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País reduziu pobreza e desigualdade mesmo durante a crise

Comunicado da Presidência do Ipea revela que, mesmo em meio à instabilidade, houve melhora histórica nos indicadores

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresentou nesta terça-feira, 4 de agosto, o Comunicado da Presidência nº 25, Desigualdade e Pobreza no Brasil Metropolitano Durante a Crise Internacional: Primeiros Resultados. O estudo revela que, ao contrário de outros períodos de grave manifestação de crise econômica no Brasil (1982-1983, 1989-1990 e 1998-1999), que causaram mais pobreza nas regiões metropolitanas, desta vez houve diminuição do empobrecimento no país desde o último trimestre de 2008. A melhora é considerada histórica.

O Comunicado da Presidência foi divulgado às 14h, na sede do Ipea (SBS, Qd. 1, Ed. BNDES), pelo presidente do Instituto, Marcio Pochmann. Houve transmissão on-line pelo site www.ipea.gov.br, e jornalistas interessados em fazer comentários ou perguntas puderam participar pelo e-mail coletiva@ipea.gov.br.

Em junho, o índice de Gini alcançou nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil seu menor patamar (0,493), em conformidade com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é usado para medir desigualdade e varia de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, mais desigual é a sociedade). As regiões analisadas foram as de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

Entre dezembro de 2002 (considerado o mês de mais alta medida de desigualdade no país) e junho de 2009, o índice caiu 9,5%. Desde janeiro deste ano, a queda foi de 4,1% – a mais alta desde 2002, quando o IBGE introduziu nova metodologia à PME. De acordo com o Comunicado da Presidência, a redução do índice de Gini “pode estar relacionada tanto à perda de valor real das maiores rendas do trabalho como à proteção do conjunto dos rendimentos na base da pirâmide ocupacional nas regiões metropolitanas”.

Pochmann mencionou alguns fatos que explicam essa diminuição da desigualdade no país. “De um lado, a crise se manifestou de forma mais concentrada no setor industrial, que geralmente paga os melhores salários. De outro lado, temos a proteção da renda na base da pirâmide social brasileira, com aumento do salário mínimo e políticas de transferência de renda previdenciárias e assistenciais”, afirmou o presidente do Ipea. No entanto, ele acrescentou que a melhora continua sendo insuficiente. “Um índice de Gini acima de 0,4 ainda representaria péssima distribuição de renda. Há uma tendência de queda, mas ainda estamos longe de chegar a algo comparável a países mais avançados.”

O estudo também destaca a redução na taxa de pobreza nas regiões metropolitanas e conclui que a velocidade de queda foi diferente em cada uma: São Paulo, Salvador e Recife tiveram desempenho pior que Belo Horizonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Entre março de 2002 e junho de 2009, a taxa de pobreza caiu 26,8% nessas regiões metropolitanas, passando de 42,5% para 31,1%. Em termos absolutos, nesse período de pouco mais de sete anos, 4 milhões de brasileiros deixaram de ser pobres.

Leia a íntegra do Comunicado da Presidência nº 25, acessando o endereço eletrônico http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/comunicado_presidencia/comunicado_da_presidencia_n25_2.pdf

Confira os gráficos referentes ao Comunicado nº 25, acessando o endereço eletrônico http://www.ipea.gov.br/sites/000/2/comunicado_presidencia/GrafComuniPresi_n25.pdf

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.ipea.gov.br.

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Brasil reduz desigualdade de renda e índice de pobreza, aponta Ipea

A desigualdade de renda no Brasil caiu para seu nível mais baixo nas seis principais regiões metropolitanas do País e o número de pessoas pobres nessas cidades foi reduzido praticamente em 27% desde 2002 – o que, em termos absolutos, isso significa que 4 milhões de brasileiros saíram da condição de pobreza entre março de 2002 e junho deste ano: de 18,5 milhões de pessoas em março de 2002 para 14,5 milhões em junho de 2009.

Relatório Ipea

Os resultados foram revelados nesta terça-feira (4) no Comunicado da Presidência nº 25, Desigualdade e Pobreza no Brasil Metropolitano Durante a Crise Internacional: Primeiros Resultados, elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

No texto, o Ipea apontou que, na análise da redução da pobreza desde março de 2002 até junho de 2009, é possível notar uma tendência de queda da pobreza em todas as seis maiores regiões metropolitanas do País: Recife (PE); Salvador (BA); Belo Horizonte (MG); Rio de Janeiro (RJ); São Paulo (SP); e Porto Alegre (RS).

O documento destacou que por causa da crise internacional iniciada em outubro de 2008 o País interrompeu bruscamente o curso do crescimento da produção acompanhado simultaneamente pela redução do desemprego aberto. Para combater os efeitos negativos, o governo implementou um conjunto de medidas anticíclicas, entre desoneração fiscal, redução na taxa de juros; aumento do crédito público e do salário mínimo e ampliação de programas de garantia de renda.

Desigualdade – A queda da desigualdade foi outro dado importante revelado pelo Ipea . Pela pesquisa, o índice de Gini de junho de 2009 alcançou o seu menor patamar (0,493) nas seis principais regiões metropolitanas. Além disso, entre janeiro e junho de 2009, o índice caiu 4,1%, a mais alta queda registrada desde o ano de 2002. O índice Gini é usado para medir desigualdade e varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, mais desigual é a sociedade.

De março de 2002 (0,534) até junho de 2009, o índice Gini caiu 7,6%. Se for considerado o mês de mais alta medida de desigualdade, que foi dezembro de 2002 (0,545), a queda do índice de Gini até junho de 2009 chega a 9,5%.

O presidente do Ipea, Márcio Pochmann, afirmou que alguns fatos explicam essa diminuição da desigualdade no País. “De um lado, a crise se manifestou de forma mais concentrada no setor industrial, que geralmente paga os melhores salários. De outro lado, temos a proteção da renda na base da pirâmide social brasileira, com aumento do salário mínimo e políticas de transferência de renda previdenciárias e assistenciais”, disse.

Na avaliação do deputado Jilmar Tatto (PT-SP), os resultados refletem a política acertada de investimentos no governo Lula. “Investimentos nas áreas de população mais pobre, investimentos no Bolsa Família, investimentos com o aumento real do salário mínimo e uma política de desenvolvimento com geração de empregos. Esse conjunto mostra que o Brasil está no rumo certo”, afirmou.

Por Gabriela Mascarenhas.

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Crise não afetou continuidade da redução da pobreza

A contaminação da economia brasileira pela crise internacional, no último trimestre de 2008, impôs queda no nível de atividade produtiva, mas não interrompeu as trajetórias de redução da desigualdade e da pobreza durante a crise. A informação consta do documento divulgado nesta terça-feira (4) pelo Ipea.

Pelo texto, quando se compara a média da desigualdade nos períodos de outubro de 2007 a junho de 2008, e de outubro de 2008 a junho de 2009, o índice de Gini (que mede a desigualdade) a apresenta queda de 0,4%.

A pesquisa também apresentou a evolução do número de pessoas pobres no conjunto das seis principais regiões metropolitanas do país antes e durante a crise. Entre outubro2007/junho2008 e outubro2008/junho2009, 503 mil pessoas saíram da condição de pobreza. Deste total, quase 63% localizavam-se na região metropolitana de São Paulo.

O deputado Jilmar Tatto (PT-SP) avaliou que os resultados apresentados pelo estudo refletem a política acertada de investimentos no governo Lula. “Investimentos nas áreas de população mais pobre, investimentos no Bolsa Família, investimentos com o aumento real do salário mínimo e uma política de desenvolvimento com geração de empregos. Esse conjunto mostra que o Brasil está no rumo certo, mesmo em um ambiente de crise”, disse.

Segundo avaliação do deputado Zezéu Ribeiro (PT-BA), o governo conseguiu, ao longo dos anos, montar uma base sólida de mercado interno que resistiu à crise. “É uma rede de assistência social formada com o benefício de ação continuada, com o Bolsa Família, que perfazem quase 90% da arrecadação e circulação de recursos de mais de três mil municípios”, disse. “E, como houve um incremento significativo por parte do governo nesses recursos, também se promoveu uma mobilidade social que levou cerca de 20 milhões de brasileiros das classes D e E para a classe C. Formou-se uma base de impermeabilidade da economia”, acrescentou.

Por Gabriela Marcarenhas.

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