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Crise aumenta concentração de empresas no Brasil e reduz concorrência

Volume de fusões e aquisições de empresas movimentou R$ 116,7 bilhões até setembro

Rio de Janeiro – Um levantamento feito pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostrou que o volume de transações de fusões, aquisições, ofertas públicas de aquisição de ações e reestruturações societárias efetuadas no país até setembro totalizou R$ 116,7 bilhões. O aumento foi de 33,4% sobre o mesmo período de 2008, aproximando-se do resultado registrado em 2007, que alcançou R$ 141,2 bilhões.

Para a economista Carolina Lacerda, responsável pela Subcomissão de Fusões e Aquisições da Anbima, a crise financeira internacional gerou oportunidades e necessidades que foram aproveitadas pelas grandes empresas nacionais. Em contrapartida, segundo ela, o clima de incerteza predominou entre as médias e pequenas companhias, fazendo-as postergar suas decisões de investimento.

“A grande diferença é que houve um maior número de operações de fusões e aquisições entre empresas brasileiras e não de empresas estrangeiras adquirindo ativos no Brasil, como ocorria no passado”, disse a economista à Agência Brasil.

A pesquisa revelou ainda que 32,8% das operações foram de negócios superiores a R$ 1 bilhão. No mesmo período do ano passado, as mesmas transações representavam 19,3% do total. “São operações grandes que continuam acontecendo na crise. As operações menores acabam ficando um pouco retraídas devido ao clima de incerteza”, afirmou Carolina Lacerda.

O setor de alimentos, em função das fusões da JBS Friboi com a Bertin e da Sadia com a Perdigão, liderou o movimento de fusões e aquisições entre janeiro e setembro de 2009, respondendo por 45,5% do volume financeiro. Em segundo lugar aparece o setor de papel e celulose.

A expectativa da Anbima é fechar o ano com números similares aos de 2007. Para 2010, o otimismo se mantém, uma vez que a crise tornou os ativos mais baratos. Além disso, o bom momento da economia nacional comparativamente à de outros países e a realização, no Brasil, de eventos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 estimulam o consumo e a movimentação de recursos. “Então, a nossa expectativa é de um crescimento ainda maior em 2010”, afirmou.

Carolina Lacerda disse ainda que deverão ser realizadas no próximo ano muitas operações de fusão e aquisição no setor bancário, principalmente de bancos médios, e aquisição de bancos estrangeiros por bancos brasileiros.

Por Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil. Edição: Aécio Amado.

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Mantega nega que governo trabalhe com meta para o dólar

Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou hoje (18) que o governo trabalhe com uma meta para a taxa de câmbio. Segundo ele, o dólar mais alto beneficiaria as exportações e melhoraria a competitividade dos produtos brasileiros no exterior, mas isso não significa que a equipe econômica tenha estabelecido uma taxa ideal.

Mantega esclareceu declarações dadas ontem (17) em palestra a empresários, quando comentou um estudo da consultoria norte-americana Goldman&Sachs que apontava que a taxa de câmbio de equilíbrio para o Brasil seria de R$ 2,60.

Na avaliação do ministro, o câmbio de equilíbrio é difícil de estabelecer porque as variáveis da economia brasileira se modificam o tempo todo. “Não é minha estimativa que o câmbio ideal seja de R$ 2,60. Apenas falei que, se fosse esse o câmbio, o Brasil seria muito mais competitivo”, afirmou.

Para Mantega, a cobrança de IOF sobre as aplicações de estrangeiros em renda fixa (títulos) e renda variável (ações) surtiu em resultados satisfatórios. “A medida foi positiva e atingiu o objetivo, que é atenuar a tendência de excesso de valorização do real”, disse.

No início de outubro, o dólar valia R$ 1,90. Em 19 de outubro, quando foi anunciada a taxação do capital estrangeiro, o câmbio valia R$ 1,71, a mesma cotação registrada hoje. “De lá para cá, o dólar subiu em alguns momentos e desceu em outros, mas a cotação está relativamente estável. Conseguimos retardar bastante o ritmo de valorização do real”, destacou o ministro.

Mantega afirmou ainda que o fluxo cambial (que mede a entrada de recursos externos no país) caiu consideravelmente desde a introdução do IOF sobre as aplicações de estrangeiros. Apesar dessa redução, a Bolsa de Valores foi pouco afetada.

“É importante ressaltar que a Bolsa de São Paulo não recuou e está em torno dos 68 mil pontos”, destacou o ministro. De acordo com Mantega, a introdução da alíquota de 1,5% para o lançamento de ações de empresas brasileiras no exterior pretende apenas corrigir uma possível migração de capitais para a Bolsa de Nova York. “Isso não indica que houve desvio maçico de recursos na bolsa e, se houve, agora estamos corrigindo”, completou.

Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil. Edição: Aécio Amado.

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