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Professores e servidores de Curitiba param nesta terça-feira (31)

Alguns serviços da Prefeitura de Curitiba, inclusive escolas municipais, ficarão paralisados nesta terça-feira (31). Em campanha por reajuste salarial, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) e o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismmac) farão uma paralisação de 24 horas em protesto contra a não aceitação das reivindicações salariais e de condições de trabalho por parte da prefeitura. As duas entidades pedem um reajuste salarial de 39,52% e exigem mais agilidade nas negociações com o município.

Segundo estimativa do Sismuc, os serviços públicos da área de saúde, educação, assistência social e abastecimento devem ser afetados com a paralisação. A assessoria de imprensa da prefeitura disse que a administração municipal está fazendo o máximo para que a população não sofra com o movimento.

Os servidores municipais vão se concentrar a partir das 8 horas na Praça Santos Andrade, no Centro, e às 10 horas devem realizar uma passeata até a frente da prefeitura, no Centro Cívico. O trânsito na região deve ficar prejudicado com a movimentação durante a manhã.

Negociação
Dentre os pontos exigidos pelos sindicatos está o reajuste salarial com a recuperação das perdas acumuladas em 10 anos, que chega a 14,6%. A prefeitura, por outro lado, oferece 6,25% da inflação mais 0,25% de reajuste. Os sindicatos pedem também aproximadamente 15% por valorização profissional. O Sismuc questiona os aumentos concedidos aos cargos de comissão que, segundo o sindicato, foram de 24% nos últimos dois anos. No mesmo período, os servidores tiveram 11% de reajuste. O corte de cargos comissionados é uma das opções cobradas pelo Sismuc para acabar com essa diferenciação na hora de conceder os aumentos salariais.

“A insatisfação dos servidores com a política salarial da prefeitura é muito grande. Os trabalhadores estão indignados”, afirmou Irene Rodrigues dos Santos, presidente do Sismuc. Outra reclamação é quanto ao auxílio alimentação oferecido pelo município, que é de R$ 6. “Existe uma linha de corte de R$ 800, quem tem o salário acima desse valor não recebe o auxílio”, disse Irene.

A sindicalista acredita que profissionais da área da Saúde, Educação, Meio Ambiente, Assistência Social, Abastecimento (funcionários que cuidam dos Armazéns da Família) e da Guarda Municipal vão aderir à paralisação. “O indicativo é de 80% de adesão, pelo levantamento que fizemos na tarde desta segunda-feira, mas a política da prefeitura é muito cruel. Se o funcionário tiver uma falta no mês, a redução salarial pode chegar até 50%. É essa política de remuneração variável que estamos questionando”, afirmou.

A prefeitura diz acreditar no bom senso dos servidores para que o atendimento seja normal, principalmente em serviços essenciais, como saúde e educação. Pela avaliação feita pelo Sismmac, entretanto, várias escolas, da 1.ª a 9.ª série do ensino fundamental, devem paralisar as atividades nesta terça-feira (31). O sindicato não consegue prever as escolas e as séries que serão atingidas pelo movimento. Somente na terça-feira será possível um balanço, quando o movimento for deflagrado.

Além do reajuste salarial, os professores pedem melhores condições de trabalho, como a diminuição de alunos em sala da aula, a implantação do piso salarial nacional da categoria e a ampliação da hora-atividade (tempo fora de sala de aula para o professor desenvolver outras atividades, como correção de provas) para 33% da carga horária total.

No final da tarde de terça-feira a categoria vai realizar uma assembleia para discutir a paralisação. “A possibilidade de greve não está descartada”, definiu a presidente do Sismuc.

Passeata e reunião
Os servidores municipais vão seguir em passeata, a partir das 10 horas, para a Prefeitura de Curitiba. Uma reunião foi marcada para as 14 horas. “Gostaríamos da presença do prefeito (Beto Richa – PSDB) que até agora não apareceu para negociar conosco”, disse a presidente do Sismuc. A assessoria da prefeitura confirmou que os servidores serão atendidos na tarde de terça-feira, mas não há a confirmação de quem vai receber a comitiva dos trabalhadores.

Segundo a prefeitura, existe uma agenda de negociação em curso com os servidores, mas a questão salarial não pode desrespeitar o orçamento municipal. A assessoria da prefeitura afirmou que desde 2005 os servidores recebem reajustes anuais, pagos em parcelas únicas sempre acima da inflação. Esse será o quinto aumento, de 6,25%.

Fonte: Escrito por Gazeta do Povo

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