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Bancos que pensam em explorar o povo brasileiro; bancos HSBC e SANTANDER, que papelão !

Santander/Real: mobilização para barrar demissões

Em flagrante desrespeito à sociedade, aos trabalhadores e às negociações em curso com o movimento sindical, o Grupo Santander Brasil anunciou, nesta quinta-feira (15), 400 demissões nos centros administrativos do Santander e do Real, atualmente em processo de fusão.

Até o fechamento desta edição, havia informações de que novos cortes estariam sendo efetivados também nesta sexta-feira (16), provocando clima de tensão nos locais de trabalho.

Para a FETEC/CUT-SP, a prática é inaceitável diante de inúmeros fatores. Em primeiro lugar, as demissões nada têm a ver com a crise econômica desencadeada nos EUA, haja vista que a empresa desfruta de perfeita saúde financeira, inclusive no Brasil, cuja participação é de 20% do resultado mundial do grupo e com expectativa de lucrar cerca de US$ 8,5 bilhões nos próximos três anos.

Por outro lado, as agências do grupo enfrentam sérios problemas em decorrência da falta de pessoal, como excesso de serviço, demora no atendimento e filas constantes, acarretando transtornos para funcionários, clientes e usuários. “Demitir nos centros administrativos é inadmissível quando inúmeros bancários já se inscreveram no programa de realocação”, desabafa o diretor da FETEC/CUT-SP, Sérgio Godinho.

Como se não bastasse a perfeita saúde financeira e a falta de funcionários, o Grupo Santander Brasil demite em pleno processo negocial com o movimento sindical. No ano passado, os representantes dos trabalhadores, cientes das consequências de fusões/incorporações de empresas, tomaram a iniciativa de propor alternativas que contemplem também os interesses dos empregados, por meio da criação de vagas e mecanismos para evitar demissões.

Dentre as propostas estão a concessão de licença remunerada pré-aposentadoria e criação de um plano de incentivo à aposentadoria, com extensão do plano de saúde e continuidade do pagamento do vale-alimentação. Reivindicações essas que visam resguardar condições e direitos de inúmeros bancários que estão em vias de se aposentar. O banco, no entanto, retarda definições.

“Trata-se de tamanho desrespeito do Grupo Santander demitir funcionários diante desse quadro”, sintetiza Vagner de Castro, diretor da FETEC/CUT-SP ao destacar a importância de os sindicatos intensificarem as mobilizações. “Independentemente de as demissões estarem ocorrendo nos centros administrativos em São Paulo, a indicação é de realização de atividades na próxima semana em todo o país, inclusive com paralisações e denúncias à população. Precisamos intensificar o movimento como forma de pressionar o banco a rever os cortes e a negociar seriamente com o movimento sindical”, antecipa o dirigente.

Como subsídio, a FETEC/CUT-SP está confeccionando um jornal especial aos clientes para distribuição durante as atividades.

Por Lucimar Cruz Beraldo.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.fetecsp.org.br.

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Fechamento de áreas: Sindicato exige explicações do HSBC

Em reunião com trabalhadores bancários ontem (13/01), o banco HSBC comunicou que os serviços realizados pelo departamento TSU e Centro de Serviços Xaxim serão transferidos para São Paulo.

Estima-se que 180 funcionários que atuavam na unidade serão realocados para o Centro Administrativo Hauer.

O Sindicato procurou o banco para agendar uma reunião com a direção do HSBC. A intenção é de exigir do banco que não sejam realizadas demissões e proteger os trabalhadores bancários fiscalizando as realocações. O Sindicato também já comunicou a decisão do banco para a Contraf/CUT.

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NESTA SEXTA-FEIRA, 16 DE JANEIRO DE 2009, OS TRABALHADORES BANCÁRIOS PARANAENSES FORAM SURPREENDIDOS COM O TOTAL DE 100 (CEM) DEMISSÕES NO BANCO HSBC.

OS TRABALHADORES DISPENSADOS SÃO DE UNIDADES LOTADAS NOS CENTROS ADMINISTRATIVOS KENNEDY E XAXIM.

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Uma política para defender os empregos

Algo está errado nas medidas “anti-crise” adotadas pelo governo Lula. Porque o que vimos foi o dinheiro público ser despejado para salvar empresas, enquanto as demissões se alastram justamente nos ramos ajudados pelo governo.

As montadoras são o sintoma desta contradição. Depois de já terem recebido uma “ajuda” bilionária de crédito através do BB e da Nossa Caixa, as montadoras tiveram um novo impulso do governo federal com a redução do IPI para estimular que os brasileiros fossem às compras. Dito e feito, dezembro de 2008 bateu o recorde de venda de automóveis novos no Brasil. E o Lula comemorou: “Vocês viram que anunciamos na última quinta-feira (11) a redução do IPI e foi o sucesso dos feirões no Brasil inteiro. Queremos que as coisas reduzam ainda mais de preço e que o povo vá às compras” (portal G1 – 16/12/2008).

Porém, na primeira semana de janeiro, começam as demissões. A GM em uma só tacada demitiu 744 em São José dos Campos (SP). A Renault suspendeu o contrato de mil trabalhadores por 5 meses em Curitiba, sem qualquer garantia de recontratação. A Volks anunciou um PDV para os funcionários lesionados em São Bernardo e Taubaté (SP).

O mesmo está acontecendo no sistema financeiro. Apesar de o governo ter reduzido o valor do compulsório e ter liberado milhões para aumentar a liquidez dos bancos no final de 2008, garantindo a lucratividade do setor, as demissões aparecem agora como uma tormenta. A lista de demissões nos bancos já ultrapassa os 5 dígitos desde dezembro de 2008. Somente nesta semana os sindicatos foram surpreendidos com o anúncio da demissão de 400 trabalhadores do Santander em São Paulo e 100 do HSBC em Curitiba.

Ademais, essa política de ajuda “humanitária” aos cofres privados está acompanhada com um aumento pelo Banco Central da taxa de juros do país (Selic) para 13,75%, enquanto todos os países do mundo buscam baixar seus juros para estimular o crédito (no Japão a taxa básica é de 0,3% e nos EUA 1%). Assim, a desculpa de liberar dinheiro do compulsório para estimular o consumo cai por terra. Fica mais provável a tese que os recursos foram usados pelas empresas para concentrar ainda mais, adquirindo carteiras de empresas menores ou financiar fusões.

Mas o problema central é dos empregos. O governo fala em aumentar o seguro desemprego para 12 meses. Porém, mais uma vez, não toca no ponto central do problema: impedir as demissões. Uma medida do governo para coibir as demissões, fazendo que o preço da crise seja pago dos lucros bilionários das empresas e não dos trabalhadores, é um ato de soberania nacional. É possível fazer, só precisa de vontade política!

As direções pelegas dos sindicatos ligados a Força Sindical estão aceitando flexibilizar salários, direitos e até mesmo suspensão de contratos, com a justificativa de defender os empregos. Uma mentira que combinam com os patrões para enganar os trabalhadores que dizem representar, que só legitima as demissões nas empresas. É necessário que, além da manutenção do emprego, o governo intervenha nesses acordos, protegendo os direitos dos trabalhadores.

Essa deve ser a exigência de todo o movimento sindical combativo e de luta para defender o emprego dos trabalhadores.

Por André Machado, que é dirigente sindical e trabalhador bancário no Banco do Brasil.

NOTÍCIA E ARTIGO COLHIDOS NO SÍTIO www.bancariosdecuritiba.org.br.

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