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Por 13:48 Sem categoria

OS BANCOS ABUSAM: Banco do Brasil revolta trabalhadores bancários ao se recusar a renegociar prazo de remoção

O Banco do Brasil vem se superando na desmotivação de seus profissionais. Depois de todo o processo de reestruturação que implantou a fatídica lateralidade, aumentou a trava tanto para remoção quanto para concorrências.

Além de tomar a medida unilateralmente, o banco se recusou a discutir a questão na reunião de negociação da pauta específica realizada dia 24 de agosto, no Rio de Janeiro. “A categoria reivindica a criação de um modelo de transição. Esse é um tema que afetou a vida e o planejamento de grande número de colegas e, por isso, vamos retomar essa questão”, afirma Eduardo Araújo, secretário jurídico do Sindicato dos Bancários de Brasília e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

“Os bancários estão simplesmente indignados e muitos aprovados no concurso de 2006 não querem mais assumir por causa da trava que impossibilita a remoção e a ascensão profissional por dois anos”, conta Rafael Zanon, diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília.

O aumento do período de permanência não vale só para os funcionários que entraram no BB após a divulgação do aumento do período da trava, em julho deste ano. A medida atinge a todos os bancários, mesmo os que já estavam acabando de cumprir o antigo período mínimo de permanência no posto. “A trava é uma medida administrativa, mas a maneira que ela foi colocada revolta. Se os bancários tivessem uma remuneração adequada certamente ficariam mais tempo nas agências”, ressalta Eduardo Araújo.

A medida esta afetando funcionários em todo o Brasil. Um bancário que voltaria para sua cidade-natal, após o período da trava, foi pego de surpresa com as novas regras. Faltavam apenas cinco dias para que a trava de um ano fosse encerrada. “Trabalho no Banco do Brasil e era gerente de contas quando resolvi mudar para uma cidade distante de onde minha família vive. Pretendia ficar lá apenas um ano e depois voltar para minha terra. Fiz isso porque a movimentação lateral é mais fácil do que uma ascensão no Banco do Brasil. Assim, segundo as regras antigas, estaria destravado em julho. Já havia feito algumas entrevistas e conseguido uma vaga. Acontece que, sem mais nem menos, o banco mudou as regras quando faltavam cinco dias para encerrar minha trava. Quando pedi transferência fiz planos para ficar apenas um ano. Agora terei que ficar por dois. Isso é injusto!”, relata o bancário indignado com a situação.

Faltava um mês para acabar a trava de uma bancária do Rio de Janeiro. Ela havia conseguido uma bolsa de estudos para cursar mestrado na Europa e pretendia tirar férias e abonos a que tinha direito no fim de agosto, mesmo período que devia estar no exterior. O aumento da trava, em julho, estragou os planos dela e a bancária teve escolher entre continuar no Banco do Brasil e estudar no exterior. Ela escolheu a Europa e pediu demissão do banco há duas semanas. O banco perdeu uma profissional que voltaria mais qualificada.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.bancariosdf.com.br.

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