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Faixa de Gaza: proporção de 150 para 1

Faixa de Gaza: proporção de 150 para 1

“Não temos nada contra os habitantes de Gaza, mas estamos comprometidos em uma guerra sem piedade contra o Hamas e seus aliados”, declarou o ministro israelense da Defesa. Desde o início das recentes hostilidades, foram mais de 310 mortos do lado palestino, dos quais 60 civis, e dois do lado israelense (às 12h desta segunda). Dá 150 para 1. Número de mortes não deveriam ser comparadas, pois a dor não é algo mensurável. Mas isso serve para ranquear nossa ignorância e estupidez. Se fosse uma ação violenta da polícia carioca junto a favelas, mesmo as classes mais abastadas – muitas vezes lenientes com a morte dos mais pobres – já teria chamado a situação de chacina ou massacre. Nesse caso, relutamos em falar em banho de sangue.

Podemos chamar de guerra quando um dos lados é tão superior militarmente ao outro, fato que se traduz na contagem de corpos, como no caso dos ataques israelenses? O que significa “não temos nada contra os habitantes de Gaza”? Considerar normal uma taxa de, pelo menos, 20% de “danos colaterais”, ou seja, de morte de civis em confronto? Para não dizer que as Nações Unidas não estão agindo, eles soltam boletins com o número de mortos. Um placar eletrônico.

Bem-vindos a 2009! Que já nasce velho.

Por Leonardo Sakamoto.

ARTIGO COLHIDO NO SÍTIO http://colunistas.ig.com.br/sakamoto/

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Milhares protestam contra ataques de Israel

BEIRUTE – Milhares de pessoas foram às ruas em cidades de todo o Oriente Médio no domingo para denunciar os ataques de Israel contra alvos do Hamas na Faixa de Gaza. Os ataques, iniciados no sábado, já deixaram mais de 280 palestinos mortos.

Do Líbano ao Irã, os adversários de Israel foram às ruas e realizaram manifestações barulhentas. Entre os aliados regionais também havia descontentamento: o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, qualificou a ação como um “crime contra a humanidade”.

O governo sírio, por sua vez, anunciou a suspensão das conversas de paz indiretas com os israelenses, em reação aos ataques. Sob condição de anonimato, um funcionário do governo sírio afirmou que Israel “fecha todas as portas” para um acordo na região.

Vários dos protestos tornaram-se violentos. Em Mossul, no norte do Iraque, um suicida que andava de bicicleta atacou a multidão, de mais de mil pessoas. Uma pessoa foi morta e 16 ficaram feridas.

No Líbano, a polícia lançou gás lacrimogêneo para conter dezenas de manifestantes que tentavam chegar à embaixada do Egito. Alguns jogaram pedras no edifício e não estava claro se havia feridos.

O Egito, que já atuou como mediador entre Israel e os palestinos e entre o Hamas e seu rival Fatah, tem sido criticado por também fechar suas fronteiras com a Faixa de Gaza. O ministro de Relações Exteriores egípcio, Ahmed Aboul Gheit, pediu que o Hamas renove seu cessar-fogo com Israel: “Havia calma e devemos trabalhar para restaurá-la.”

A França também pediu um cessar-fogo e solicitou que os países europeus usem “todo seu peso” para interromper a violência. “Nós entramos em uma nova espiral de desespero”, disse o ministro francês, Bernard Kouchner. “O cessar-fogo precisa ser restaurado ”

Kouchner notou que o ataque ocorre em um momento de “vácuo de poder” em Israel e nos EUA. Os dois países passam por transições – haverá eleições em fevereiro em Israel e em 20 de janeiro Barack Obama assume a presidência norte-americana. “A Europa tem um papel a desempenhar”, afirmou o ministro francês.

Em Beirute, o representante do Hamas Osama Hamdan disse à multidão que o grupo militante não tinha outra alternativa a não ser lutar. Os militantes de Gaza têm lançado dezenas de foguetes e morteiros no sul israelense, após o encerramento de um cessar-fogo de seis meses, há uma semana.

Na capital da vizinha Síria, Damasco, mais de 5 mil pessoas protestaram. Em Amã, na Jordânia, 5 mil advogados marcharam em direção ao Parlamento. Eles pediam a expulsão do embaixador de Israel e o fechamento da embaixada. A embaixada dos EUA na Jordânia advertiu os norte-americanos para que evitem as áreas em que há protestos.

Milhares de egípcios, muitos deles universitários, protestaram em campi do Cairo, de Alexandria e em outras cidades. Eles acusavam o presidente Hosni Mubarak e outros líderes de não fazerem o suficiente para apoiar os palestinos.

O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, também criticou os ataques israelenses. Em Ramallah, na Cisjordânia, houve um violento protesto. Tropas israelenses no local mataram a tiros um manifestante, Arafat Khawaja, de 22 anos. Um médico disse que outro homem ferido a tiros estava em estado grave.

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Brasil condena incursão israelense

BRASÍLIA – O Ministério das Relações Exteriores do Brasil divulgou nota condenando o ataque de Israel à Faixa de Gaza, ação que teve início no sábado. Para o Itamaraty, o ataque é motivo de “apreensão”. “A escalada da violência na região após o fim do cessar-fogo entre Israel e Hamas atinge especialmente a população civil e prejudica os esforços em favor de uma solução negociada e pacífica para o conflito israelo-palestino”, avaliou o governo brasileiro.

O quadro se agravou ontem, com a continuidade dos ataques, apesar do pedido do Conselho de Segurança das Organização das Nações Unidas (ONU) para o fim da violência na região. O pedido foi reinterado pelo Brasil. “O governo brasileiro conclama as partes a se absterem de novos atos de violência”, informou, em nota, o Itamaraty. “O Brasil deplora a reação desproporcional israelense, bem como o lançamento de foguetes contra o sul de Israel”, informou.

Ao prestar solidariedade aos familiares das vítimas, o Ministério das Relações Exteriores reitera que “apenas a moderação e o diálogo construtivo poderão conferir ao processo de paz o impulso necessário para que avanços efetivos sejam alcançados, nos moldes do pactuado na Conferência de Annapolis”.

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Jordânia, aliada dos EUA, condena agressão injustificada

AMÃ – A Jordânia, aliada dos EUA e um dos poucos países árabes que mantêm relações diplomáticas com Israel, protestou contra as operações militares israelenses contra o território palestino de Gaza. “O Ministério das Relações Exteriores convocou ontem o encarregado de negócios de Israel na Jordânia e lhe entregou um memorando em termos vigorosos”, disse a agência estatal de notícias Petra.

“Ele foi requisitado a transmitir a seu governo a forte condenação da Jordânia à agressão injustificada contra Gaza”, diz o comunicado, segundo o qual Amã “rejeita vigorosamente a política israelense de punição coletiva e exige a suspensão imediata dos ataques”.

No Parlamento jordaniano, 30 deputados exigiram a expulsão do embaixador israelense e um deles queimou uma bandeira de Israel. O rei Abdullah II, por sua vez, falou ao telefone com os presidentes do Egito, Hosni Mubarak, e da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, sobre como “lançar uma iniciativa árabe e internacional com o objetivo de dar fim à agressão israelense”, de acordo com um comunicado do palácio real.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.tribunadaimprensa.com.br.

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Israel toma medidas necessárias contra terrorismo, dizem EUA

Israel está tomando as medidas necessárias para responder às ameaças de ataques do Hamas na Faixa de Gaza, informou a Casa Branca nesta segunda-feira.

– Israel está indo atrás dos terroristas que estão lançando foguetes e morteiros em Israel e está tomando as medidas que julga necessárias contra as ameaças de terrorismo – disse o porta-voz da Casa Branca Gordon Johndroe no Texas, onde o presidente George W. Bush passa sua temporada de férias no rancho da família.

Bush conversou com o rei Abdullah, da Jordânia, e afirmou que os Estados Unidos desejam ver o fim da violência em Gaza, mas de forma duradoura, disse Johndroe.

Por Redação, com Reuters – de Crawfor.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.correiodobrasil.com.br.

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