Banco contrata empresa para economizar por meio do sacrificio dos Trabalhadores
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São Paulo – A postura do grupo Santander de interferir no trajeto para os bancários chegarem ao trabalho, com objetivo de reduzir custos, está revoltando os funcionários do Real. A medida vem sendo implantada sem negociação com o Sindicato e está atrapalhando a vida do bancário.
A forma como o banco trata o assunto contraria o próprio discurso do presidente do grupo Santander Brasil, Fábio Barbosa, que afirmou em diversas ocasiões que qualquer mudança ligada à fusão será negociada com os trabalhadores.
Uma bancária do Real que não será identificada revela que o sentimento de todos é de revolta. No caso dela, o trajeto proposto pelo banco vai atrapalhar a vida. “Antes de sair para o trabalho levo os meus filhos para escola, portanto, não tenho como sair mais cedo como aponta o Recursos Humanos da empresa. Pego um ônibus e um metrô para chegar até o trabalho. Com isso meu tempo de percurso gira em torno de 20 minutos. Agora terei que pegar só um ônibus que dá uma volta enorme, demorando quase o dobro do tempo para chegar no banco”, reclama.
A funcionária conta que alguns colegas foram questionar o aumento no tempo de percurso e que o RH falou simplesmente para sair mais cedo de casa. “Ouço o Fábio Barbosa falar tanto em qualidade de vida e agora compactua com uma medida dessa”, afirma.
Representantes dos trabalhadores repudiam a atitude do banco de ignorar os bancários e irão cobrar do RH mais respeito aos direitos e a qualidade de vida. “O sentimento de revolta é evidente. Essa postura mostra o total descaso do banco para com seus funcionários”, afirma a funcionária do Real e diretora do Sindicato Maria do Carmo Lellis.
Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo por Carlos Fernandes – 11/09/2008