, exerceu a principal contribuição positiva no cômputo geral. Por outro lado, os desempenhos negativos vindo dos setores têxtil (-9,3%) e calçados e artigos de couro (-14,4%), pressionados, respectivamente, pela queda na fabricação de tecidos de malha e de algodão e calçados de plástico e de couro, não permitiram um resultado global mais elevado.

Em bases trimestrais, o acréscimo de 0,9% na atividade fabril cearense no segundo trimestre do ano mostra clara desaceleração no ritmo produtivo frente aos resultados do primeiro trimestre deste ano (4,4%) e do último do ano passado (3,6%), todas as comparações frente a igual período do ano anterior. O menor dinamismo na passagem do primeiro para o segundo trimestres de 2008, reflete, sobretudo, os recuos observados em cinco das dez atividades pesquisadas, com destaque para o ramo de calçados e artigos de couro, que passa de uma expansão de 10,8% no primeiro trimestre para uma queda de 5,3% no segundo.

O indicador acumulado no primeiro semestre do ano registrou crescimento de 2,6%, com expansão em seis dos dez ramos pesquisados. O setor de alimentos e bebidas (12,7%), influenciado pelo avanço na fabricação de castanha de caju e cervejas e chopes, manteve a liderança em termos de impacto sobre a média global. Entre os setores que apresentaram decréscimo, os que mais pressionaram a taxa geral da indústria cearense foram: têxtil (-7,7%) e refino de petróleo e produção de álcool (-28,4%), onde, em ambas as atividades, aproximadamente 80% dos produtos investigados assinalaram queda na produção.

O índice de média móvel trimestral recuou 1,8% entre os trimestres encerrados entre maio e junho, segundo resultado negativo, acumulando perda de 3,0% neste período. Na comparação contra o trimestre imediatamente anterior, o índice para o período abril-junho de 2008 mostra queda de 1,7%.

PERNAMBUCO

Em junho, a produção industrial de Pernambuco ajustada sazonalmente cresceu 0,9%, em relação ao mês imediatamente anterior, após recuar por dois meses consecutivos, acumulando queda de 8,4%. Com estes resultados, o indicador de média móvel trimestral recuou 2,7%, assinalando a terceira taxa negativa e acumulando perda de 6,5%.

Em relação ao ano de 2007, a indústria pernambucana avançou 1,8% frente a junho e 7,9% no fechamento do primeiro semestre. Na análise trimestral, o segundo trimestre avançou 1,0% contra igual trimestre do ano anterior e decresceu 6,5% em relação ao primeiro trimestre do ano (série ajustada sazonalmente). O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 5,7% em maio para 5,4% em junho, continua em trajetória decrescente desde abril (6,6%).

No indicador mensal, a produção industrial de Pernambuco cresceu 1,8%, com taxas positivas em seis dos onze setores industriais pesquisados. A principal contribuição positiva veio de produtos de metal (61,7%), devido, sobretudo, ao aumento na produção de latas de alumínio para embalagens, e latas de ferro e aço para embalagens. Em seguida, vale citar ainda os avanços nos setores de metalurgia básica (12,8%) e de borracha e plástico (16,7%), em função, respectivamente, da maior fabricação de chapas e tiras de alumínio, e filmes de plástico. Por outro lado, as maiores influências negativas vieram de alimentos e bebidas (-9,3%) e minerais não-metálicos (-9,3%), por conta, respectivamente, da queda na produção de sorvetes, refrigerantes; abrasivos em pó, e pias, banheiras e bidês de cerâmica.

Na análise trimestral, a indústria de Pernambuco assinalou forte redução no ritmo de crescimento entre o primeiro (13,9%) e o segundo trimestres (1,0%). Para este movimento contribuíram seis dos onze ramos investigados, com destaque para o menor dinamismo vindo dos setores de alimentos e bebidas, que passou de 15,2% para -2,3%, e de produtos químicos (25,3% para -4,1%).

No indicador acumulado no ano, a indústria pernambucana mostrou acréscimo de 7,9%, com resultados positivos em oito das onze atividades. Entre essas, o principal impacto veio de alimentos e bebidas (7,8%), por conta da maior produção de açúcar cristal e refinado. Vale citar ainda os avanços vindos de refino de petróleo e produção de álcool (129,9%), metalurgia básica (9,0%) e produtos químicos (9,9%), devido, respectivamente, ao aumento na fabricação de álcool, chapas e tiras de alumínio; e tintas e vernizes para construção. Em sentido contrário, as principais pressões negativas vieram de celulose e papel (-10,8%) e têxtil (-10,1%), em função da menor produção de sacos, sacolas e bolsas de papel, e tecidos de algodão.

BAHIA

Em junho, a produção industrial da Bahia ajustada sazonalmente recuou 2,9% em relação ao mês imediatamente anterior, após crescer por dois meses consecutivos. O indicador de média móvel trimestral ficou praticamente estável (-0,1%), após queda de 0,6% em maio.
No confronto com junho de 2007, a produção industrial baiana recuou 1,3%. No entanto, os indicadores para períodos mais abrangentes continuaram positivos: 4,6% no acumulado no ano e 4,1% no acumulado nos últimos doze meses, que assinalou pequena redução no ritmo de crescimento em relação ao mês passado (4,5%). No segundo trimestre do ano, houve avanço de 5,4% no confronto com o mesmo trimestre do ano anterior e recuo 0,6% em comparação ao primeiro trimestre de 2008 (série ajustada sazonalmente).

O indicador mensal da indústria baiana apresentou queda de 1,3%, com as duas únicas taxas negativas provenientes dos dois setores de maior peso na indústria baiana. A principal contribuição negativa veio de produtos químicos (-20,0%), influenciado, sobretudo, pela paralisação programada em importante empresa do setor, seguido por refino de petróleo e produção de álcool (-1,9%). Nestes setores, sobressaiu a menor fabricação de etileno não-saturado e polietileno de alta densidade, no primeiro ramo, e de gasolina e gás liquefeito de petróleo (GLP) no segundo. Por outro lado, as maiores influências positivas vieram de celulose e papel (42,6%) e de metalurgia básica (8,5%), devido, respectivamente, ao aumento na produção de celulose; ouro em barras, e fio-máquina de aços ao carbono.

Na análise trimestral, o segundo trimestre cresceu 5,4%, resultado superior ao obtido no primeiro trimestre (3,8%), ambas as comparações contra igual trimestre do ano anterior. Este ganho de dinamismo foi observado em seis das nove atividades, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool, que passou de 0,2% para 6,5%; celulose e papel (de 22,3% para 38,0%); e alimentos e bebidas (de -1,2% para 6,6%).

No indicador acumulado no ano, a indústria baiana avançou 4,6%, com resultados positivos em oito dos nove ramos fabris. Os maiores impactos positivos foram assinalados em celulose e papel (29,8%), refino de petróleo e produção de álcool (3,3%) e metalurgia básica (5,6%), em função, respectivamente, do aumento da produção de celulose, óleo diesel e ouro em barras. Por outro lado, a única retração veio de produtos químicos (-1,4%), devido à menor fabricação de polietileno de alta densidade e etileno não-saturado.

MINAS GERAIS

A produção industrial de Minas Gerais avançou 1,6% na passagem de maio para junho de 2008, quarto resultado positivo consecutivo, acumulando expansão de 4,0%, já descontadas as influências sazonais. Na comparação com junho de 2007, o setor cresceu 6,3%, sendo esta a vigésima quarta taxa positiva consecutiva. Com isso, o acumulado no primeiro semestre do ano chegou aos 6,6%. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, mostrou ligeira desaceleração, ao passar de 8,4% em maio para 8,0% em junho. Na análise trimestral (abril-junho de 2008), houve avanço de 5,9% frente ao mesmo período do ano anterior, e 1,8% no confronto com o trimestre imediatamente anterior – série com ajuste sazonal.

O indicador mensal da indústria mineira mostrou crescimento de 6,3%, sustentado pelos avanços tanto da indústria de transformação (6,2%) quanto do setor extrativo (6,7%). Nesse último, destacou-se, sobretudo, a maior extração de minérios de ferro. Na indústria de transformação, dez das doze atividades apresentaram expansão, com a maior influência positiva vindo de veículos automotores (13,3%), impulsionado principalmente pela maior produção de automóveis. Vale destacar também os desempenhos positivos observados em minerais não-metálicos (20,5%), metalurgia básica (4,7%) e refino de petróleo e produção de álcool (11,6%). Nestes ramos, sobressaíram os avanços na produção dos itens: cimento; ferronióbio e lingotes, blocos e tarugos de aço; e óleo diesel. Por outro lado, têxtil (-12,5%) e celulose e papel (-4,1%) foram as duas únicas atividades que assinalaram queda na produção.

Na evolução trimestral, o avanço de 5,9% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, mostra redução no ritmo de expansão da indústria mineira iniciada no terceiro trimestre de 2007 (9,6%). Na passagem do primeiro (7,4%) para o segundo trimestre do ano (5,9%), esse movimento foi observado em sete das treze atividades pesquisadas, com destaque para: indústrias extrativas, que passou de 11,8% para 4,9%, refino de petróleo e produção de álcool (de 16,8% para 4,4%) e veículos automotores (de 21,9% para 17,6%). Entre os que ganharam ritmo, sobressaíram minerais não-metálicos (de 7,4% para 15,9%) e alimentos (de 0,0% para 3,3%).

O indicador para o fechamento do primeiro semestre do ano mostrou crescimento de 6,6%, com resultados positivos tanto na indústria extrativa (8,1%), apoiada, sobretudo, no desempenho da extração de minérios de ferro, como na indústria de transformação (6,4%). Nesta última, com avanço em nove das doze atividades pesquisadas, a maior influência positiva veio de veículos automotores (19,6%), impulsionado, em grande parte, pelo aumento na fabricação de automóveis. Vale destacar também as contribuições positivas vindas de minerais não-metálicos (11,8%), metalurgia básica (3,0%) e refino de petróleo e produção de álcool (10,0%). Nestes segmentos, os principais destaques ficaram com, respectivamente, cimento; ferronióbio, lingotes, blocos e tarugos de aço e bobinas grossas de aço ao carbono; e óleo diesel. Entre os ramos que apresentaram redução na produção, destaca-se a indústria têxtil (-7,9%), devido, sobretudo, à queda no item tecidos de algodão.

O índice de média móvel trimestral mostrou avanço de 1,0% entre os trimestres encerrados em maio e junho, quarto resultado positivo, acumulando 2,1% de crescimento neste período. Na comparação contra o trimestre imediatamente anterior, ajustado sazonalmente, o índice para o período abril-junho de 2008 ficou em 1,8%, ritmo acima do observado para o primeiro trimestre do ano (0,5%).

ESPÍRITO SANTO

Em junho, a produção industrial do Espírito Santo ajustada sazonalmente recuou 2,9% frente ao mês anterior, após assinalar expansão de 2,1% em maio. No índice de média móvel trimestral entre os trimestres encerrados em maio e junho, a variação negativa de 0,4% interrompeu uma seqüência de seis meses de expansão (10,2%). Já na comparação com o trimestre imediatamente anterior (série ajustada sazonalmente), a indústria capixaba avançou 2,8% em relação ao primeiro trimestre do ano, praticamente mantendo o ritmo deste índice assinalado no primeiro trimestre (2,4%).

Nos confrontos com iguais períodos do ano anterior, as taxas foram positivas: 11,4% frente a junho de 2007 e 16,1% no acumulado do primeiro semestre. O indicador acumulado nos últimos doze meses (13,2%) avançou em relação a maio (12,5%) e prosseguiu em trajetória ascendente iniciada em dezembro do ano passado (7,5%). Os índices para o segundo trimestre de 2008 foram positivos, tanto frente a igual período de 2007 (17,8%), quanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (2,8%) – série livre de efeitos sazonais.

No confronto com junho do ano passado, a produção industrial capixaba aumentou 11,4%, nono resultado positivo consecutivo. Este aumento foi sustentado principalmente pelo desempenho da metalurgia básica (38,6%), refletindo a expansão na produção de lingotes, blocos, tarugos ou placas de aço. Por outro lado, o único setor que mostrou recuo na produção foi celulose e papel (-12,6%), taxa explicada pela queda na produção de celulose.

Na análise por trimestres, a produção cresceu 17,8% no período abril-junho, resultado acima do obtido no primeiro trimestre do ano (14,4%). Essa aceleração no ritmo de crescimento deveu-se, em grande medida, ao desempenho do setor extrativo, que passa de um avanço de 18,0% no período janeiro-março para 22,8% no segundo trimestre; alimentos e bebidas (de 3,9% para 12,1%) e celulose e papel (de –1,5% para 3,8%).

No indicador acumulado do primeiro semestre, a indústria geral cresceu 16,1%, refletindo principalmente o desempenho do setor extrativo (20,5%), segundo maior impacto no índice global, impulsionado, sobretudo, pelos itens gás natural e minérios de ferro. Na indústria de transformação, o índice avançou 14,1%, com destaque para metalurgia básica (32,9%) e alimentos e bebidas (7,8%), com o primeiro ramo sendo explicado pela expansão na fabricação de lingotes, blocos tarugos ou placas de aço; e o segundo pelos itens bombons e chocolates em barra.

RIO DE JANEIRO

Em junho de 2008, a produção industrial ajustada sazonalmente do Rio de Janeiro avançou 2,3% frente a maio, após também crescer 2,8% no mês anterior. No confronto com igual mês do ano passado, o setor assinalou expansão de 4,2%. Os indicadores acumulados, tanto para os primeiros seis meses do ano (2,3%) como para os últimos doze meses (2,1%), apontaram ligeiros avanços frente aos índices do mês anterior (1,9% e 2,0%, respectivamente). A produção do segundo trimestre de 2008 apontou resultado positivo frente a igual período de 2007 (0,5%), mas recuou na comparação com o trimestre imediatamente anterior (-1,6%) – série ajustada sazonalmente.

O avanço de 4,2% na comparação com igual mês do ano anterior está apoiado no desempenho positivo tanto da indústria de transformação (4,0%) quanto da indústria extrativa (4,8%), esta última com uma seqüência de três meses de resultados positivos. Na indústria de transformação, onde oito dos doze ramos mostraram taxas positivas, as principais contribuições vieram de veículos automotores (22,1%) e de metalurgia básica (9,6%), impulsionados, sobretudo, pelos itens automóveis, caminhões e chassis para caminhões e ônibus, no primeiro ramo, e folhas-de-flandres e bobinas a frio de aço ao carbono, no segundo. Outras influências positivas relevantes sobre a média global vieram de refino de petróleo e produção de álcool (6,4%), minerais não-metálicos (13,4%) e edição e impressão (8,3%), por conta, em grande parte, da boa performance, respectivamente, dos itens: óleos lubrificantes básicos e óleo diesel; granito e cimento; e cd e jornais. Entre os quatro ramos que reduziram a produção, farmacêutica, com recuo de 13,0%, e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-29,4%) exerceram os maiores impactos.

Em bases trimestrais, o acréscimo de 0,5% na atividade fabril fluminense no segundo trimestre do ano mostra clara desaceleração no ritmo produtivo frente aos resultados do primeiro trimestre (4,2%) e do último do ano passado (4,1%), todas as comparações frente a igual período do ano anterior. O menor dinamismo na passagem do primeiro para o segundo trimestre de 2008 reflete, sobretudo, os recuos observados em sete das treze atividades pesquisadas, com destaque para os ramos de outros produtos químicos, que passou de uma expansão de 19,2% no período janeiro-março para uma queda de 4,8% no trimestre seguinte, e de refino de petróleo e produção de álcool (de 4,7% para -7,7%), influenciado por paralisações técnicas nos meses de abril e maio últimos.

O indicador acumulado no primeiro semestre do ano registrou crescimento de 2,3%, com expansão em oito dos treze ramos pesquisados. O setor de veículos automotores (26,9%), influenciado pelo avanço na fabricação de caminhões e automóveis, manteve a liderança em termos de impacto sobre a média global. Outras contribuições positivas relevantes vieram de outros produtos químicos (6,6%), minerais não-metálicos (8,8%) e indústrias extrativas (2,1%), impulsionados, em grande, parte pelos itens herbicidas, cimento e petróleo. Entre os setores que apresentaram decréscimo na produção, o que mais pressionou a taxa da indústria continuou sendo a indústria farmacêutica (-10,3%), onde aproximadamente 70% dos produtos investigados permaneceram assinalando queda na produção.

Por fim, o índice de média móvel trimestral mostrou variação positiva de 0,4% entre os trimestres encerrados em maio e junho, após duas taxas negativas consecutivas, período em que acumulou uma perda de 1,9%. Ainda na série ajustada sazonalmente, índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior, a indústria fluminense assinalou queda de 1,6%, desacelerando frente aos resultados do último trimestre do ano passado (4,3%) e o primeiro deste ano (0,1%).

SÃO PAULO

Em junho, a produção industrial de São Paulo cresceu 2,8% na comparação com o mês imediatamente anterior, após ficar praticamente estável em maio (-0,1%), na série com ajustamento sazonal. Os indicadores em relação a iguais períodos de 2007 também foram positivos: 10,3% frente a junho de 2007, 10,4% no segundo trimestre de 2008 e 9,8% no acumulado no ano. No indicador acumulado nos últimos doze meses, que segue em trajetória ascendente desde junho do ano passado, o ritmo de expansão da indústria paulista aumentou de 8,7% em maio para 8,9% em junho. Em todos os índices de junho, a indústria paulista superou a média nacional.

Na comparação junho 08/junho 07, o crescimento de 10,3% foi explicado, sobretudo, pelas contribuições positivas da maior parte (17) dos vinte segmentos pesquisados. Os que mais influenciaram o desempenho global foram veículos automotores (21,5%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (27,1%), outros equipamentos de transporte (44,8%), outros produtos químicos (12,9%) e máquinas e equipamentos (9,1%). Nestes ramos sobressaíram, respectivamente, a maior produção de automóveis; equipamentos para telefonia e telefones celulares; inseticidas e tintas e vernizes para construção; aviões; e máquinas para fabricação de produtos de plástico. Em sentido contrário, edição e impressão (-6,5%), alimentos (-2,5%) e perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-7,1%) exerceram as pressões negativas, por conta, principalmente, dos decréscimos assinalados na fabricação de livros; açúcar cristal; e pasta de dente.

Em bases trimestrais, o ritmo de expansão da indústria foi um pouco mais elevado no segundo trimestre de 2008 (10,4%), uma vez que ficou estável entre o quarto trimestre de 2007 (9,2%) e o primeiro deste ano (9,1%), todas as comparações contra igual período do ano anterior. Vale destacar que, para este tipo de confronto, observa-se a seqüência de dezenove trimestres com taxas positivas. Dos onze setores que aumentaram suas participações na composição da taxa global entre os dois trimestres de 2008, destacaram-se farmacêutica (de -0,8% para 14,9%), refino de petróleo e produção de álcool (de –5,3% para 5,0%) e outros equipamentos de transporte (de 32,5% para 46,9%).

O indicador acumulado no primeiro semestre do ano teve crescimento de 9,8%, com dezessete ramos apresentando resultados positivos. As contribuições de veículos automotores (18,3%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (25,1%), máquinas e equipamentos (10,9%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (25,0%) e outros produtos químicos (13,3%) foram as mais relevantes no cômputo geral. Os avanços assinalados na fabricação de automóveis; equipamentos para telefonia e telefones celulares; aparelhos elevadores/transportadores de mercadorias; transformadores; e inseticidas, explicaram, em grande parte, a performance positiva desses segmentos. Em contraposição, perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-5,0%), edição e impressão (-0,7%) e têxtil (-0,9%) foram os principais impactos negativos, influenciados, sobretudo, pelo recuo na produção de pasta de dente; revistas; e linhas de algodão para costura.

Por fim, o índice de média móvel trimestral, com crescimento de 1,1% entre os trimestres encerrados em maio e junho, apresentou seqüência de cinco taxas positivas, acumulando aumento de 4,5% entre janeiro e junho. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, a indústria do principal parque industrial do país assinalou acréscimo de 2,6% em abril-junho de 2008, a décima primeira taxa positiva consecutiva.

PARANÁ

A produção industrial do Paraná assinalou decréscimo de 1,0% em junho, na comparação com o mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após avançar 4,3% em maio. Em relação a junho de 2007, o crescimento foi de 12,7%, vigésima primeira taxa positiva consecutiva. O indicador acumulado no primeiro semestre do ano teve expansão de 11,3% e o acumulado nos últimos doze meses mostrou aceleração de ritmo entre maio (8,1%) e junho (8,9%). Nos índices trimestrais, os avanços foram de 12,3% em relação a igual período do ano anterior e de 2,2% frente ao primeiro trimestre de 2008, na série com ajuste sazonal.

Em relação a junho de 2007 (12,7%), dez dos quatorze ramos pesquisados contribuíram positivamente para o aumento do índice geral, sobressaindo veículos automotores (26,2%), edição e impressão (98,5%), minerais não-metálicos (37,2%), máquinas e equipamentos (11,3%) e celulose e papel (14,6%). Os produtos de maior destaque nesses segmentos foram, respectivamente: caminhões; livros e impressos didáticos; cimento; máquinas para colheita e tratores agrícolas; cartolina. Por outro lado, a pressão negativa mais significativa foi exercida por alimentos (-3,3%), em função, sobretudo, dos decréscimos na fabricação de açúcar cristal e óleo de soja refinado.

Na análise trimestral, a produção acumulada no segundo trimestre de 2008 avançou 12,3%, ritmo superior ao do primeiro trimestre deste ano (10,2%), sendo esse resultado o sétimo positivo consecutivo. Entre os períodos janeiro-março e abril-junho, oito atividades aumentaram suas participações na composição da taxa global, com destaque para a expressiva contribuição de edição e impressão, que passou de 1,9% para 75,1%. Este resultado se justifica pelo aumento de encomendas especiais de livros e impressos didáticos, conjugado com uma baixa base de comparação em maio e junho de 2007.

O indicador acumulado no primeiro semestre do ano registrou expansão de 11,3%, explicada, sobretudo, pela performance positiva de onze ramos. Os principais destaques na formação do índice geral foram: veículos automotores (33,9%), edição e impressão (32,2%), máquinas e equipamentos (19,5%) e celulose e papel (14,8%), incentivados, respectivamente, pela maior fabricação de caminhões; livros ou impressos didáticos; máquinas para colheita e tratores agrícolas; e cartolina. Por outro lado, o impacto negativo mais significativo veio de alimentos (-3,2%), principalmente devido ao decréscimo nos itens carnes e miudezas de aves.

O índice de média móvel trimestral assinalou a segunda taxa positiva consecutiva (0,9% entre maio e junho), acumulando ganho de 2,5% neste período. O aumento de 2,2% no segundo trimestre de 2008 sobre o primeiro foi o sétimo resultado positivo consecutivo nessa comparação.

SANTA CATARINA

Em junho de 2008, a produção industrial ajustada sazonalmente de Santa Catarina apontou variação positiva de 0,2% frente a maio, após queda de 3,1% no mês anterior. No confronto com igual mês do ano anterior, o setor assinala queda de 2,0%, segundo resultado negativo consecutivo. Os indicadores acumulados, tanto para os primeiros seis meses do ano (1,3%) como para os últimos doze meses (3,7%), registraram resultados abaixo dos observados em maio (2,0% e 4,3%, respectivamente). A produção do segundo trimestre de 2008 cresceu 0,4% frente a igual período de 2007, mas recuou 0,8% na comparação com o trimestre imediatamente anterior – série ajustada sazonalmente.

No índice mensal, a produção catarinense mostrou queda de 2,0% com cinco dos onze ramos pesquisados apontando taxas negativas. A principal influência negativa no total da indústria foi assinalada por máquinas e equipamentos (-12,4%), resultado, sobretudo, da concessão de férias em grande empresa do setor. Vale destacar também as contribuições negativas vindas de vestuário (-18,5%) e madeira (-24,7%). Estes setores foram pressionados em grande parte pela queda na fabricação de refrigeradores e congeladores; conjuntos de malha (feminino e masculino); e madeira serrada. Por outro lado, a principal influência positiva ficou com o ramo de borracha e plástico (18,0%), impulsionado, principalmente pelo avanço na fabricação dos itens tubos, canos e mangueiras de plástico; e peças e acessórios de plástico para a indústria automobilística.

Na evolução por trimestres, a atividade fabril catarinense avançou 0,4% no segundo trimestre de 2008, e confirmou a redução no ritmo de crescimento frente aos resultados do primeiro trimestre deste ano (2,2%) e do último do ano passado (6,5%), todas as comparações frente a igual período do ano anterior. Este movimento é explicado, principalmente, por vestuário, que passou de uma expansão de 7,5% no primeiro trimestre para uma queda de 9,4% no período abril-junho, vindo a seguir máquinas e equipamentos (de –2,4% para –6,2%) e celulose e papel (de 7,0% para 0,5%).

No encerramento do primeiro semestre do ano, a indústria catarinense avançou 1,3%, impulsionada pelo desempenho favorável de oito das onze atividades pesquisadas. A liderança, em termos de impacto, permaneceu com o setor de veículos automotores (13,4%), bastante influenciado pela expansão na fabricação de carrocerias para caminhões e ônibus, seguido por borracha e plástico (10,1%), onde os destaques são os itens tubos, canos e mangueiras de plástico, e peças e acessórios de plástico para a indústria automobilística. Vale citar também os resultados positivos de minerais não-metálicos (5,9%) e de celulose e papel (3,6%). Entre os segmentos que mostraram queda, as principais contribuições vieram de madeira (-23,6%) e de máquinas e equipamentos (-4,4%), pressionados pelos recuos nos itens madeira serrada, e refrigeradores e congeladores.

Por fim, o índice de média móvel trimestral mostrou queda (-0,7%) entre os trimestres encerrados em maio e junho, segundo resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação, acumulando uma perda de 1,3% neste período. Ainda na série com ajuste sazonal, o índice trimestre contra trimestre imediatamente anterior também registrou taxa negativa (-0,8%), após avançar 0,6% no primeiro trimestre do ano.

RIO GRANDE DO SUL

Em junho, a indústria do Rio Grande do Sul cresceu 6,5% em relação a maio, na série livre dos efeitos sazonais, após duas taxas negativas consecutivas quando acumulou 5,8% de queda. Com isso, a média móvel trimestral ficou praticamente estável (0,1%) entre os trimestres encerrados entre maio e junho.

As comparações com iguais períodos de 2007 registraram crescimento. Frente a junho, o aumento foi de 5,4%, de 2,8% no segundo trimestre e de 4,4% no fechamento do primeiro semestre. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, ficou em 5,4%, praticamente repetindo o resultado do mês anterior (5,5%).

No confronto com igual mês do ano anterior, a expansão de 5,4% foi sustentada pelos avanços observados em dez dos quatorze ramos pesquisados. Dentre esses, os impactos positivos mais expressivos vieram de veículos automotores (27,9%), alimentos (8,8%) e máquinas e equipamentos (9,6%). Nestas indústrias sobressaíram os aumentos na produção dos itens: reboques e semi-reboques, automóveis; carnes bovinas, carnes de aves; ferramentas hidráulicas de motor não-elétrico e silos metálicos, respectivamente. Em sentido contrário, as principais influências negativas no cômputo geral vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-10,3%), que apresentou diminuição na produção, principalmente, de gasolina e gás liquefeito de petróleo; e fumo (-10,6%), devido, sobretudo, à menor produção de fumo processado.

Em bases trimestrais, a indústria gaúcha perdeu ritmo na passagem do primeiro (6,2%) para o segundo trimestre (2,8%) de 2008. Para este movimento foram preponderantes os recuos em refino de petróleo e produção de álcool, que passou de um aumento de 12,6% para uma queda de 5,8%; e outros produtos químicos (de 0,6% para -13,5%).

O indicador acumulado no ano apresentou crescimento de 4,4%, com contribuições positivas em nove atividades, com as maiores influências vindo de máquinas e equipamentos (22,5%), alimentos (11,1%) e veículos automotores (17,3%). Nestes ramos, sobressaíram os avanços na produção, principalmente, de aparelhos de ar condicionado, máquinas para colheita; carnes bovinas, arroz semibranqueado; carrocerias para ônibus e automóveis, respectivamente. Por outro lado, as contribuições negativas mais relevantes vieram de fumo (-15,5%) e outros produtos químicos (-6,6%), nos quais foram relevantes as reduções em fumo processado; etileno não-saturado e borracha de estireno-butadieno, respectivamente.

GOIÁS

Em junho, a produção industrial de Goiás ajustada sazonalmente avançou 4,0% no confronto com o mês imediatamente anterior, após recuo de 2,1% em maio. Em relação a junho do ano passado, a taxa chegou aos 16,6%. Essa performance também foi observada no acumulado no primeiro semestre do ano (11,1%). Com isso, o indicador acumulado nos últimos doze meses (6,9%) acelerou em relação ao resultado registrado em maio (5,1%). Na análise trimestral, a indústria goiana mostrou expansão de 12,3% no segundo trimestre de 2008, em relação ao mesmo período do ano passado, e de 0,3% no confronto com o trimestre imediatamente anterior (série com ajuste sazonal).

O indicador mensal apresentou expansão de 16,6% em junho com avanço em três dos cinco ramos pesquisados, liderado, sobretudo, pelo desempenho dos setores de alimentos e bebidas (25,2%), com destaque para os produtos maionese e leite em pó. Em menor medida, vale mencionar também o comportamento positivo de minerais não-metálicos (16,7%), devido à maior produção de cimento e de painéis, ladrilhos, telhas e semelhantes. Em sentido oposto, a principal pressão negativa veio de produtos químicos (-14,3%), explicada pela queda na produção de medicamentos e sabões para uso doméstico.

No segundo trimestre do ano, a produção industrial goiana cresceu 12,3% frente ao mesmo período do ano passado, quarto trimestre consecutivo de crescimento, e manteve trajetória ascendente desde o período julho-setembro do ano passado. O maior dinamismo observado entre o primeiro (9,9%) e o segundo trimestre de 2008 (12,3%) é observado em três dos cinco ramos investigados, com destaque para o ganho vindo de alimentos e bebidas, que passou de 10,1% para 17,3% entre os dois períodos.

O indicador acumulado no ano cresceu 11,1%, com resultados positivos em quatro das cinco atividades pesquisadas. O impacto mais relevante sobre a média global permaneceu com alimentos e bebidas (13,8%), seguido pelos setores extrativos (14,1%) e de produtos químicos (14,1%). Nesses ramos, sobressaíram os avanços nos itens maionese e leite em pó; amianto; e adubos e fertilizantes. Em sentido contrário, apenas metalurgia básica (-4,6%), pressionado pela queda na produção de ouro em barras e ferroníquel, apontou recuo.

O indicador de média móvel trimestral mostrou avanço de 1,8% no trimestre encerrado em junho, revertendo assim o recuo de 1,5% apontado no mês de maio. Ainda na série ajustada sazonalmente, comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o período abril-junho de 2008, mostrou perda de ritmo (0,3%) frente ao resultado do primeiro trimestre do ano (4,1%).

CONFIRA A NOTÍCIA ORIGINAL E CONSULTE AS DUAS TABELAS ALUSIVAS PARA MELHOR COMPREENSÃO DO ASSUNTO.

Comunicação Social
06 de agosto de 2008

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.ibge.gov.br.

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