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Valor: Itaú Unibanco já mira aquisições

Pouco mais de um mês depois de surpreender o mercado com o anúncio da fusão que criou o maior banco do Brasil, o Itaú Unibanco Banco Múltiplo sinalizou que tem apetite para mais.

Em apresentação à Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), realizada ontem, o Itaú Unibanco informou que pode recorrer a novas aquisições para crescer no consignado e no exterior.

A apresentação, a primeira desde que o Itaú e o Unibanco anunciaram, em 3 de novembro a criação do maior banco brasileiro, com ativos de R$ 575,1 bilhões, um dos 20 maiores do mundo em valor de mercado, e 29 º em patrimônio, com R$ 51,7 bilhões, atraiu cerca de 600 analistas e investidores.

O presidente executivo do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, afirmou que o novo banco está disposto a crescer no consignado inclusive por meio de aquisições. Dos dois novos parceiros, o Itaú sempre foi fraco em consignado: entrou com atraso no mercado e não conseguiu espaço. Chegou a tentar comprar o Banco BMG para ganhar espaço. Já o Unibanco sempre foi mais ativo na área e chegou a setembro com uma carteira de R$ 4,3 bilhões, expandindo basicamente as operações próprias (26,6% em doze meses) e reduzido as compras de carteiras (retração de 29,3% em doze meses). “Essa é uma área à qual dedicaremos algum esforço. É um produto em que queremos crescer. Não descartaria alguma aquisição a um preço correto”, afirmou Setubal aos analistas.

O presidente do Itaú Unibanco também afirmou que a esperada expansão internacional do novo banco, que pretende se tornar o primeiro player global brasileiro, se dará igualmente por aquisições. Apenas 5% a 6% dos resultados do novo gigante do mercado vêm das operações internacionais. Elas se originam principalmente em operações de apoio a empresas brasileiras no exterior, com exceção dos negócios na Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, onde o banco possui redes locais, com operações de varejo.

A pretensão é elevar esse percentual. O banco possui, atualmente, R$ 34,858 bilhões em ativos no exterior e R$ 6,6 bilhões em patrimônio.

Mas, a expansão internacional ainda vai levar algum tempo porque só deve deslanchar após a fusão total dos dois bancos, prevista para ocorrer entre dois a três anos. A expectativa é que o Banco Central (BC) aprove a fusão até o fim do primeiro trimestre.

De toda forma, a a integração já começou com a constituição de 19 comitês divididos por áreas: atacado e banco de investimento; tesouraria; pequenas e médias empresas; agências, cartões, crédito ao consumo; asset management; private banking; seguros, previdência e capitalização; pessoas; riscos; controles e jurídico; viabilização societária; tecnologia e TI; marketing; veículos, crédito imobiliário; espaço físico e auditoria. Além disso, foram criados 26 grupos de trabalho para tratar do assunto.

Ainda não há um número para os esperados ganhos de sinergia, mas as boas surpresas estão ocorrendo todo dia, disse o presidente do conselho de administração, Pedro Moreira Salles. A superposição de clientes no private banking é de apenas 7%; no middle market é inferior a 10%; e, no varejo, “muito baixa”. (MCC)

Fonte: Valor Econômico

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