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Diferença de valor de tarifas bancárias chega a 350 porcento, aponta Procon-SP

São Paulo – Um levantamento feito pela Fundação Procon-SP apontou que um cliente pode gastar até 350% a mais para realizar uma mesma operação financeira dependendo do banco do qual ele for correntista.

Uma transferência entre contas de uma mesma instituição, por exemplo, pode custar de R$ 1 na Caixa Econômica Federal e até R$ 4,50 no Banco Real, de acordo com o estudo divulgado hoje (28) pela entidade.

Na pesquisa, foram apuradas as tarifas bancárias de dez instituições, vigentes desde o início deste mês. Os valores constatados também foram comparados com os de tarifas verificadas em um estudo semelhante, realizado pelo Procon-SP no final do mês de abril.

Para o assessor de direção da Procon-SP, Diógenes Donizete, o levantamento permite chegar a duas conclusões: a primeira é que o valor das tarifas manteve-se relativamente estável nos últimos seis meses; a segunda, é que o custo para manter uma conta varia muito de um banco para o outro e, por isso, os clientes devem fazer pesquisas para economizar.

“A economia é de mercado e o valor das tarifas não é tabelado”, afirmou Donizete, em entrevista à Agência Brasil. “O consumidor deve traçar seu perfil, saber o que ele precisa e não precisa, e procurar qual é a instituição mais vantajosa para ele.”

Segundo o Procon-SP, o gasto mensal com o pacote padronizado de serviços constituído conforme definido circulares do Banco Central pode variar 87,33% entre bancos. Na Caixa Econômica Federal, ele custa R$ 15, já no Unibanco, o valor cobrado é R$ 28,10.

O Unibanco, aliás, foi o único banco que aumentou o valor desse tipo de pacote de abril para novembro. O banco, que cobrava R$ 26,50 pelos serviços em abril, aumentou em 6,04% o custo do pacote.

Apesar deste e de outros aumentos, Donizete destacou que a situação está melhor para o consumidor. Ele disse que a padronização da nomenclatura dos serviços cobrados e de alguns pacotes básicos, por imposição do BC, tornaram as cobranças mais transparentes e acirraram a concorrência entre os bancos.

“Se os bancos não aumentaram as tarifas neste momento de crise, parte disso é devido às mudanças promovidas pelo Banco Central”, concluiu o assessor. “Hoje, está mais fácil de o cliente pesquisar e comparar o valor das tarifas e os bancos se preocupam com isso.”

Procurado pela Agência Brasil para comentar a pesquisa, o Unibanco, que apresentou o pacote de serviços mais caro do levantamento, não havia se pronunciado até a publicação desta reportagem.

Por Vinicius Konchinski – Repórter da Agência Brasil.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.inf.br.

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