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Mais de 11 mil trabalhadores aderem à Greve de 24 horas no Paraná

Bancários de todo o Estado, das bases sindicais dos sindicatos filiados à Federação dos Bancários da CUT no Paraná (FETEC-CUT/PR), amanheceram de braços cruzados nesta terça-feira, 30 de setembro, assim como a maior parte dos bancários do Brasil. Desde sexta feira as assembléias dos sindicatos de todo o Paraná rejeitaram oficialmente a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no último dia 24, e decidiram parar por 24 horas.

No dia 24 de setembro, última rodada de negociações, a Fenaban ofereceu apenas 0,3% de aumento real, participação nos lucros muito abaixo do esperado, propôs redução no auxílio creche, vale transporte e fim da estabilidade pré-aposentadoria.

A paralisação foi a resposta dos trabalhadores bancários que, indignados com a proposta dos patrões, decidiram pressionar a Fenaban a apresentar nova proposta, além de exigir mais atenção as suas reivindicações. “É o protesto da categoria, demonstrando aos banqueiros a sua capacidade de luta e organização na busca por uma proposta condizente com suas reivindicações. A paralisação está sendo realizada em todo o Estado, conforme orientação do Comando Nacional”, explica Roberto von der Osten, presidente da FETEC-CUT/PR e representante paranaense no Comando Nacional. Para Beto, a adesão dos trabalhadores foi muito boa, mostra que estão realmente insatisfeitos com a proposta desrespeitosa oferecida pelos bancos.

Para Otávio Dias presidente do sindicato dos Bancários de Curitiba e região e membro do comando nacional dos bancários, “considera que a paralisação em Curitiba e região foi positiva, o movimento começou com 92 agências fechadas e encerrou com 143 agências e 08 centros administrativos, aproximadamente 8.500 trabalhadores bancários cruzaram os braços, mostrando sua disposição de mobilização e insatisfação com a postura dos banqueiros. Espero que as negociações com a Fenaban sejam retomadas, amanhã dia 01 de outubro, o Comando Nacional se reúne na Contraf-CUT em São Paulo para avaliação das paralisações e se necessário marcar greve por tempo indeterminado”, conclui Otávio.

Em Londrina, onde mais de 900 bancários aderiram a greve, a avaliação está sendo muito boa. “A paralisação está sendo vitoriosa. Toda a região central de Londrina está parada. Esperamos que os bancos percebam que sem proposta melhor, a greve por tempo indeterminado vai acontecer e será uma greve forte”, garante Wanderley Crivellari, secretário geral do Sindicato de Londrina e Região. O Movimento Sindical teve outra vitória em Londrina: o banco Bradesco entrou com o interdito proibitório, porém a Justiça do Trabalho indeferiu prontamente. É o direito do trabalhador sendo respeitado.

Em Umuarama e região, o sucesso da paralisação também é visível: 15 agências paradas. “Estamos muito otimistas com o resultado, pois os trabalhadores estão aderindo em grande número, inclusive dos bancos privados. Todos mostram a insatisfação com a proposta feita pelos bancos”, diz Edilson José Gabriel, presidente do Sindicato de Umuarama e Região.

Se a paralisação de 24 horas não for suficiente para atingir os objetivos perante à Fenaban, nos próximos dias poderá ser decretada greve por tempo indeterminado. Os bancários reivindicam reajuste de 13,23% (5% de aumento real, além da reposição da inflação do período), piso salarial estipulado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos), em torno de R$ 2.074, maior participação nos Lucros e resultados, mais contratações, fim do assédio moral e das metas abusivas, plano de cargos e salários (PCS) para todos os bancos e mais segurança nas agências e arredores.

Em levantamento feito até o 13 horas, 260 agências e vários postos de atendimentos nas bases dos sindicatos dos bancários de Apucarana, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Curitiba, Guarapuava, Londrina, Paranavaí, Toledo, Umuarama e suas respectivas regiões não funcionaram, além de 8 centros administrativos localizados em Curitiba totalizando mais de 11 mil trabalhadores.

Isabela Medeiros –FETEC-CUT/PR

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