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Bancários do Santander e Real realizam dia nacional de luta e exigem mais PLR

Os trabalhadores do Santander e Real promovem nesta quinta-feira, 30 de abril, um dia nacional de luta, como forma de pressionar o banco espanhol a melhorar a PLR e suspender as demissões. A atividade foi apontada na última sexta-feira, dia 25, durante reunião da Contraf-CUT em conjunto com sindicatos e federações de todo o País.

Melhoria da PLR

“Vamos fazer protestos em todo País e mostrar a indignação dos trabalhadores diante do balanço publicado de 2008, que frustrou a expectativa gerada pelo presidente mundial do Santander, Emilio Botin, quando alardeou, no dia 31 de outubro, que o lucro no Brasil seria de R$ 4,8 bilhões”, adianta o funcionário do Santander e secretário da Imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr.

O lucro oficial foi de R$ 2,759 bilhões, uma brusca involução nos últimos dois meses do ano passado em torno de R$ 2 bilhões. Na prática, um banco mais um banco ficou igual a um, pois o balanço derreteu um banco. “Exigimos a melhoria da PLR”, cobra Ademir.

Bônus milionários para executivos

“Enquanto funcionários sofrem assédio moral para bater metas abusivas e receberam apenas a regra básica da PLR, o banco pagou bônus milionários para executivos”, denuncia o coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, Mário Raia. Há casos de superintendentes e diretores que chegaram a ganhar prêmios de R$ 1,6 milhão.

Nesta quarta-feira, o banco divulgou os números do primeiro trimestre de 2009, com lucro líquido de R$ 419 milhões. Houve nova amortização do ágio da compra do Real e do ABN Amro Brasil Dois Participações, desta vez de R$ 447 milhões, maior que o resultado no período. No balanço de 2008, o banco descontou R$ 571 milhões.

O surpreendente ágio é de R$ 26,3 bilhões e poderá ser abatido em até dez anos, o que significa uma média anual de R$ 2,6 bilhões. “Quem perde com o impacto do ágio são os bancários, pois diminui a PLR para aqueles que produzem os lucros do banco”.

Defesa dos empregos

“Também vamos protestar contra o descaso do Santander em relação aos empregos e direitos dos trabalhadores brasileiros. Cerca de mil funcionários foram dispensados no primeiro trimestre deste ano”, denuncia o funcionário do Santander e secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. “O banco devia ter aguardado o efeito das alternativas que construímos, como o centro de realocação profissional e os incentivos à aposentadoria como forma de abrir vagas para evitar demissões”, lamenta o dirigente sindical.

Extinção do Real

A mobilização desta quinta-feira ocorre na véspera do 1º de maio, dia do trabalhador, quando também serão realizadas duas assembleias de acionistas do Banco Santander (Brasil) S.A. (nova denominação do Banco Santander S.A. em fase de homologação pelo Banco Central), na Rua Amador Bueno, 474, na capital paulista.

A destinação do lucro de 2008, a distribuição de dividendos e a fixação da remuneração global dos administradores constam entre os itens de pauta da primeira assembleia, às 13h, conforme o edital de convocação. “Aprovar a incorporação do Banco Real pelo Banco Santander, com a conseqüente extinção do Banco Real” é um dos pontos da segunda, às 15h.

“Diante da extinção do Real, vamos intensificar a luta pela manutenção dos empregos e direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras no processo de incorporação”, afirma a funcionária do Real e secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Deise Recoaro.

Adesões ao “pijama”

Termina nesta quinta-feira o prazo de adesão à licença remunerada pré-aposentadoria, o “pijama”, previsto nos aditivos à convenção coletiva conquistados junto ao Santander e ao Real aos bancários que já reúnem os requisitos mínimos necessários para o uso do “pijama”.

A partir do dia 1º de maio e até o dia 30 de março de 2010, quem preencher essas condições deverá fazer a adesão no prazo de até 15 dias.

Nas negociações dos aditivos, o banco se recusou a aceitar estabilidades que superem os requisitos mínimos do INSS para aposentadoria. Dessa forma, os sindicatos devem observar os termos previstos nos aditivos e, ao mesmo tempo, reivindicam um aditamento para garantir o respeito às demais estabilidades para adesão ao “pijama”.

Comitê Trabalhista

Encerra nesta quinta-feira, dia 30, o prazo de envio de sugestões para a pauta de reivindicações, a ser remetida ao Santander e ao Real para as reuniões dos Comitês de Relações Trabalhistas, que deverão ser agendadas com os dois bancos para a primeira quinzena de maio. As propostas devem ser enviadas pelos sindicatos e federações aos coordenadores das Comissões de Organização dos Empregados (COEs) e à Contraf-CUT.

Fonte: Contraf-CUT

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