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Por 21:58 Sem categoria

No Paraná, aumenta adesão à greve dos trabalhadores bancários no sexto dia útil do movimento

No sexto dia útil da greve dos trabalhadores bancários (a greve começou no dia 24/09 na maioria da bases sindicais), enquanto aguardam os resultados da reunião do Comando Nacional com a FENABAN, 510 agências ficaram fechadas no estado na base dos sindicatos filiados a FETEC-CUT-PR.

Esse é um número comemorado pelo movimento por mostrar como vem sendo feita a adesão, com quase o dobro de agências fechadas desde o primeiro dia. “O balanço não poderia ser mais positivo, já que as 273 agências fechadas no primeiro dia representam o dobro do primeiro dia de greve do ano passado e agora chegamos a esta impressionante marca de 510 unidades nas dez bases sindicais”, diz Elias Hennemann Jordão, presidente da FETEC-CUT-PR.

No total, foram 22 agências fechadas em Apucarana e região, 25 em Arapoti e região, 18 em Campo Mourão e região, 24 em Cornélio Procópio e região, 260 em Curitiba e região, 23 em Guarapuava e região, 50 em Londrina e região, 21 em Paranavaí e região, 16 em Toledo e região e 51 agências fechadas em Umuarama e região. Isto sem contar os centros administrativos de Curitiba e São José dos Pinhais.

Interditos – “É muito bom ver a greve crescendo no Paraná, mesmo com a chuva, o frio e todos esses interditos”, diz Elias, se referindo ao perverso mecanismo ‘legal’ dos banqueiros para manter suas agências abertas. Essa modalidade é usada, normalmente, para impedir que uma pessoa ou grupo tomem posse de um imóvel. O que, definitivamente, não é o caso dos dirigentes sindicais.

Nova Proposta – Todos os bancários esperam ansiosos que a greve sensibilize a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) a fazer uma nova proposta. Até o final desta quinta-feira não havia sinal da nova proposta dos banqueiros. Por isso os trabalhadores bancários seguem na luta para fazer valer seus direitos legítimos.

No último dia 17/09, a Fenaban apresentou um índice de 4,5%, ou seja, apenas a reposição da inflação. Além disso, a proposta de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) apresentada é inferior à vigente, fruto da Campanha Nacional dos Bancários de 2008. Diante da alta lucratividade de 20 bilhões de reais apurados pelo Banco Central, apenas no primeiro semestre deste ano, os bancários esperam que a federação patronal melhore significativamente suas propostas para a categoria, dando fim a greve.

Nacional – Todas as assembleias de bancários realizadas nas capitais e no Distrito Federal, e na grande maioria das bases sindicais do interior, rejeitaram a proposta rebaixada apresentada pela Fenaban e deflagraram a greve por tempo indeterminado. Resta a esperança para que a proposta dos banqueiros seja condizente com os lucros apresentados nos últimos tempos.

Luiz Gustavo Vilela – Jornalista
FETEC-CUT-PR

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