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Homenagem à luta, à consciência e ao compromisso de classe com a construção de um Brasil das trabalhadoras e dos trabalhadores

Confraternização dos 25 anos da CUT

“Comemoramos hoje os 25 anos da histórica construção da nossa central, que cresce com a ação e a luta de uma militância comprometida. Neste um quarto de século, queremos agradecer a presença de todos e todas que contribuem com a consolidação deste instrumento de mobilização e conquista da classe”, sublinhou Quintino Severo, secretário-geral da CUT, na solenidade de abertura da confraternização realizada na noite de quinta-feira na capital paulista.

Um dos fundadores da CUT, o deputado federal Vicentinho (PT-SP), emocionou a todos, que riram e refletiram sobre as lembranças compartilhadas do primeiro Congresso realizado no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo. Do frio que fazia, à coleta solidária de roupas – nas portas das fábricas do ABC – aos delegados que vieram desprevenidos, até causos de delegações de povoados do interior que, obrigados a se alojarem aos grupos em motéis, onde tiveram o primeiro contato com vídeos eróticos picantes. Da liderança do então metalúrgico Lula, da maturidade companheira de dirigentes já idosas como dona Mariquinha, de Santo Antonio do Saco da Onça, da viola dos repentistas nordestinas comungando com as sanfonas sulistas, do calor contagiante do contato de lutadores que ousavam enfrentar a frieza e a dureza da ditadura militar com festa e alegria. “Lembramos aqui da nossa luta e da expectativa de construção de uma sociedade solidária e socialista, de uma central de base, democrática e autônoma, de um trem, onde sobem e descem companheiros em várias estações. Os que aqui estão, tenho a convicção, estarão presentes até a última estação, até a vitória”, enfatizou, sob aplausos dos presentes.

Representando a secretaria geral da Presidência da República, Gerson Almeida estendeu “o abraço do ministro Luiz Dulci, sindicalista e fundador da CUT em Minas Gerais” aos dirigentes e militantes presentes. “Lembramos com nostalgia desses 25 anos tão importantes, que nos fazem olhar e nos orgulhar daquele passado e do futuro que estamos construindo para o Brasil e para a classe trabalhadora. Há um vigor nos princípios políticos, o mesmo que esteve presente na luta pelo fim da ditadura militar, por um Brasil popular e democrático. Esta energia cívica do nosso passado, não passa, ela está dentro de nós”, declarou Gerson Almeida.

Ex-presidente nacional da CUT e liderança histórica da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), João Felício fez um resgate dos anos de rebeldia contra a ditadura militar e pela redemocratização até a luta contra o neoliberalismo, de resistência pela manutenção de direitos, chegando até as gestões lideradas por Luiz Marinho e Artur Henrique, onde a CUT está colhendo frutos de sua ação política e sindical, se consolidando como a maior central do país. “Temos dado nossa contribuição para o avanço das transformações no Brasil e na América Latina, consolidando projetos democráticos e populares, lutando contra e o imperialismo, que tanto mal causa aos povos do mundo”, acrescentou.

ARTUR

O presidente nacional da CUT, Artur Henrique, saudou João Felício e Vicentinho “dois guerreiros, lutadores que fizeram e continuam fazendo a história, tendo contribuído para colocar os primeiros tijolos nesta construção coletiva vitoriosa que é a nossa Central”. Artur lembrou que a CUT foi erguida à margem – e contra – a estrutura oficial, com a experiência das greves de Contagem e São Bernardo de 1977 e 1978, levantando três questões fundamentais: o fim do imposto sindical, o fim da unicidade e o fim do poder normativo da justiça do trabalho. “Contra os que não acreditavam na capacidade dos trabalhadores, nos transformamos no principal instrumento de luta e organização da classe, com a diversidade dos Ramos e setores econômicos que é a nossa maior riqueza. Assim, com apenas 25 anos, nossa jovem central se transformou na maior do Brasil e da América Latina. É essa trajetória de luta, organização, mobilização e conquista que estamos comemorando aqui hoje”, acrescentou.

Em nome da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Canindé Pegado destacou a importância da CUT, como maior central sindical do país, para garantir a necessária unidade em defesa dos direitos da classe. “Muitas vezes os companheiros abriram mão de posições para que prevalecesse a unidade de ação do movimento sindical, se chegasse a um denominador comum e conseguíssemos avançar e garantir vitórias. A CUT está de parabéns por esses 25 anos de luta”, sublinhou.

Representando o Ministério do Trabalho, Luiz Antonio Medeiros, agradeceu a contribuição da Central, destacando o importante papel desempenhado nos debates a respeito da organização sindical. Sobre o compromisso do governo de garantir o acordo firmado pelas centrais de acabar com o imposto sindical e instituir a contribuição negocial, Medeiros ressaltou a coerência da CUT. “A posição dura da CUT nos ajuda. Só vai levar a negocial quem tiver coragem de fazer assembléia, de conscientizar o trabalhador. Quero também agradecer o apoio à Portaria 186, para acabarmos com os sindicatos de carimbo”, frisou.

Entre outras autoridades e parceiros, participaram do evento o deputado estadual Marco Martins (PT); Ademir Figueiredo, coordenador de Desenvolvimento e Estudos do Dieese; Gegê, da CMP (Central dos Movimentos Populares) e representante da CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais); Clóvis Monteiro Neto, editor do jornal Hora do Povo; Carolyn Kasdin e Brian Finnegan, do escritório da AFL-CIO e Valdeli Melleiros, da Fundação Friedrich Ebert.

Por Leonardo Severo – Leonardo@cut.org.br.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br.

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