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Lupi diz que empresas não podem usar crise para “dar uma de esperto” e demitir

Brasília – O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse hoje (14) que as empresas não podem usar a crise “para dar uma de esperto”. “Apesar da crise, o saldo [de empregos durante o ano] é muito positivo. Não podemos pegar uma empresa e dizer que ela teve prejuízo em dezembro, mas, e até novembro, esquece? Não é assim a vida, e não podemos aproveitar a crise para, em cima da crise, fazer um jogo de esperto”, afirmou.

Lupi reiterou que as empresas que não derem garantia de que irão manter o emprego dos trabalhadores não terão mais acesso a empréstimos com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

“As liberações de recursos que tínhamos que fazer já foram colocadas. O saldo do FGTS e do FAT estão acima da previsão, por causa da grande empregabilidade que tivemos em 2008. Agora, aqui no Ministério do Trabalho [empréstimos] com recursos do FGTS e do FAT têm que estar amarrados com a garantia dos empregos. Se não tiver, isso eu garanto, não sai mais um centavo”, afirmou Lupi. O ministro reafirmou que um grupo de trabalho dos Conselhos Deliberativos dos dois fundos acompanharão se as empresas que tomaram financiamento com recursos públicos estão ou não realizando contrapartidas sociais.

Esse monitoramento será feito, de acordo com Lupi, por meio do cruzamento dos dados de empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). “Se está recebendo do fundo, como pode estar mandando embora? Para quê serve esse dinheiro público? Nossa intenção, além de ajudar a empresa a passar pela fase de dificuldade, é garantir o emprego do trabalhador”, ressaltou o ministro.

Lupi não descartou a possibilidade de aumento do número de parcelas do seguro-desemprego em setores com altos índices de desemprego. “Poderá acontecer em áreas em que o desemprego for maior. Estamos em um momento em que temos que ter muita tranquilidade. Acho que estamos atravessando o pior momento da crise”, avaliou.

De acordo Lupi, os dados do Caged serão divulgados na próxima segunda-feira (19) e devem vir, nas palavras do ministro, com números bem maiores do que a média do mês de dezembro, que costuma ser de menos de 300 mil postos de trabalho.

Por Ivan Richard – Repórter da Agência Brasil.

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Skaf discorda de Lupi e diz que empresas não foram auxiliadas com recursos públicos

ão Paulo – O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirmou hoje (14) que quer ver a lista de empresas beneficiadas pelo governo com recursos públicos. Skaf se referia a uma afirmação do ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, segundo o qual o governo teria feito sua parte para ajudar as empresas que, no entanto, não estariam cumprindo a promessa de garantir os empregos dos funcionários.

Skaf destacou que o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), reduzindo pelo governo para incentivar a compra de veículos novos, incinde diretamente no preço pago pelo consumidor, e não na carga tributária paga pelas empresas.

“A inciativa do governo de reduzir uma parte desses impostos que são pagos por todo o setor, e considerando que imediatamente essa redução passe para o setor, não se enquadra em uma situação de empresas usando recursos do governo”, ressaltou Skaf, logo após participar de reunião do Conselho Superior Estratégico da Fiesp.

Segundo ele, todos os participantes da reunião consideram que a redução da jornada de trabalho e do salário é a única forma de evitar as demissões nesse período de crise econômica global. “Isso está na lei, já existe essa previsão de reduzir jornada e salário. Nós pusemos um ingrediente novo oferecendo cursos profissionalizantes gratuitos no tempo ocioso dos trabalhadores para que eles possam aproveitar esse tempo para se aprimorar”.

Skaf ressaltou que, com isso, os empresários estão conscientizando a sociedade de que o país vive um momento atípico, especial, que exige coragem para tomar iniciativas e usar instrumentos que a lei já prevê. “Nesse sentido, já houve essa comunicação aos sindicatos patronais e dos trabalhadores e às empresas para que busquem entendimento. O último recurso é demissão. Ninguém quer demitir.”

Ele explicou que os acordos para garantir estabilidade devem ser feitos entre as empresas e os sindicatos. “Claro que, por um tempo determinado em que vá haver redução de jornada e salário, nesse período em que se fizer o acordo, haverá preocupação com a manutenção do emprego. A preocupação é a de que o emprego seja mantido”.

Skaf afirmou que a intenção é minimizar o problema das demissões, que já vêm ocorrendo. “Queremos dar uma saída às empresas para evitar as demissões. Ninguém quer um chefe de família sem trabalho.”

Por Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil.

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BNDES prevê que desembolso chegue a R$ 100 bilhões em 2009

Rio de Janeiro – Os desembolsos de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) devem chegar a R$ 100 bilhões, R$ 10 bilhões a mais do que os desembolsos para este ano. A previsão é do vice-presidente da instituição, Armando Mariante.

Para Mariante, o país tem uma economia sólida e por causa disso vem enfrentando de forma “robusta” a crise financeira internacional e seus efeitos. Segundo ele, isso ocorre porque o país tem “um sistema [financeiro] bem regulado”.

Na avaliação do executivo, a situação do país hoje é bem melhor do que em crises anteriores e que, por isto mesmo, passará pelas turbulências do mercado financeiro internacional de forma mais tranqüila.

“Claro que pagaremos um preço pela crise. É impossível não ser afetado (o país) , mas a situação do país é nesta crise mais robusta e com o sistema bem regulado e vamos passar sem sofrimento desnecessário”, disse.

O vice-presidente do BNDES disse, ainda, que o banco não notou redução nos pedidos de financiamento e a instituição continua com um volume de desembolso considerável desde o agravamento da crise.

Mariante informou que o BNDES também passou a ser procurado por empresas que buscam compensar a retração do crédito em outras instituições, principalmente internacional, em razão do agravamento da situação financeira no mercado externo.

Em sua avaliação, no entanto, a instituição adotou uma postura “pró-ativa” nesse período de turbulência, criando novas linhas de financiamento, como a de pré-embarque para as exportações e a de capital de giro para empresas brasileiras, principalmente do setor de micro e pequenas empresas.

“Entendemos que a hora é de o BNDES socorrer essas empresas, neste momento em que o crédito está mais difícil, mais escasso e mais caro”, disse.

O vice-presidente do BNDES, Armando Mariante, particpou hoje (03/12) do Fórum Nacional de Altos Estudos, no Rio de Janeiro.

Por Nielmar de Oliveira – Repórter da Agência Brasil.

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BNDES lança linha de crédito de R$ 6 bilhões para ajudar pequena empresa a enfrentar crise

Rio de Janeiro – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou hoje (1º) uma linha de crédito para ajudar micro, pequenas e médias empresas a enfrentarem a crise econômica. O anúncio foi feito pelo presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

A linha para capital de giro tem um valor total de R$ 6 bilhões e já deve estar disponível, a partir da próxima semana, na rede bancária. Os juros ao ano vão de 19,15%, para micro, pequenas e médias empresas, a 20,05% para as demais. O valor está bem abaixo do que é praticado no mercado, entre 35% a 45%, segundo Coutinho.

O máximo que uma empresa poderá tomar emprestado é R$ 50 milhões – 20% da receita operacional bruta – e o prazo total para pagar o financiamento é de até 13 meses, com cinco meses de carência.

Segundo o presidente do BNDES, o dinheiro deve ser liberado em até 15 dias, dependendo do histórico da empresa no banco. “O objetivo dessa linha é que ela tenha rápida liberação. Por ser de giro, não será eficaz se demandar três, quatro meses de análise”, disse.

O prazo da linha de crédito se encerra em 30 de junho de 2009. “Esperamos que, ao longo de sete meses, possamos auxiliar a suprir a deficiência de crédito às pequenas e médias empresas”, disse Coutinho. A linha de crédito vai suprir a indústria, o comércio e o setor de serviços.

Coutinho comentou ainda a decisão do Equador de realizar uma auditoria na dívida contraída com o banco. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho disse que ainda não se pode falar em “calote”, pois até o momento o país pagou tudo o que deve ao Brasil.

Por Vladimir Platonow – Repórter da Agência Brasil.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.agenciabrasil.inf.br.

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