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Por 14:08 Sem categoria

Liberdade, Igualdade, Segurança e Dignidade; professoras e professores engajados na Jornada Mundial pelo Trabalho Decente

No próximo dia 10 de outubro, representantes de diversas categorias sairão às ruas por melhores condições de trabalho. A atividade faz parte da jornada Mundial pelo Trabalho Decente convocada pela Confederação Sindical Internacional (CSI), e que tem por bandeiras a luta por liberdade, igualdade, segurança e dignidade para os trabalhadores e trabalhadoras. No Brasil, serão tratados os seguintes eixos: redução da jornada, carteira assinada, respeito à organização sindical, contra o trabalho infantil e escravo, igualdade de direitos para as mulheres e não à discriminação.

Os educadores de todo o País vão participar da Jornada. Razões não faltam. Uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Professores Estaduais do Estado de São Paulo (Apeoesp), em 2007, revelou que 31,4% dos professores estão insatisfeitos com a profissão. Dos 721 ouvidos, 7,9% se disseram muito insatisfeitos. Entre os que gostam do trabalho, o percentual foi de 21,2%. Os dados colhidos durante o congresso anual da categoria mostram o descontentamento em relação à infra-estrutura das escolas. Quase metade (42,7%) considerou as salas de aulas onde trabalham ruins. Para 20,4%, são péssimas e 34,1% responderam que acham as instalações boas. “E um dos aspectos mais graves dessa situação é que ela prejudica os alunos, que são os futuros trabalhadores ou, se não tiverem melhores oportunidades, os futuros desempregados”, diz a presidente Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, conhecedor da pesquisa, concorda que os professores sofrem com as precárias condições no ensino público brasileiro. “Várias são as escolas que têm dificuldades estruturais e poucas são as que apresentam condições ideais de ensino. Vivemos em um cenário de escolas depredadas, sem iluminação e sem segurança – um total abandono por parte do estado. Discutir o trabalho decente é apontar a falta de condições estruturais e físicas.

As longas jornadas e a superlotação também foram citadas. “Professores se vêem vinculados a jornadas estafantes com aulas em 2, 3, 4 ou 5 escolas, isso sem falar na superlotação das classes e nos baixos salários para tanta responsabilidade. É a desvalorização total dos profissionais que se reflete no comportamento desrespeitoso dos alunos”, afirma o educador.

Na avaliação de Leão, a educação pede socorro “foi esse o sentimento que tivemos na mobilização pela implementação do Piso Nacional da Educação no dia 16 de setembro. A educação pública brasileira, apesar dos esforços do governo federal, tem encontrado resistência em grandes estados como Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. Os professores e funcionários sofrem cotidianamente com os baixos salários, condições precárias (estruturais e físicas) e com a violência instaurada no ensino público”, ressaltou.

Por Ana Paula Carrion com informações da Apeoesp.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.cut.org.br.

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