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Banco Santander coloca em risco trabalhadores bancários e clientes no Brasil

Santander coloca em risco bancários e clientes

Trabalhadores denunciam a presença de “seguranças” à paisana para tentar inibir funcionários em greve

São Paulo – Por favor, o senhor é vigilante?
– Sim.
– De qual empresa?
– De nenhuma, sou autônomo. Sabe como é. Tem greves e greve. E tem greve que tem baderneiro.

O diálogo ocorreu entre uma bancária do Santander e um rapaz que estava dentro de uma agência do banco na região central da cidade nesta quinta 1º de outubro.

A trabalhadora, que estava na Comissão de Esclarecimento, estranhou o número de pessoas excessivo na entrada principal e questionou a chefia da segurança para saber quem eles eram, quando foi informada que eram vigilantes de uma empresa contratada pelo Santander.

“Essas pessoas estavam à paisana, o que nos causou estranheza e preocupação. Não estavam uniformizadas e não tinham identificação. Ou seja, o banco contratou pessoas que não sabemos se são preparadas para lidar com as situações que acontecem no movimento grevista e que podem colocar em risco a segurança de bancários e clientes”, diz a bancária.

Baixaria – Desde o início da greve o Santander tem sido um dos bancos que mais tem utilizado todas as formas para tentar reprimir o movimento. A baixaria teve seu ponto alto na quarta-feira 30 com a prisão da diretora do Sindicato Maria Rosani em frente a uma agência do Real na Rua Boa Vista. A dirigente foi liberada logo depois.

Toda essa truculência praticada pelo banco contradiz tudo o que o presidente mundial do Santander, Emilio Botin, em carta enviada ao Sindicato, se comprometeu a resolver por meio do diálogo os problemas dos trabalhadores brasileiros.

Por Redação – 01/10/2009.

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Bancários do Santander Real Boa Vista mantêm greve

Apesar da violência da PM e da truculência do Santander, os funcionários continuam parados

São Paulo – Um dia depois de ser palco da violência promovida pela Polícia Militar (PM) e pelo banco Santander contra a greve dos bancários, a agência do Real da rua Boa Vista amanheceu fechada na quinta 1º de outubro.

Logo no início da manhã, o gerente da agência, que no dia anterior ameaçava de demissão os funcionários que estavam parados, hasteou a bandeira branca e afirmou que não iria arrumar qualquer confusão com os bancários. Os gestores também ficaram constrangidos e prometeram parar de pressionar os funcionários para que voltem ao trabalho.

O conflito entre os bancários e policiais ocorreu na quarta-feira 30, quando o banco chamou a PM para reprimir uma manifestação pacífica dos trabalhadores. A situação se agravou quando o advogado do Santander forçou a entrada dos bancários que faziam a greve. Toda essa confusão poderia ter terminado sem problemas, não fosse a truculência da Polícia Militar, que agrediu dirigentes sindicais com cassetetes e gás de pimenta.

Repúdio – O Sindicato está recebendo uma série de e-mails de repúdio à violência sofrida pelos bancários da agência Boa Vista do Santander Real. Além da solidariedade, as mensagens também dão apoio à greve dos bancários.

“Achei um absurdo a ação do tenente Dmytraczenko e de seu colega na porta do banco Real. O que vemos foi uma ação covarde, injustificada, racista (pois vemos um companheiro negro ser agredido) e arbitrária de um sujeito desequilibrado, que se mune da autoridade da farda para praticar atrocidades. Chamo a atenção do Sindicato para que se respeite o policial militar, mas não meça esforços para que ele sofra punições”, diz um bancário.

Uma funcionária do Santander reclama que o banco é “antipático” por não respeitar o Código de Defesa do Consumidor. “Passam por cima de normas, não se importam se a imagem é negativa e estão pouco se lixando para os direitos dos trabalhadores”, comenta. Ela diz que os gestores são “desumanos” e que o nome do banco deveria ser “Satãnder”. “Acho que combina mais com o perfil psicológico criminoso de quem ocupa a alta gestão deste banco e ordena que a Polícia Militar agrida pessoas em pleno Centro de São Paulo”, completa.

A ação do tenente Dmytraczenko revoltou outros bancários. “Mais uma vez a nossa super PM mostra que só sabe agir com truculência contra cidadãos indefesos. Esse tenente com nome russo é uma comédia, tendo a patente que tem deveria conhecer pelo menos alguns direitos, entre eles o direito de greve. Parabéns aos colegas bancários que mais uma vez provaram a costumeira fibra e determinação”.

Um bancário do Santander enviou mensagem apoiando a diretora do Sindicato Maria Rosani, que foi agredida e levada pela polícia para a delegacia. “Parabéns pelo seu desempenho na greve deste ano, não se deixando intimidar pela força da PM. É isso aí, companheira, contamos com você nesta nossa luta. Parabéns e nunca esmoreça, pois contamos com a força do nosso Sindicato.”

Por Redação – 01/10/2009.

NOTÍCIAS COLHIDAS NO SÍTIO www.spbancarios.com.br.

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Sindicatos de outros países repudiam prática antissindical do Santander no Brasil

As práticas antissindicais do Santander contra os bancários no Brasil estão começando a ganhar repercussão internacional. Entre outras coisas, o banco está abusando da força policial (em muitos casos com violência contra grevistas) e fazendo ameaças de retaliação aos trabalhadores que aderem à greve legal aprovada por unanimidade em assembleia.

O Sindicato dos Bancários de São Paulo já recebeu apoio da Associación de Bancarios del Uruguay (AEBU) e do Centro de Profesionales de Empresas de Telecomunicaciones de la Republica Argentina (Cepetel). As entidades assinaram e encaminharam para os presidentes do Grupo Santander, Emilio Botín, e do Grupo Santander Brasil, Fabio Barbosa, cartas de repúdio “à prática antissindical imposta pelo Grupo Santander Brasil contra os trabalhadores brasileiros para reprimir a greve nacional”.

O texto lembra da reunião secreta ocorrida dias antes da greve entre a direção dos principais bancos e o comando da Polícia Militar, quando os bancos solicitaram repressão aos bancários. “É inadmissível que um banco de caráter internacional utilize a força policial para impedir a livre manifestação dos trabalhadores.” A carta lembra também o uso indiscriminado e indevido do interdito proibitório.

A mensagem termina exigindo do Santander a revisão da sua postura. “Esta nota é um ato de apoio aos bancários em luta, de forma que tenham seus direitos respeitados, com a livre manifestação e integridade física garantidas.”

“Esse tipo de manifestação, além de mostrar ao mundo o tipo de política adotada pelo banco espanhol no Brasil, é resultado da união internacional cada vez maior entre os trabalhadores, o que é essencial para reforçar a luta quando tratamos com empresas que atuam em diversos países, como é o caso do Santander”, afirma a diretora do Sindicato, Rita Berlofa.

Leia a íntegra do apoio da AEBU:

Montevideo, 1° de octubre de 2009.

Don Emilio Botín
Presidente del
Grupo Santander

Los trabajadores bancarios afiliados a la Asociación de Bancarios del Uruguay (AEBU), venimos por medio de esta, a expresar su repudio a la práctica anti sindical impuesta por el Grupo Santander Brasil contra los trabajadores brasileños para reprimir la huelga nacional por reclamos salariales.

Es inadmisible que un banco de carácter internacional utilice la fuerza policial para impedir la libre manifestación de los trabajadores, que se utilice de forma desvirtuada el interdicto prohibitorio ( instrumento jurídico que garantiza el derecho a la propiedad) para reprimir el derecho de huelga de los trabajadores. También es inaceptable que la Federación de Bancos (Fenaban), que tiene a su frente al presidente del Banco español en Brasil, Fabio Barbosa, se reúna con el comando de la policía militar, antes mismo que la paralización fuese declarada para tratar acciones conjuntas frente al movimiento huelguista.

Hacemos cuestión de reforzar estas denuncias de forma de definirlas como prácticas anti sindicales y exigir del Grupo Santander Brasil que esa postura sea inmediatamente revisada y descartada en el banco. Esta nota es un acto de apoyo a los bancarios brasileños en lucha, de forma que tengan sus derechos respetados, con la libre manifestación e integridad física garantizados.

Seguros de su comprensión, saludan atentamente.

ASOCIACION DE BANCARIOS DEL URUGUAY
Consejo Central

Fernando Gambera
Secretario General

Gustavo Péres
Presidente

Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

NOTÍCIA COLHIDA O SÍTIO www.contrafcut.org.br.

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