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Por 23:19 Sem categoria

Ampliação do crédito na CAIXA precisa ser acompanhada de mais contratações de trabalhadores bancários

O Tesouro Nacional irá injetar R$ 6 bilhões na Caixa Econômica Federal. Com isso, o banco poderá ampliar em até R$ 70 bilhões sua oferta de financiamento e manter a trajetória de ampliação do volume de empréstimos. Para a Contraf-CUT, a notícia é positiva, mas deve vir acompanhada da contratação de novos trabalhadores para não aumentar a sobrecarga de trabalho atual nem prejudicar as condições de atendimento ao público.

“Os empregados da Caixa já estão sobrecarregados com o aumento das atribuições do banco nos últimos anos, que se tornou o principal operador de muitas das políticas sociais do governo, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida”, avalia Plínio Pavão, secretário de Saúde da Contraf-CUT e membro da Comissão Executiva dos Empregados do banco. “A Caixa precisa melhorar as condições de trabalho dos bancários com novas contratações, além manter condições mínimas de atendimento, em respeito ao público”, sustenta.

Em declarações à agência Reuters, o vice-presidente de controle e risco do banco, Marcos Roberto Vasconcelos, explicou que o aporte do governo federal foi decidido por conta do ritmo forte de expansão do crédito pela Caixa. O aporte visa garantir que o banco se mantenha dentro dos limites impostos pelo Banco Central, que define que, para cada 100 reais emprestados, os bancos devem ter capital mínimo de 11. No caso da Caixa, esse índice caiu de um número próximo de 30 no ano passado para 16, uma vez que a proteção de capital não evoluiu na mesma velocidade que a carteira de crédito, que cresceu 60% no período de 12 meses encerrado em agosto.

“A preocupação do banco e do governo federal com a segurança dos empréstimos é louvável, bem como a disposição em continuar aumentando o volume de crédito disponível para a sociedade, especialmente no crédito imobiliário. Esse mesmo tipo de preocupação precisa pautar a contratação de novos trabalhadores, melhorando as condições de trabalho e saúde dos bancários e garantindo que essa importante política pública possa ser efetivada da melhor maneira possível”, afirma Plínio.

Proposta insuficiente

A contratação de novos empregados é uma das reivindicações dos bancários nas negociações específicas com a Caixa. Até o momento, o banco anunciou que contratará 3 mil novos empregados em 2010, número considerado pequeno pelos representantes dos trabalhadores. Como comparação, o Banco do Brasil anunciou a contratação de 10 mil funcionários, sendo metade em 2010 e a outra em 2011.

Na última rodada de negociação, ocorrida nesta terça-feira, dia 13, a empresa apresentou um novo modelo ara a PLR e manteve as propostas apresentadas em negociações anteriores, como eleição de todos os cipeiros, criação de comitês de combate ao assédio moral, e abertura de negociação sobre o Saúde Caixa, entre outras. O Comando Nacional dos Bancários considerou a proposta insuficiente e recomenda a manutenção da greve nacional dos empregados do banco.

“A defesa do papel social da Caixa não pode prescindir de condições dignas de trabalho para seus empregados”, afirma Plínio.

Fonte: Contraf-CUT, com Reuters.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.contrafcut.org.br.

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Caixa terá mais recursos para casa própria no próximo ano

Injeção de R$ 6 bilhões na Caixa garantirá empréstimos até 2011, diz secretário

Brasília – A injeção de R$ 6 bilhões na Caixa Econômica Federal ocorreu pela necessidade de garantir o aumento do volume de crédito previsto para o próximo ano, informou, há pouco, o secretário adjunto do Tesouro Nacional, Marcus Aucélio. Segundo ele, sem o reforço no capital, a Caixa correria o risco de operar abaixo do limite de segurança para conceder empréstimos.

Atualmente, para cada R$ 100 de crédito concedido pela Caixa, a instituição tem R$ 16 de capital. Pelas regras bancárias, que têm como objetivo evitar o risco de que uma instituição quebre, o limite é de R$ 11.

De acordo com Aucélio, se aumentasse o volume de crédito sem o aporte de capital, o banco passaria a operar abaixo do limite de R$ 11 a partir do segundo trimestre do próximo ano. “Com a injeção de R$ 6 bilhões, a Caixa estará segura até o final de 2011”, declarou.

O secretário explicou ainda que o reforço no capital da Caixa se dará por meio de um instrumento híbrido. Nessa modalidade, o Tesouro empresta ao banco, mas a dívida é registrada como patrimônio de referência. Dessa forma, os recursos são, ao mesmo tempo, capital e dívida.

A data de início e os valores das parcelas a serem repassadas, explicou Aucélio, ainda serão discutidos entre o Tesouro Nacional e a Caixa. “A distribuição se dará com base na necessidade do volume de crédito do banco”, disse.

O secretário adjunto ressaltou ainda que a operação não terá impacto no superavit primário (economia de recursos para pagar os juros da dívida líquida do setor público) nem na dívida líquida do setor público. “Esse é um empréstimo do Tesouro para a Caixa, ou seja, uma transação dentro do próprio setor público”, acrescentou.

Conforme a medida provisória, na primeira etapa, o empréstimo será feito por meio de títulos públicos, mas o Tesouro Nacional poderá usar posteriormente o superavit financeiro (recursos do superavit primário de anos anteriores não usados para abater os juros da dívida pública).

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil. Edição: Nádia Franco.

NOTÍCIA COLHIDA NO SÍTIO www.agenciabrasil.gov.br.

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